Tattooed Millionaire – Bruce Dickinson
NOTA: 7,8/10
Em 1990, Bruce Dickinson lançava seu 1º trabalho solo, intitulado Tattooed Millionaire. Antes do lançamento de No Prayer for the Dying com o Iron Maiden, ele sentia a necessidade de se expressar de forma mais pessoal, livre dos conceitos épicos e das composições progressivas e mitológicas da banda. Aí, o que aconteceu foi que ele foi convidado para gravar uma música para a trilha sonora do filme A Nightmare on Elm Street 5: The Dream Child. A faixa "Bring Your Daughter... to the Slaughter" (que foi regravada pelo Iron Maiden) foi o ponto de partida. Empolgado com a liberdade criativa, Dickinson decidiu seguir em frente. A produção, feita por Chris Tsangarides, apostou em uma sonoridade bem crua, com guitarras distorcidas na linha do Hard Rock da época, mas sem a polidez exagerada de muitas produções do final dos anos 80. O repertório até que é legal, tendo ótimas canções e outras bem sem graça. No geral, é um disco bacana, mas que podia ser mais lapidado.
Melhores Faixas: Gypsy Road, Tattooed Millionaire, No Lies, Son Of A Gun
Piores Faixas: Lickin' The Gun, All The Young Dudes
Balls To Picasso – Bruce Dickinson
NOTA: 8/10
Quatro anos depois, foi lançado seu 2º disco, o Balls to Picasso, que tentou ser mais abrangente. Após o Tattooed Millionaire, Bruce Dickinson sentiu que precisava se reinventar artisticamente. E com o lançamento do Fear of the Dark, do Iron Maiden, ele passou a se sentir limitado e sufocado dentro da estética fechada da banda, além de perceber que o Grunge havia dominado os anos 90 e que os artistas estavam tentando soar mais humanos e crus. Então, ele decidiu fazer algo que mostrasse sua identidade própria. A produção foi conduzida por Shay Baby, mas o som do disco tem forte identidade do Roy Z, guitarrista e compositor que se tornaria parceiro frequente de Bruce. Aqui, seguiram arranjos mais elaborados, indo do Hard Rock ao Metal alternativo, com alguns toques de Blues e uma instrumentação até que variada. O repertório é bem legal, tendo ótimas canções, mas novamente algumas bem nada a ver. Enfim, é um disco bom e que mostrou ideias interessantes.
Melhores Faixas: Cyclops, Change Of Heart, Gods Of War, Hell No
Piores Faixas: Shoot All The Clowns, Tears Of The Dragon
Skunkworks – Bruce Dickinson
NOTA: 8,4/10
Melhores Faixas: Dreamstate, Inside The Machine
Vale a Pena Ouvir: Back From The Edge, Meltdown, I Will Not Accept The Truth, Innerspace
Accident Of Birth – Bruce Dickinson
NOTA: 9,7/10
No ano seguinte, Bruce Dickinson lançou seu 4º álbum de estúdio, o Accident of Birth. Após o Skunkworks, Bruce percebeu que, embora a tentativa de fugir do heavy metal tradicional tivesse mérito artístico, ela o havia alienado de parte significativa de sua base de fãs e até mesmo dele próprio. Então, em vez de seguir nos experimentos, ele retornou ao Heavy Metal com força total, mas agora sob seus próprios termos, com uma liberdade criativa que não sentia mais dentro do Iron Maiden na época. A produção, feita por Roy Z, seguiu para um lado bem mais moderno e denso, com timbres gordos de guitarra, bateria marcante e arranjos que equilibram peso e melodia de maneira impecável. A sonoridade mistura elementos do Heavy Metal clássico com doses de Metal progressivo, Thrash e até momentos sombrios e atmosféricos. O repertório é incrível, e as canções são todas bem melódicas e poderosas. No final, é um baita disco e um dos melhores de sua carreira.
Melhores Faixas: Accident Of Birth, Man Of Sorrows, Road To Hell, Arc Of Space, Darkside Of Aquarius, Taking The Queen
Vale a Pena Ouvir: Omega, The Magician, Starchildren
The Chemical Wedding – Bruce Dickinson
NOTA: 9,4/10
Então se passa mais um ano, e foi lançado seu 5º álbum de estúdio, o épico The Chemical Wedding. Após o excepcional Accident of Birth, Bruce Dickinson havia recuperado não apenas o respeito dos fãs do Metal tradicional, mas também sua própria identidade artística. Ele então decidiu aprofundar o conceito artístico de seu trabalho anterior, explorando temas místicos, ocultistas e literários com profundidade simbólica e musical. Inspirado pela obra do poeta e artista William Blake, Bruce constrói aqui um disco conceitual que mistura alquimia, espiritualidade, redenção e o apocalipse interior. A produção, feita novamente por Roy Z, trouxe uma sonoridade mais pesada e densa, com guitarras afinadas em tons mais graves, criando uma atmosfera sombria, além de equilibrar perfeitamente o Metal clássico (com riffs cavalgados e solos melódicos) com texturas modernas. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem tematizadas. Enfim, é outro disco incrível e muito profundo.
Melhores Faixas: Book Of Thel, Gates Of Urizen, Jerusalem, Chemical Wedding
Vale a Pena Ouvir: The Alchemist, The Tower, Trumpets Of Jericho
Tyranny Of Souls – Bruce Dickinson
NOTA: 8,2/10
Melhores Faixas: Tyranny Of Souls, Navigate The Seas Of The Sun
Vale a Pena Ouvir: Soul Intruders, Kill Devil Hill, Power Of The Sun
The Mandrake Project – Bruce Dickinson
NOTA: 8,3/10
Melhores Faixas: Shadow Of The Gods, Mistress Of Mercy
Vale a Pena Ouvir: Many Doors To Hell, Eternity Has Failed, Afterglow Of Ragnarok