Hank Williams Sings – Hank Willimas
NOTA: 9/10
Em 1952, Hank Williams lançou seu álbum de estreia, intitulado Hank Williams Sings. O cantor, nascido na zona rural de Mount Olive, no Condado de Butler, no Alabama, começou sua carreira no início dos anos 40, logo após ser rejeitado para servir no Exército durante a Segunda Guerra Mundial. Então, passou a gravar algumas músicas até perceber que precisava entrar em uma gravadora maior, assinando assim com a MGM. A produção, feita pelo renomado Fred Rose, contou com gravações realizadas em estúdios simples entre 1946 e 1949, capturando a voz e os instrumentos com pouca edição. Williams gravava com sua banda de apoio, os Drifting Cowboys, que incluía guitarra, violino (fiddle), steel guitar, baixo e, ocasionalmente, piano. O som do álbum é cru e direto, mantendo a autenticidade do Country tradicional. O repertório é sensacional, com canções belíssimas e um toque exuberante. Em suma, é um baita disco de estreia e um clássico da Country music.
Melhores Faixas: Lost Highway, Wealth Won't Save Your Soul
Vale a Pena Ouvir: Wedding Bells, I've Just Told Mama Goodbye
Moanin’ The Blues – Hank Williams
NOTA: 8,7/10
Melhores Faixas: Moanin' The Blues, I'm A Long Gone Daddy, Honky Tonk Blues
Vale a Pena Ouvir: My Sweet Love Ain't Around, Someday You'll Call My Name, The Blues Come Around
Memorial Album – Hank Williams
NOTA: 9,4/10
No ano de 1953, após sua morte, foi lançado o 1º trabalho póstumo do Hank Williams, intitulado Memorial Album. Após o Moanin’ the Blues, sua vida pessoal continuava recheada de problemas de saúde e alcoolismo, o que resultou em sua demissão do Grand Ole Opry em 1952. Só que, na virada de 1952 para 1953, o cantor acabou morrendo enquanto viajava para um show em Ohio, o que gerou uma grande comoção. E, lógico, a MGM, nada boba, preparou um lançamento póstumo. A produção foi aquela de sempre, com a sonoridade crua e a autenticidade que tornaram Hank Williams um dos mais respeitados compositores e intérpretes da Country music, trazendo os padrões das gravações desse gênero na época: arranjos minimalistas, poucos overdubs e ênfase na voz expressiva do cantor. O repertório é sensacional, cheio de canções envolventes e profundas, e a maioria foi hit. No fim, é um trabalho maravilhoso e digno para tudo que construiu.
Melhores Faixas: Hey, Good Lookin', Your Cheatin' Heart, Half As Much
Vale a Pena Ouvir: You Win Again, Kaw-Liga
Hank Williams As Luke The Drifter – Hank Williams
NOTA: 8/10
Naquele mesmo ano, outro trabalho foi lançado, intitulado Hank Williams as Luke the Drifter, e esse tem história. Após o Memorial Album, mesmo sendo um cantor consolidado, nem todas as suas composições se encaixavam no formato comercial esperado pela indústria. Muitas de suas músicas mais sérias e filosóficas eram rejeitadas pelas rádios e gravadoras por serem consideradas "pesadas" ou "pregadoras" demais. Para evitar prejudicar sua imagem, ele começou a lançar essas músicas sob o pseudônimo Luke the Drifter, um nome que remetia a um andarilho solitário, um contador de histórias que oferecia lições de vida. A produção foi a de sempre, trazendo Williams não cantando no sentido tradicional, mas recitando as letras com acompanhamento musical sutil, criando um efeito semelhante ao de sermões ou poemas falados, ou seja, um Spoken Word. O repertório é muito interessante, com faixas bem discursadas. Enfim, é um trabalho muito legal, porém bem subestimado.
Melhores Faixas: I Dreamed About Mama Last Night, Help Me Understand
Vale a Pena Ouvir: Too Many Parties And Too Many Pals, Beyond The Sunset
Honky Tonkin – Hank Williams
NOTA: 7,2/10
Em 1954, chegou o que foi praticamente seu trabalho póstumo final, o Honky Tonkin', que voltou para as cantorias. Após o Hank Williams as Luke the Drifter, a gravadora percebeu que ainda dava para continuar ganhando dinheiro com lançamentos póstumos do falecido cantor, só que agora decidiram resgatar ainda mais canções antigas gravadas na década anterior. A produção foi conduzida pelo mesmo produtor de sempre, que resgatou composições dançantes e músicas mais introspectivas, criando um álbum dinâmico e envolvente. Só que, com aquela qualidade sonora, reflete as limitações tecnológicas da época, mas a crueza das gravações apenas aumenta a autenticidade das performances, apesar de se perceber alguns erros bobos na mixagem. O repertório é bem legalzinho, com canções animadas e divertidas, e algumas que faltaram mais polimento. Mas, enfim, é um disco bom e último importante, pois dali para frente foi só descarte.
Melhores Faixas: My Bucket’s Got A Hole In It, I Won’t Be Home No More, I’ll Never Get Out Of This World Alive
Piores Faixas: Jambalaya (On The Bayou), Honky Tonk Blues