terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Kid Cudi: Parte 2

                 

Man On The Moon III: The Chosen – Kid Cudi





















NOTA: 6/10


Quatro anos se passaram, e Kid Cudi retorna, enfim, lançando o encerramento da trilogia com Man On The Moon III: The Chosen. Após o Passion, Pain & Demon Slayin', houve o lançamento de um projeto com Kanye West (daqui a pouco eu falo sobre isso). Para este terceiro capítulo da trilogia, o rapper estava mais estável emocionalmente, refletindo sobre suas lutas passadas com a depressão e a solidão, enquanto olhava para o futuro com um novo senso de clareza. A produção contou com diversos produtores que mantiveram a atmosfera etérea e espacial dos dois primeiros capítulos, mas incorporaram elementos do Trap. Com o uso de sintetizadores flutuantes, baixos profundos e batidas minimalistas, o álbum, apesar disso, tem muitos momentos que soam pasteurizados e, às vezes, sem emoção. O repertório é mediano, com canções legais e profundas, mas também outras bem fracas. Em suma, este trabalho não fecha muito bem a trilogia, sendo um projeto irregular. 

Melhores Faixas: Show Out, Heaven On Earth, Sad People, Rockstar Knights, She Knows This 
Piores Faixas: Beautiful Trip, Lovin' Me, Sept 16, The Void, Damaged

Entergalactic – Kid Cudi





















NOTA: 5/10


Entrando no ano de 2022, Kid Cudi lança mais um trabalho novo, o Entergalactic, que serviu de trilha sonora para uma série. Após a conclusão da trilogia Man On The Moon, o rapper começou a trabalhar em um novo conceito que combinaria música e animação. Inspirado por sua paixão pela arte visual e pelo desejo de contar uma história de amor, ele desenvolveu Entergalactic como um especial animado na Netflix, acompanhado por um álbum com o mesmo nome. Sendo um reflexo de sua própria evolução pessoal. A produção seguiu o mesmo padrão de sempre, mantendo aquela vibe espacial e etérea característica de seus trabalhos, mas com um tom mais leve e romântico, explorando uma sonoridade mais cristalina do Trap e R&B. No entanto, o resultado ficou confuso e com falta de identidade nas melodias. O repertório, novamente, é irregular, com canções muito genéricas. Enfim, apesar da boa intenção, é outro disco fraquíssimo. 

Melhores Faixas: Can't Believe It, Can't Shake Her, Maybe So, Can't Shake Her, Willing To Trust 
Piores Faixas: Angel, New Mode, Livin' My Truth, Somewhere To Fly, My Drug

Insano – Kid Cudi





















NOTA: 8,5/10


Então, no início do ano passado, ele lançou seu 9º álbum, o Insano, que mergulhou profundamente no Trap. Após o lançamento do Entergalactic, acompanhado por um especial animado na Netflix, Kid Cudi anunciou que esse seria seu último álbum sob contrato com a Republic Records. Durante esse período, Cudi expressou o desejo de experimentar sonoridades diferentes e colaborar com uma variedade de artistas mostrando sua evolução artística. A produção seguiu o mesmo padrão de sempre, com uma cassetada de produtores por trás, trazendo desde beats energéticos e agressivos até faixas mais atmosféricas e introspectivas, criando uma experiência auditiva dinâmica. Além disso, a presença do DJ Drama como narrador em algumas faixas adiciona uma camada extra, remetendo ao estilo de suas famosas mixtapes Gangsta Grillz. O repertório é muito legal, trazendo canções envolventes e com profundidade. No final, é um belo disco e ainda vinha mais. 

Melhores Faixas: Wow, A Tale Of A Knight, Porsche Topless, Freshie 
Vale a Pena Ouvir: Get Off Me (Travis marcando presença), Electrowavebaby, Getcha Gone, Too Damn High (milagre Lil Yachty ter ido bem), Hit The Streetz In My Nikes, X & Cud (fiquei surpreso com X aqui)

Insano (Nitro Mega) – Kid Cudi





















NOTA: 7,6/10


Um mês depois, Kid Cudi lança meio que a versão deluxe do Insano, ganhando o parêntese Nitro Mega. Como esse trabalho havia progredido, Cudi decidiu que o material tinha força suficiente para se sustentar como um álbum separado. As gravações ocorreram entre 2022 e 2023, com algumas faixas remontando a sessões de 2007 e 2011, indicando uma mistura de material antigo e novo. A produção é praticamente a mesma, marcada por uma fusão de Hip-Hop tradicional com Trap, contando com uma variedade de produtores que contribuem para a diversidade sonora do álbum. A sonoridade varia desde batidas energéticas e agressivas até faixas mais atmosféricas e introspectivas, criando uma experiência auditiva dinâmica. O repertório começa de forma morna, mas depois melhora. Ainda assim, apresenta algumas canções genéricas, embora a maioria seja boa. Em suma, apesar de não complementar muito bem o original, é um trabalho decente. 

Melhores Faixas: Animate, Win Or Lose, Everybody Like, All My Life, Chunky, Ill What I Bleed
Piores Faixas: Willis, Human Made, Diamonds Lights Fast Cars, I Just Wanna Get

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