Djavan (1989) – Djavan
NOTA: 10/10
Aí chegamos ao ano de 1989, quando Djavan lança seu 9º álbum de estúdio, autointitulado, embora tenha ficado conhecido por conta de uma das faixas. Após o Não é Azul, Mas é Mar e também aquele disco lançado em inglês, o cantor, percebendo que há muito tempo não lançava algo coeso, pensou na crescente influência de ritmos internacionais em sua música e decidiu voltar àquela fórmula mais antiga da MPB. A produção feita por Mazzola trouxe uma abordagem que mesclava elementos da música brasileira com influências internacionais, resultando em um som sofisticado e acessível, ou seja, uma junção de Soul music, R&B e Sophisti-Pop. O repertório é simplesmente perfeito, pois todas as canções são belíssimas, e não é só Oceano que merece toda a aclamação que recebeu. No fim, é um trabalho maravilhoso e um dos melhores álbuns da música brasileira.
Melhores Faixas: Cigano, Oceano, Você Bem Sabe
Vale a Pena Ouvir: Curumim, Avião
Coisa De Acender – Djavan
NOTA: 8,8/10
Indo para 1992, Djavan, já na crise da meia-idade, lança outro trabalho icônico, o Coisa de Acender. Após o sucesso de seu álbum homônimo de 1989, que também foi lançado em inglês, o cantor continuou a explorar e integrar diversas influências musicais, tanto nacionais quanto internacionais. Essa fase de sua carreira foi marcada por uma busca constante por inovação sonora, mantendo-se fiel às raízes da MPB. A produção, feita novamente pelo cantor junto com Ronnie Foster, resultou em um álbum com nuances e sutilezas que transitam entre o Pop e a sofisticação harmônica, ou seja, trazendo influências de Soul music, Jazz e R&B, tudo com arranjos melódicos que contribuem para um tom mais melancólico. O repertório, novamente, é muito bom e, apesar de ser recheado de baladas, todas as canções são muito envolventes. No fim, é um ótimo disco que seguiu a fórmula de seu antecessor.
Melhores Faixas: Se..., Boa Noite, Alívio
Vale a Pena Ouvir: Outono, Baile
Novena – Djavan
NOTA: 8,7/10
Melhores Faixas: Aliás, Quero-Quero, Água De Lua, Avó
Vale a Pena Ouvir: Nas Ruas, Sem Saber, Limão
Malásia – Djavan
NOTA: 6/10
Mais um tempo se passa, e Djavan lança seu 12º álbum de estúdio, o Malásia, um disco com uma pegada mais refinada. Após o Novena, um álbum introspectivo e autoral, o cantor buscou uma abordagem mais extrovertida e variada, decidindo, mais uma vez, explorar novas sonoridades e ampliar seu repertório, incorporando canções de outros compositores renomados. Produzido mais uma vez pelo próprio Djavan, a sonoridade ficou mais refinada, tentando resgatar o sucesso obtido com o cadenciamento de seu álbum de 1989, trazendo influências de Sophisti-Pop, Samba-Jazz e, obviamente, MPB. No entanto, mesmo com esses elementos, parece que muita coisa soa reciclada, resultando em um repertório que até tem músicas decentes, mas outras soam apenas genéricas. No final, é um trabalho bem irregular, sem muito direcionamento.
Melhores Faixas: Nem Um Dia, Deixa O Sol Sair, Correnteza, Malásia
Piores Faixas: Cordilheira, Que Foi My Love?, Tenha Calma/Sem Você
Bicho Solto O XIII – Djavan
NOTA: 2,2/10
Mais uma vez se passam dois anos, e Djavan retorna com Bicho Solto O XIII, que tentou revitalizar seu som, mas não teve sucesso. Após o Malásia, o cantor ainda quis continuar explorando diversas sonoridades, apresentando uma fusão de ritmos que tentava reavivar a versatilidade que ele teve no começo de sua carreira, mas parece que ele cometeu os mesmos erros que ocorreram anteriormente. A produção foi praticamente a mesma de sempre; ele tentou fazer com que a sonoridade ficasse totalmente padronizada, ou seja, usando todos aqueles elementos da música Pop, mas fundindo-os com Soul, R&B contemporâneo e Jazz, tudo isso para continuar se mantendo relevante. Com isso, o repertório é muito ruim, e as canções, em sua maioria, são baladas chicletudas, mas bem sem graça, com poucas canções interessantes. Em suma, é um trabalho bem ruim que fez Djavan decair.
Melhores Faixas: Retrato Da Vida, Passou
Piores Faixas: Eu Te Devoro (sai fora), Bicho Solto, A Carta, Você É