sábado, 15 de março de 2025

Analisando Discografias - Juice Newton: Parte 2

                 

Emotion – Juice Newton





















NOTA: 2,5/10


Dois anos se passaram, e a cantora retorna lançando outro álbum intitulado Emotion, que não trouxe muitas mudanças. Após o tenebroso Old Flame, ela tentou revitalizar sua sonoridade, trazendo uma fusão de Pop, Country e Soft Rock, com uma produção mais polida e voltada para o rádio, tentando ainda, quem sabe, recuperar sua consistência. A produção foi a mesma de sempre, mantendo a essência do Country Pop, mas trazendo uma instrumentação mais sintetizada, característica das produções da época. A ênfase nos sintetizadores e nas baterias eletrônicas deu ao álbum um tom mais contemporâneo (para aquele período), embora ainda preserve a identidade vocal expressiva da Newton. Mas, apesar de tentar inovar, muita coisa ficou arrastada e sem nexo. O repertório é fraquíssimo, com canções medíocres e sem graça, com poucas que se destacam. Enfim, esse disco é ruim e nada interessante. 

Melhores Faixas: Tell Me True, 'Til You Cry 
Piores Faixas: Emotions, Walkin' Into Trouble, If I Didn't Love You

Ain’t Gonna Cry – Juice Newton





















NOTA: 3/10


Mais um tempo se passou, e ela lança outro trabalho chato, o Ain’t Gonna Cry, que trouxe algumas mudanças. Após o Emotion, o Pop mainstream estava se voltando para produções mais sintéticas e eletrônicas, o que tornou difícil para artistas como Juice Newton manterem o mesmo nível de relevância comercial. Sem saber o que fazer, ela decidiu continuar cometendo os mesmos erros dos trabalhos anteriores. A produção, como sempre, ficou a cargo do Richard Landis, que buscou equilibrar arranjos sofisticados com um toque mais orgânico. A instrumentação contou com guitarras elétricas bem marcadas, teclados sutis e uma seção rítmica bem estruturada, variando entre batidas mais intensas e levadas suaves para as baladas. No entanto, tudo continuou arrastado e sem coesão. O repertório é chatíssimo, com poucas canções interessantes e a maioria sendo sem graça. No final de tudo, é um trabalho bem ruinzinho e que foi um fracasso. 

Melhores Faixas: Goin' To Work, When Love Comes Around The Bend, Love Is The Only Chain 
Piores Faixas: I Ain't Gonna Cry No More, Say You'll Be Mine, Gonna Find You, (And) Then He Kissed Me

The Troubles With Angels – Juice Newton





















NOTA: 2/10


Depois de muito tempo, praticamente quase 10 anos, Juice Newton retornou lançando The Troubles With Angels. Após o Ain’t Gonna Cry, ela focou mais em turnês e lançamentos de coletâneas, mantendo sua base de fãs ativa, mas sem novas gravações de estúdio. Este projeto é mais pessoal e intimista, voltado para um público fiel, em vez de uma tentativa de alcançar sucesso comercial massivo. A produção foi feita de novo pelo mesmo produtor de sempre, que fugiu das tendências Pop e evitou também o Country altamente comercial dos anos 90. Em vez disso, o disco aposta em um som mais acústico e orgânico, com destaque para violões, pianos e arranjos minimalistas. Mas, apesar da boa proposta, tudo é exageradamente introspectivo e com alto grau de arranjos tediosos. O repertório, composto em sua maioria por canções antigas, tem outras que foram bem interpretadas e outras que ficaram ruins. Enfim, é outro trabalho fraco, só para ganhar trocados. 

Melhores Faixas: Red Blooded American Girl, Love's Been A Little Bit Hard On Me 
Piores Faixas: Break It To Me Gently, This Old Flame, Ride 'Em Cowboy

American Girl – Juice Newton





















NOTA: 3,2/10


No ano seguinte, foi lançado o que é praticamente o último álbum de estúdio de Juice Newton, o American Girl. Após o The Troubles With Angels, ela decidiu retornar àquela estética que a fez alcançar o sucesso. Decidiu manter-se fiel ao seu estilo, explorando uma abordagem mais clássica e intimista, sem tentar competir com as novas tendências do gênero. A produção, feita novamente por Richard Landis, mantém um equilíbrio entre o Country tradicional, o Pop, o Blues e o Soft Rock, sem grandes inovações, mas com uma execução sólida. A instrumentação é bem trabalhada, destacando violões bem mixados, guitarras suaves, teclados sutis e uma seção rítmica consistente. No entanto, tudo é bem previsível, e os arranjos são praticamente idênticos, com poucas faixas semelhantes às canções originais. Falando nisso, o repertório é cheio de canções antigas bem reinterpretadas, mas a maioria é genérica e sem sal. No final de tudo, é um trabalho bem fraquinho e esquecível. 

Melhores Faixas: Crazy Little Thing Called Love, Red Blooded American Girl, Love Hurts
Piores Faixas: I've Been Mistreated, Ask Lucinda, Listen To The Radio

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