14 Bis II – 14 Bis
NOTA: 9,4/10
Logo no ano seguinte, o 14 Bis lançou seu 2º álbum de estúdio, que trazia a banda com um som um pouco mais comercial. Após o sucesso da estreia, a banda buscou reafirmar sua identidade única, ainda seguindo a fórmula que havia garantido o êxito anterior. Já na recém-iniciada década de 1980, o som da banda tornou-se um pouco mais pasteurizado, na tentativa de conquistar maior espaço na grande mídia. A produção, assinada por Mayrton Bahia e Tavito, manteve a abordagem inovadora do primeiro álbum, apostando em arranjos elaborados e no uso de tecnologias como sintetizadores. Flávio Venturini e Vermelho se destacaram na criação de texturas sonoras, explorando harmonias vocais complexas e uma paleta instrumental rica. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções impecáveis. Sendo assim, um disco espetacular e um clássico do Rock nacional.
Melhores Faixas: Planeta Sonho, Bola de Meia, Bola de Gude, Nova Manhã, Pedras Rolantes (Nas Ondas Do Rádio)
Vale a Pena Ouvir: Caçador De Mim, Carrossel
Espelho Das Águas – 14 Bis
NOTA: 8,6/10
Melhores Faixas: Doce Loucura, Mesmo De Brincadeira, Razões Do Coração, No Vale Do Povão
Vale a Pena Ouvir: A Qualquer Tempo, Dança Do Tempo, Espelho Das Águas
Além Paraíso – 14 Bis
NOTA: 9/10
Pouco tempo depois, a banda retorna com Além Paraíso, que apresentava um som totalmente comercial. Após o Espelho das Águas, o 14 Bis decidiu gravar seu novo trabalho fora do país, influenciado por viagens internacionais e pela busca por sonoridades inovadoras, utilizando equipamentos de ponta adquiridos nos Estados Unidos. A produção, conduzida por Mariozinho Rocha, permitiu que a banda explorasse uma ampla gama de texturas sonoras. Apesar de manter elementos da música brasileira e de suas raízes progressivas, o grupo decidiu mergulhar no universo da New Wave, utilizando sintetizadores, guitarras limpas e arranjos vocais detalhados, tudo isso sem deixar de lado a veia comercial. O repertório, mais uma vez, é muito bom e traz canções belíssimas, especialmente em seus temas. No final de tudo, é um trabalho muito interessante que elevou ainda mais o sucesso da banda.
Melhores Faixas: Linda Juventude, Pequenas Coisas, Uma Velha Canção Rock ‘N’ Roll, Pele de Verão
Vale a Pena Ouvir: Passeio Pelo Interior, Querer Bem (Birmingham), Romance De Amor
A Idade Da Luz – 14 Bis
NOTA: 8,2/10
Outro intervalo de um ano se passa, e chega mais um disco do 14 Bis, intitulado A Idade da Luz. Após o sucesso do Além Paraíso, a banda continuou explorando temáticas líricas introspectivas e cósmicas. Aproveitando o sucesso que a Blitz havia alcançado e o destaque crescente do Rock nacional, eles decidiram retornar às suas raízes iniciais, ao mesmo tempo que buscava manter a relevância conquistada. A produção feita por Mayrton Bahia, trouxe uma abordagem técnica que combina harmonias vocais marcantes com arranjos instrumentais ricos. Elementos como sintetizadores, guitarras e vocais em camadas são utilizados de forma predominante. A banda continuou explorando a sonoridade da New Wave, mas com uma maior predominância do Rock progressivo que os caracterizou no início. O repertório é muito interessante, com canções atmosféricas e cadenciadas. Em suma, é um trabalho muito interessante, apesar de ser muito subestimado.
Melhores Faixas: Todo Azul Do Mar, Melhor, Cinema Imaginário
Vale a Pena Ouvir: As Quatro Estações De Veja, Adoráveis Criaturas, Nave De Prata, Idade Da Luz
A Nave Vai – 14 Bis
NOTA: 5,8/10
Dois anos se passam, e o 14 Bis retorna com seu 6º álbum, A Nave Vai, que marcou algumas mudanças na banda. Após A Idade da Luz, o grupo decidiu fazer uma pequena pausa para se dedicar a turnês e projetos paralelos, como no caso do Flávio Venturini, que gravou mais um disco solo. Esse período de pausa influenciou a direção criativa, já que eles queriam explorar a sonoridade do movimento britânico New Age. A produção foi conduzida pelo mesmo produtor e trouxe arranjos mais minuciosos. Além disso, houve um uso exagerado de sintetizadores e texturas eletrônicas para se enquadrar nesse estilo. No entanto, apesar de tentarem incorporar influências progressivas, o resultado soou mais como uma imitação de bandas como Duran Duran ou Tears for Fears. Isso se reflete em um repertório irregular, dividido entre canções boas e outras mais medianas. No final, é um trabalho muito abaixo, que parece ter sido feito às pressas.
Melhores Faixas: Mel Do Amor, Sem Duvidar, Toada Mineira
Piores Faixas: Nuvens, Pedra Bonita, Outras Dimensões (A Nave Vai), Figura Rara
Por hoje é só, um abraço e flw!!!