terça-feira, 13 de maio de 2025

Analisando Discografias - Ringo Starr: Parte 2

                  

Stop And Smell The Roses – Ringo Starr





















NOTA: 2/10


Em 1981, o Ringo lançava seu 8º álbum de estúdio, o Stop and Smell the Roses. Após o Bad Boy, ex-Beatle passou a viver tranquilamente em Mônaco. No entanto, ele decidiu fazer mais um disco, inicialmente chamado Can’t Fight Lightning. A ideia era reunir velhos amigos e tentar reerguer sua imagem artística. O grande destaque dos bastidores foi a intenção de contar com a colaboração dos ex-colegas dos Beatles. No entanto, o assassinato de John Lennon, em dezembro de 1980, impediu a gravação de suas contribuições, o que acabou motivando a mudança de título do álbum. A produção foi totalmente diversificada, resultando em uma sonoridade que se tornou uma verdadeira colcha de retalhos, indo do Soul ao Pop Rock, passando pelo Folk e pelo AOR, mas tudo ficou parecendo uma mutação mal resolvida. O repertório é fraco, e as canções são, em sua maioria, péssimas, sem emoção, com poucas faixas interessantes. Em suma, é um disco terrível e esquecível. 

Melhores Faixas: Sure To Fall, Nice Way 
Piores Faixas: Back Off Boogaloo, Attention, Drumming Is My Madness, Stop And Take The Time To Smell The Roses

Old Wave – Ringo Starr





















NOTA: 3/10


Dois anos se passaram, e Ringo Starr lançava mais um disco, o Old Wave, uma referência óbvia. Após o tenebroso Stop and Smell the Roses, Ringo enfrentava dificuldades consideráveis para manter uma carreira musical ativa. O assassinato de John Lennon, em 1980, havia impactado emocionalmente todos os ex-Beatles, mas, no caso de Ringo, o luto coincidiu com um momento de baixa comercial. Ainda assim, motivado por seu amor à música e pela ajuda de velhos amigos, ele decidiu continuar. A produção, feita por Joe Walsh, trouxe uma sonoridade menos ampla, fazendo um Rock básico, com toques de Blues e Power Pop. A produção é mais limpa, direta, com destaque para bateria e guitarras, mas tudo é bem sem graça e, às vezes, parece que todas as músicas estão em um loop repetitivo. O repertório é bem fraco, com muitas canções chatíssimas e algumas que se salvam. No fim, é um disco ruim, mas que ao menos mostra uma tentativa de renovação. 

Melhores Faixas: Picture Show Life, Going Down, She's About A Mover 
Piores Faixas: Be My Baby, Alibi, Everybody's In A Hurry But Me, As Far As We Can Go

Time Takes Time – Ringo Starr





















NOTA: 8/10


Indo para os anos 90, Ringo voltava lançando mais um trabalho novo, o Time Takes Time. Após o Old Wave, enfrentou problemas com abuso de álcool e substâncias, o que afetou sua saúde e reputação. Ele ficou sóbrio, reavaliou sua carreira e voltou à estrada com grande sucesso de público e crítica com a All-Starr Band, um supergrupo rotativo com nomes como Joe Walsh, Dr. John e Billy Preston. Isso reacendeu o interesse por sua música e lhe deu confiança para tentar algo mais ambicioso: um novo álbum de estúdio moderno e sólido. A produção foi bem diversificada, contando com nomes como Don Was, Jeff Lynne, Peter Asher e Phil Ramone, que criaram uma sonoridade de Pop Rock refinado, com elementos de Power Pop, AOR e Soul music, e tudo ficou bem coeso. As linhas vocais do Ringo Starr foram mais exploradas, com muita entrega. O repertório é bem legal, com canções interessantes e bem divertidas. No fim, é um disco bacana e muito diversificado. 

Melhores Faixas: After All These Years, All In The Name Of Love, I Don't Believe You 
Vale a Pena Ouvir: Don't Go Where The Road Don't Go, Runaways, Golden Blunders

Vertical Man – Ringo Starr





















NOTA: 8,2/10


Passou para o ano de 1998, e Ringo Starr lançava seu 11º álbum, o Vertical Man. Após o Time Takes Time e o sucesso com sua All-Starr Band, a virada de chave veio quando ele conheceu um produtor que lhe disse que precisava fazer um trabalho que reunisse vários colaboradores, assim como havia feito em seu 3º álbum, mas com muito mais controle criativo, era basicamente ele na cara do gol. A produção foi conduzida por Mark Hudson, que formaria uma parceria duradoura com Ringo, seguindo uma abordagem totalmente coesa, mesclando Rock clássico, Pop, Country e Power Pop, com uma sonoridade limpa e vibrante. Os vocais do Ringo soam confiantes, bem trabalhados, com harmonia vocal, e ele explora mais notas diferentes, mostrando que entregou muito de si e demonstrando uma energia renovada. O repertório é muito legal, e as canções são todas boas, indo por um lado envolvente e imersivo. Enfim, é um belo disco que aumentou a moral do ex-Beatle. 

Melhores Faixas: Drift Away, Puppet, King Of Broken Hearts 
Vale a Pena Ouvir: I'll Be Fine Anywhere, Vertical Man, Love Me Do (isso mesmo, uma nova versão), I Was Walkin'

Ringo Rama – Ringo Starr





















NOTA: 8/10


Em 2003, ele retorna lançando mais um trabalho, intitulado Ringo Rama, que trouxe uma abordagem interessante. Após o Vertical Man, Ringo Starr consolidou sua parceria com Mark Hudson e os Roundheads, com os quais não só gravava, mas também se apresentava em programas de TV e turnês promocionais. Esse novo período de sua carreira, a chamada “fase Hudson”, destacou-se pelo clima familiar e pela criatividade coletiva. A produção foi praticamente a mesma, mesclando Rock clássico, Pop psicodélico, Country e momentos experimentais, com uma sonoridade moderna, rica em camadas vocais e arranjos coloridos. Há também um equilíbrio mais maduro entre as faixas, que são bem diferenciadas, e os convidados entregam tudo de si em seus momentos. Com isso, o repertório é muito bom, e as canções são divertidas e bem abrangentes. No geral, é um ótimo disco e que é muito subestimado. 

Melhores Faixas: Never Without You, Lover First, Ask Questions Later 
Vale a Pena Ouvir: Eye To Eye, Missouri Loves Company, Trippin' On My Own Tears, English Garden
  

    Então um abraço e flw!!!              

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