Sentimental Journey – Ringo Starr
NOTA: 8,2/10
Então, em 1970, Ringo Starr lançava seu 1º trabalho solo, o Sentimental Journey. Após o fim dos Beatles, o baterista decidiu gravar um disco de standards das décadas de 1920 e 1940. A motivação era pessoal: Ringo queria homenagear sua família, especialmente sua mãe, Elsie, que cantava essas canções em festas em Liverpool. Assim, o projeto nasceu como um gesto sentimental, despretensioso, e também como uma forma de Ringo experimentar o estúdio como vocalista solo. A produção foi feita por George Martin, que deixou tudo refinado, com arranjos elaborados e gravações em estéreo bastante nítidas, criando uma atmosfera leve nas sessões. Cada faixa foi arranjada por um maestro diferente, só nomes como Quincy Jones e Richard Perry, nada demais. O repertório é muito legal, e as canções são todas bem interpretadas. Em suma, é um disco bacana, mas que foi terrivelmente injustiçado, algo que seria comum em sua carreira solo.
Melhores Faixas: Sentimental Journey, Night And Day, Dream
Vale a Pena Ouvir: Star Dust, Have I Told You Lately That I Love You?, Bye Bye Blackbird
Beaucoups Of Blues – Ringo Starr
NOTA: 8,5/10
Meses depois, ele retornou lançando seu 2º álbum de estúdio, o Beaucoups of Blues. Após o Sentimental Journey, Ringo Starr decidiu lançar um trabalho mais voltado para o Country tradicional. A ideia nasceu durante as sessões de gravação do álbum do George Harrison, All Things Must Pass, em que Ringo conheceu o lendário guitarrista e produtor de pedal steel Pete Drake, que era reverenciado em Nashville, tendo tocado com Bob Dylan e Elvis Presley. Ringo mencionou casualmente seu amor pela Country music, e Drake imediatamente o convidou para gravar em Nashville. Com isso, o próprio Pete Drake produziu o álbum, colocando toda aquela temática pura do Country, com violões acústicos, pedal steel guitar, baixo marcado, piano honky-tonk e backing vocals femininos. O ambiente criado foi acolhedor para Ringo, adaptando os arranjos à sua voz limitada, porém calorosa. O repertório é muito bom, e as canções são todas aconchegantes. Enfim, outro ótimo disco, bem consistente.
Melhores Faixas: Without Her, Waiting, $15 Draw
Vale a Pena Ouvir: I Wouldn't Have You Any Other Way, Silent Homecoming, Love Don't Last Long
Ringo – Ringo Starr
NOTA: 9,3/10
Melhores Faixas: Photograph, Devil Woman, You're Sixteen, Have You Seen My Baby, Oh My My
Vale a Pena Ouvir: You And Me (Babe), I'm The Greatest
Goodnight Vienna – Ringo Starr
NOTA: 8/10
Indo para o ano seguinte, Ringo lançava mais um trabalho, o Goodnight Vienna. Após seu terceiro álbum, vendo que sua fórmula havia funcionado, ele chamou novamente vários convidados, como Billy Preston, Elton John, Dr. John, Klaus Voormann, Robbie Robertson e Harry Nilsson. O título, uma gíria inglesa que significa “é o fim” ou “já era”, reforça o tom bem-humorado típico de Starr, que aqui consolida sua persona como uma “celebridade pop despretensiosa”. A produção, novamente a cargo do Richard Perry, adota uma abordagem cinematográfica, com arranjos detalhados e uso estratégico de metais, cordas e backing vocals. Tudo é tecnicamente refinado, com um som limpo, caloroso e radiofônico, enquadrando-se bem na essência dos anos 70 e flertando com Soft Rock, Soul music, Boogie e até R&B. O repertório é bem legal, com canções mais melódicas e vibrantes. No final, é um trabalho interessante e uma ótima continuação.
Melhores Faixas: Only You (And You Alone), All By Myself, No No Song
Vale a Pena Ouvir: Easy For Me, Occapella
Ringo's Rotogravure – Ringo Starr
NOTA: 4/10
Dois anos se passaram, e foi lançado mais um trabalho dele, o Ringo's Rotogravure. Após o Goodnight Vienna, ele deixou a Apple Records e assinou com a Polydor (Reino Unido) e a Atlantic (EUA), dando início a uma nova fase em sua carreira solo. O título do projeto faz referência a um tipo de impressão usada em jornais, sugerindo uma mistura de colagem, tabloide e espetáculo Pop. A produção foi conduzida por Arif Mardin, que buscou algo mais refinado, trazendo sua experiência no R&B, Soul e Pop sofisticado para equilibrar os estilos variados de Ringo Starr. Com isso, ele utilizou bastante teclados, cordas e sopros, mas tudo ficou excessivamente polido, deixando a vocalização de Ringo mal implementada e sem vigor. O repertório é fraquíssimo, com canções totalmente medíocres e pouquíssimas que se salvam. No final de tudo, é um disco muito ruim e que carece de consistência.
Melhores Faixas: Pure Gold, This Be Called A Song
Piores Faixas: Lady Gaye, Las Brisas, I'll Still Love You, Cookin' (In The Kitchen Of Love)
Ringo The 4th – Ringo Starr
NOTA: 7/10
Melhores Faixas: Gave It All Up, It’s Not Secret, Simple Love Song, Wings
Piores Faixas: Sneaking Sally Through The Alley, Out On The Streets, Drowning In The Sea Of Love
Bad Boy – Ringo Starr
NOTA: 2/10
Melhores Faixas: Who Needs A Heart, Old Time Relovin'
Piores Faixas: Monkey See-Monkey Do, Bad Boy, A Man Like Me, Hard Times
Então é isso e flw!!!