quinta-feira, 3 de abril de 2025

Analisando Discografias - Roger Glover

                 

Elements – Roger Glover





















NOTA: 8,4/10


Em 1978, Roger Glover lançou um álbum de estúdio intitulado Elements, que trazia uma abordagem diferente. Antes do fim do Deep Purple, Glover havia lançado um álbum conceitual que era, de certa forma, um trabalho do Deep Purple travestido com seu nome. Tempos mais tarde, a gravadora Polygram o convidou para criar um projeto instrumental e conceitual. A ideia de Glover era compor uma suíte sinfônica baseada nos quatro elementos da natureza (Terra, Ar, Fogo e Água). A produção foi conduzida por ele junto com Martin Birch e contou com uma equipe de músicos experientes, incluindo Simon Phillips (bateria) e Mickey Lee Soule (teclados). A sonoridade é grandiosa e ambiciosa, com influências de trilhas sonoras, sintetizadores etéreos e orquestrações marcantes, tudo isso mesclado a elementos de rock progressivo, jazz fusion e música sinfônica. O repertório contém cinco faixas atmosféricas muito bem trabalhadas. Enfim, Elements é um belo disco e bastante consistente. 

Melhores Faixas: The Next A Ring Of Fire, The Fourth Rings With The Wind 
Vale a Pena Ouvir: The First Ring Made Of Clay, The Third Ring's Watery Flow, Finale

Mask – Roger Glover





















NOTA: 1,2/10


Um tempo depois, Roger Glover lançou outro disco intitulado Mask, que trouxe algumas mudanças. Após o Elements, ele passou um tempo focado mais na produção musical, até que, no bendito ano de 1984, surgiu com um projeto mais direto e acessível, incorporando elementos da New Wave e do Synth-pop, que estavam em alta nos anos 80. A produção foi feita, obviamente, por ele mesmo, com um uso forte de sintetizadores, baterias eletrônicas e efeitos de estúdio. Diferente de seu antecessor, que era mais orgânico e sinfônico, aqui Glover abraça totalmente a estética da época, só que tudo soa como uma demo descartável dos discos do Talking Heads e da carreira solo de Peter Gabriel, do Genesis. O repertório é horroroso, recheado de canções medíocres e sem base. No fim, é um trabalho tenebroso, que acabou esquecido com o lançamento de Perfect Strangers. 

Melhores Faixas: (...........) 
Piores Faixas: Getting Stranger, Fake It

Snapshot – Roger Glover





















NOTA: 1/10


Então, se passou bastante tempo até que, em 2002, Roger Glover retornou lançando outro disco: Snapshot. Após o pavoroso Mask, Glover ficou mais focado no Deep Purple, até que decidiu lançar um trabalho mais voltado para o Blues, Folk e Rock clássico. Além disso, introduziu a banda The Guilty Party, composta por músicos experientes, incluindo Randall Bramblett (vocais, saxofone e teclados), Warren Haynes (guitarra) e Gillian Glover, filha de Roger, nos vocais de apoio. A produção foi feita por Peter Denenberg, com ajuda do baixista, que deu ênfase aos instrumentos acústicos, arranjos naturais e a uma sonoridade crua, sem os excessos de estúdio típicos do Rock dos anos 80 e 90. Além disso, dá para perceber alguns elementos do Country e até mesmo Yacht Rock, só que tudo é muito arrastado e com uma repetição desenfreada nos arranjos. O repertório é muito ruim, e as canções são completamente tediosas. Em suma, é um disco péssimo e totalmente esquecível. 

Melhores Faixas (..............) 
Piores Faixas: Nothing Else, The Bargain Basement, The More I Find, Queen Of England, It´s Only Life

If Life Was Easy – Roger Glover





















NOTA: 2,4/10


Apenas em 2011, Roger Glover lançou outro álbum, sendo o último até então, o If Life Was Easy. Após o Snapshot, depois de muito tempo focado, como sempre, no Deep Purple, ele decidiu que, nesse projeto solo, faria uma proposta de explorar diferentes estilos musicais sem a necessidade de seguir um gênero específico. Glover compôs boa parte das músicas durante uma viagem à Tailândia e, segundo ele, o álbum reflete experiências pessoais, pensamentos sobre a vida e sua visão de mundo. A produção foi conduzida novamente por ele, junto com Peter Denenberg, com uma instrumentação diversificada, em faixas que vão desde arranjos acústicos minimalistas até grooves mais elaborados com metais e percussão. Traz várias influências de Blues, Reggae, Folk, entre outros. Só que tudo resulta numa verdadeira bagunça, sem coesão. O repertório é bem ruim, com canções medíocres e poucas interessantes. Enfim, é um disco fraquíssimo e inconsistente. 

Melhores Faixas: Staring Into Space, Crue World 
Piores Faixas: Set Your Imagination Free, The Car Won't Start, The Dream I Had

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