segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Kid Cudi: Parte 1

                 

Man On The Moon: The End Of Day – Kid Cudi





















NOTA: 9,7/10


Voltando lá para 2009, outro rapper ascendia em sua carreira: Kid Cudi lançava seu álbum de estreia, o Man on the Moon: The End of Day. Antes de tudo, o rapper ganhou notoriedade com sua mixtape, que chamou a atenção de Kanye West. Isso resultou na assinatura de Cudi com a G.O.O.D. Music (gravadora independente do Kanye) e no início da parceria criativa entre os dois. O álbum foi concebido como uma jornada dividida em atos, refletindo suas lutas internas, insônia, depressão e sonhos. A produção, feita por nomes como o próprio Kanye West, Emile Haynie, Dot da Genius, entre outros, utilizou sintetizadores etéreos, batidas atmosféricas e melodias melancólicas. Além disso, incorporou influências de Rock psicodélico, música eletrônica e trilhas sonoras cinematográficas, resultando em um álbum que soa tanto futurista quanto introspectivo. O repertório é muito bom, e as canções são profundas e reflexivas. No fim, é um belo disco de estreia, que cumpre seu conceito. 

Melhores Faixas: Soundtrack 2 My Life, Day N' Nite (Nightmare), CuDi Zone, Sky Might Fall, Up, Up & Away (The Wake & Bake Song) 
Vale a Pena Ouvir: Enter Galactic (Love Connection Part 1), Heart Of A Lion (KiD CuDi Theme Music), Alive (Nightmare)

Man On The Moon II: The Legend Of Mr. Rager – Kid Cudi





















NOTA: 9,3/10


Logo no ano seguinte, ele lança seu 2º disco, o Man on the Moon II: The Legend of Mr. Rager. Após o Man on the Moon: The End of Day, Kid Cudi se tornou uma figura de destaque no Rap alternativo. Porém, em vez de desfrutar do sucesso, Cudi começou a afundar em um estilo de vida autodestrutivo. Ele lutava contra depressão, solidão e o abuso de substâncias como cocaína e álcool. Essa fase caótica de sua vida se reflete nesse álbum. A produção foi comandada quase pelos mesmos nomes. Aqui, eles apostaram em uma atmosfera mais Rock, psicodélica e distorcida, refletindo o caos mental de Cudi. Os instrumentais variam entre batidas minimalistas e introspectivas, sintetizadores distorcidos e influências do Punk e do Grunge (tudo a ver, né?), além de elementos de trilha sonora cinematográfica. O repertório é muito bom, e as canções são introspectivas e melódicas. No final de tudo, é uma ótima continuação e, apesar de sombria, um excelente disco. 

Melhores Faixas: Erase Me, Mojo So Dope, Wild'n Cuz I'm Young, Maniac, Mr. Rager 
Vale a Pena Ouvir: Don't Play This Song, Marijuana, All Along, Revofev

Indicud – Kid Cudi





















NOTA: 8,8/10


Três anos se passaram, e Kid Cudi lança seu 3º álbum de estúdio, o Indicud, que veio em um momento conflituoso. Após o Man on the Moon II: The Legend of Mr. Rager, o rapper decidiu se afastar da gravadora de Kanye West e seguir seu próprio caminho criativo. Então, ele formou uma banda chamada WZRD, que foi um completo fiasco. No entanto, ele ficou cada vez mais interessado em experimentar do que seguir fórmulas. A produção foi conduzida por ele mesmo, trazendo batidas pesadas, cheias de sintetizadores, distorções e influências do Rock alternativo e industrial, criando um som mais áspero, robótico e mecânico, refletindo um estado mental diferente. Ele adotou uma energia mais agressiva e direta, querendo fazer uma espécie de The Chronic, do Dr. Dre, com mais crueza. O repertório é bem interessante, com canções bem encadeadas e pesadíssimas, além de ótimos feats. Enfim, é um disco muito legal, porém subestimado. 

Melhores Faixas: Just What I Am, King Wizard, Girls (Too $hort ofuscou totalmente o Cudi), Beez 
Vale a Pena Ouvir: Solo Dolo Part II (feat boa do Kendrick), Unf***wittable, Mad Solar, Burn Baby Burn, Cold Blooded

Satellite Flight: The Journey To Mother Moon – Kid Cudi





















NOTA: 2,5/10


Outro ano se passa, e Kid Cudi lança mais um disco: Satellite Flight: The Journey to Mother Moon. Após o Indicud, ele encerrou seu vínculo com a G.O.O.D. Music e formou sua própria gravadora, a Wicked Awesome. Inicialmente, esse álbum seria um EP introdutório para Man on the Moon III, só que ele mudou de ideia, trazendo uma temática que gira em torno de uma jornada espacial solitária e introspectiva. A produção foi quase a mesma, porém, em vez de ter aquela mistura de Rap, Rock e influências psicodélicas, aqui o som é muito mais etéreo, eletrônico e minimalista. O álbum tem um tom Sci-fi e espacial, com muitos sintetizadores ambientais, batidas flutuantes e instrumentais longos. So que a mixagem ficou abafada e os arranjos são arrastados. O repertório é fraquíssimo, com canções chatíssimas e poucos momentos de brilho. Enfim, esse trabalho é muito ruim e conseguiu desrespeitar sua inspiração, que foi o filme Blade Runner. 

Melhores Faixas: Too Bad I Have To Destroy You Now, Return Of The Moon Man (Original Score) 
Piores Faixas: Internal Bleeding, Copernicus Landing, Troubled Boy

Speedin' Bullet 2 Heaven – Kid Cudi





















NOTA: 1/10


No ano seguinte, não contente em lançar um trabalho ruim, ele lança mais um: Speedin' Bullet 2 Heaven. Após o horroroso Satellite Flight: The Journey to Mother Moon, os fãs esperavam que Kid Cudi finalmente lançasse Man on the Moon III. Só que não foi o que aconteceu. Durante esse período, ele continuava a lutar contra a depressão e a solidão. Em vez de se refugiar no Rap, ele foi para o Rock alternativo, criando um álbum duplo cru e depressivo que refletisse seu estado mental. Novamente, ele mesmo assumiu a produção, agora com guitarras distorcidas, bateria suja e uma vibe Grunge. Só que os vocais estão desafinados, e a mixagem parece inacabada. Por mais que essa fosse a intenção, ele não inseriu elementos nos arranjos que pudessem dar mais consistência ao som. O resultado é um repertório pavoroso, com canções ridículas que fazem Nickelback e Blind Melon soarem como Slayer. No geral, é um trabalho terrível, longe de ser uma espécie de “arte”. 

Melhores Faixas: (.............) 
Piores Faixas: Red Sabbath, Amen, Screwed, Fairy Tale Remains, Wait! (Rehearsal Demo), Speedin' Bullet 2 Heaven, Fade 2 Red

Passion, Pain & Demon Slayin' – Kid Cudi





















NOTA: 5,5/10


No final de 2016, Kid Cudi lançou mais um álbum duplo, o Passion, Pain & Demon Slayin', marcando um retorno às suas raízes. Após o controverso Speedin' Bullet 2 Heaven, ele ainda lidava com problemas internos profundos. Em outubro de 2016, Cudi fez um post sincero no Facebook, admitindo que havia lutado contra pensamentos suicidas e que estava se internando para buscar ajuda. A produção do álbum é novamente diversificada, contando com a colaboração de nomes como Mike Dean, Plain Pat e Pharrell Williams. Juntos, criaram uma sonoridade cinematográfica e expansiva, misturando elementos de Hip-Hop alternativo, R&B atmosférico, Neo-psicodelia e música eletrônica. No entanto, o álbum apresenta falhas, principalmente pela falta de consistência nas melodias. O repertório é dividido em quatro partes, representando suas lutas internas, mas é irregular, contendo músicas boas e outras genéricas. Em suma, trata-se de um trabalho mediano e inconsistente. 

Melhores Faixas: Does It, All In, By Design, ILLusions, Kitchen, Surfin’ 
Piores Faixas: Distant Fantasies, Baptized in Fire (nem o Travis Scott conseguiu salvar), Wounds, Releaser, Frequency, Flight at First Sight / Advanced

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!         

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