quarta-feira, 2 de abril de 2025

Analisando Discografias - Ian Gillan

                 

Naked Thunder – Ian Gillan





















NOTA: 8/10


Então, em 1990, Ian Gillan embarca em uma carreira solo e lança o álbum Naked Thunder. Após ser demitido do Deep Purple devido a longos conflitos com Ritchie Blackmore, ele se viu em busca de uma nova direção musical, decidindo explorar caminhos diferentes em sua carreira solo para não repetir os problemas que enfrentou nas bandas que montou anos antes. Para isso, chamou alguns músicos conhecidos e partiu para a gravação. A produção ficou a cargo do Leif Mases, que trouxe uma abordagem sofisticada e moderna, com uma sonoridade bastante variada, incorporando elementos de AOR, Blues, Hard Rock e até mesmo um pouco da Soul music, numa estratégia ousada que abandonou o lado mais cru de seus trabalhos anteriores. O repertório é bem legal, com canções envolventes e energéticas. No fim, é um ótimo disco de estreia, só que foi um fiasco completo. 

Melhores Faixas: Nothing But The Best, Love Gun 
Vale a Pena Ouvir: Long And Lonely Ride, Nothing To Lose, Talking To You

Toolbox – Gillan





















NOTA: 8/10


No ano seguinte, ele volta lançando outro disco, o Toolbox, que não trouxe tantas mudanças. Após o Naked Thunder, que teve baixas vendagens e foi um fracasso comercial, Ian Gillan percebeu que precisava mudar sua abordagem, então decidiu retornar às suas raízes, ou seja, fazer aquele Hard Rock mais agressivo. A produção, feita por Chris Tsangarides, trouxe uma sonoridade mais suja e pesada, lembrando um pouco o som da banda Gillan no início dos anos 80. A instrumentação é muito boa e traz uma base sólida. Os vocais de Ian Gillan, apesar dos anos de abuso vocal, ainda estão cheios de energia e agressividade, com ele cantando com bastante força e até incorporando alguns gritos e tons mais rasgados. O repertório é bem legal, com canções pesadas e outras com um clima mais melódico. No geral, é um ótimo disco e bem consistente. 

Melhores Faixas: Don't Hold Me Back, Gassed Up 
Vale a Pena Ouvir: Dirty Dog, Bed Of Nails, Hang Me Out To Dry

Dreamcatcher – Ian Gillan





















NOTA: 3/10


Seis anos se passaram, e Ian Gillan lança seu 3º disco, o Dreamcatcher, que tentou trazer coisas novas. Após o Toolbox, ele retornou ao Deep Purple de forma definitiva. No entanto, em meio a essa rotina, Gillan ainda sentia necessidade de explorar sua veia solo, resultando neste projeto, que se diferencia dos anteriores. A produção foi feita por ele junto com o guitarrista Steve Morris, que já havia trabalhado nos discos anteriores e também desempenhou o papel de tocar todos os instrumentos. Juntos, trouxeram uma abordagem mais crua e natural, combinando instrumentação acústica, arranjos minimalistas e uma atmosfera relaxada, com influências evidentes de Folk, Blues e Rock clássico. A instrumentação é variada, incluindo violões e teclados suaves, enquanto as guitarras elétricas aparecem de maneira mais contida, só que tudo parece uma bagunça. O repertório até começa bem, mas depois traz um monte de canções sem graça. Enfim, é um disco ruim e sem coesão. 

Melhores Faixas: All In My Mind, Chandra's Coriander, Anyway You Want Me (That's How I Will Be) 
Piores Faixas: Country Mile, Sugar Plum, Sleppy Warm, Gunga Din

One Eye To Morocco – Ian Gillan





















NOTA: 3,2/10


O tempo passou, e Ian Gillan lançou seu último álbum solo até então, o One Eye to Morocco. Após o Dreamcatcher, o cantor acabou se focando mais no Deep Purple, embora tenha lançado outro álbum solo em 2005, recheado de convidados, mas composto apenas por covers de músicas antigas. Só em 2009 ele decidiu lançar um trabalho inédito, apresentando um som mais eclético e refinado, com forte influência do Blues e até elementos orientais. A produção foi feita por Nick Blagona, que trouxe uma abordagem limpa e equilibrada, com mais detalhes nos arranjos e o uso de instrumentos como pianos elétricos, sopros, violões e percussões sutis. Os instrumentistas tentaram criar uma atmosfera quase cinematográfica, com grooves relaxados e melodias ricas, só que muitos momentos acabam sendo inconsistentes e tediosos. O repertório é bem irregular, com canções boas e outras genéricas. No final de tudo, é um disco mediano e sem muito direcionamento. 

Melhores Faixas: Girl Goes To Show, One Eye To Morocco, The Sky Is Falling Down 
Piores Faixas: Ultimate Groove, Deal With, Change My Aways, It Would Be Nice

         Bom é isso e flw!!!   

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