All Things Must Pass – George Harrison
NOTA: 10/10
Entra o ano de 1970, e George Harrison nos presenteia com o maravilhoso álbum triplo All Things Must Pass. Após o Electronic Sound, durante a fase final dos Beatles, George se aproximou espiritualmente da filosofia hindu e musicalmente de artistas como Bob Dylan, Eric Clapton, Delaney & Bonnie e Billy Preston. O ambiente tumultuado das sessões do Let It Be e Abbey Road o empurrou ainda mais para a vontade de seguir por conta própria. Com isso, ele decidiu restaurar suas composições mais antigas e fazer algo totalmente pessoal. A produção foi conduzida por ele junto com Phil Spector e contou com músicos conhecidos, alguns já citados. A sonoridade era basicamente aquele Pop Rock tradicional, com misturas do Folk Rock e toques mais psicodélicos e do Blues. Resultando em um repertório sensacional que, apesar de extenso, apresenta apenas canções arrasadoras. Enfim, é um disco maravilhoso, uma verdadeira obra-prima.
Melhores Faixas: My Sweet Lord, What Is Life, Hear Me Lord, Isn't It A Pity (Version One), I Dig Love, All Things Must Pass, Run Of The Mill
Vale a Pena Ouvir: Apple Scruffs, What Is Life, Wah-Wah, I Remember Jeep
Living In The Material World – George Harrison
NOTA: 8,8/10
E aí se passaram três anos até que ele retornasse lançando seu 4º álbum, o Living in the Material World. Após o All Things Must Pass e o sucesso do aclamado Concerto para Bangladesh, George Harrison alcançou um patamar de prestígio, mas se sentia sobrecarregado pelas exigências do mundo material, incluindo questões legais envolvendo a Apple, as finanças do concerto beneficente e os crescentes holofotes sobre sua imagem de “guru do rock”. A produção foi feita inteiramente por ele mesmo, que buscou um som mais limpo, direto e menos bombástico. A formação incluía nomes renomados: Nicky Hopkins (piano), Jim Keltner (bateria), Klaus Voormann (baixo), Gary Wright (teclados), Ringo Starr (bateria), além de um refinado quarteto de cordas e sopros, que contribuíram com uma sonoridade suave e sofisticada. O repertório é muito bom, com canções belíssimas e outras mais envolventes. No geral, é um ótimo disco, com bastante profundidade.
Melhores Faixas: Give Me Love (Give Me Peace On Earth), Be Here Now, The Light That Has Lighted The World, That Is All
Vale a Pena Ouvir: Sue Me, Sue You Blues, Living In The Material World
Dark Horse – George Harrison
NOTA: 8/10
Melhores Faixas: Dark Horse, Far East Man, So Sad
Vale a Pena Ouvir: Bye Bye, Love, Simply Shady
Extra Texture (Read All About It) – George Harrison
NOTA: 9/10
Mais um ano se passou, e foi lançado mais um disco do cantor: Extra Texture (Read All About It). Após o Dark Horse, ele passou por um período de reflexão sobre o próprio papel como artista, músico espiritual e figura pública. Essa incerteza e introspecção ressoam bastante neste projeto, que segue por um caminho em que suas letras são desprovidas de qualquer mensagem espiritual óbvia. A produção, como sempre, foi conduzida pelo próprio George Harrison, que adotou uma sonoridade mais polida. O álbum mantém elementos do Pop Rock, mas se aproxima da Soul music, com traços de Rhythm & Blues e Funk, refletindo sua inclinação pela música negra americana. Tudo soa bem coeso e com um lado melódico interessante, lembrando o que viria a ser a Disco music. O repertório é maravilhoso, com canções envolventes e ótimas baladas. No geral, é um belo disco e que vale muito a pena ser apreciado.
Melhores Faixas: Can't Stop Thinking About You, You, Tired Of Midnight Blue, His Name Is Legs (Ladies & Gentlemen)
Vale a Pena Ouvir: A Bit More Of You, The Answer's At The End
Thirty Three & 1/3 – George Harrison
NOTA: 7,1/10
No ano seguinte, foi lançado mais um trabalho de George Harrison, o Thirty Three & 1/3. Após o Extra Texture (Read All About It), ele encerrou seu vínculo com a Apple Records e iniciou uma nova fase em sua vida e carreira, decidindo lançar esse trabalho por meio de sua própria gravadora, a Dark Horse. Porém, a transição não foi fácil, pois Harrison enfrentou acusações de plágio e, além disso, contraiu hepatite viral, o que o deixou debilitado por semanas. Por outro lado, iniciou um novo relacionamento com Olivia Arias, com quem se casaria em 1978. A produção foi feita por ele junto com Tom Scott, mantendo uma base rockeira, mas incorporando elementos de R&B, Soul, Jazz Fusion e um Funk leve, com arranjos refinados, embora muitos deles soem bastante semelhantes. O repertório é bem legal, com canções interessantes e envolventes, embora algumas sejam um pouco mais fracas. No fim, é um bom disco, com sua devida coesão.
Melhores Faixas: Woman Don't You Cry For Me, It's What You Value, Crackerbox Palace, Beautiful Girl
Piores Faixas: See Yourself, Learning How To Love You, Pure Smokey
George Harrison – George Harrison
NOTA: 6/10
Melhores Faixas: Here Comes The Moon, Love Comes To Everyone, Faster
Piores Faixas: Your Love Is Forever, Soft Touch, Soft-Hearted Hana
Somewhere In England – George Harrison
NOTA: 3/10
Melhores faixas: All Those Years Ago (música em homenagem a John Lennon, inclusive com participação do Paul McCartney), Baltimore Oriole
Piores faixas: Writing's on the Wall, Unconsciousness Rules, Blood from a Clone
Então é isso, um abraço e flw!!!