domingo, 17 de novembro de 2024

Analisando Discografias - 14 Bis: Parte 2

                 

14 Bis II – 14 Bis





















NOTA: 9,4/10


Logo no ano seguinte, o 14 Bis lançou seu 2º álbum de estúdio, que trazia a banda com um som um pouco mais comercial. Após o sucesso da estreia, a banda buscou reafirmar sua identidade única, ainda seguindo a fórmula que havia garantido o êxito anterior. Já na recém-iniciada década de 1980, o som da banda tornou-se um pouco mais pasteurizado, na tentativa de conquistar maior espaço na grande mídia. A produção, assinada por Mayrton Bahia e Tavito, manteve a abordagem inovadora do primeiro álbum, apostando em arranjos elaborados e no uso de tecnologias como sintetizadores. Flávio Venturini e Vermelho se destacaram na criação de texturas sonoras, explorando harmonias vocais complexas e uma paleta instrumental rica. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções impecáveis. Sendo assim, um disco espetacular e um clássico do Rock nacional. 

Melhores Faixas: Planeta Sonho, Bola de Meia, Bola de Gude, Nova Manhã, Pedras Rolantes (Nas Ondas Do Rádio) 
Vale a Pena Ouvir: Caçador De Mim, Carrossel

Espelho Das Águas – 14 Bis 





















NOTA: 8,6/10


Mais um ano se passa, e o 14 Bis retorna com seu 3º álbum, o Espelho das Águas, que não trazia muitas mudanças. Após o sucesso do 14 Bis II, a banda percebeu que estava no caminho certo, principalmente por dialogar com o movimento Clube da Esquina e com a cena musical nacional da época. Eles decidiram continuar trazendo temas serenos e mantendo uma abordagem mais comercial. A produção, feita por Miguel Plopschi, foi extremamente cuidadosa, valorizando tanto os vocais harmoniosos quanto os arranjos instrumentais, com destaque para os teclados de Flávio Venturini e as guitarras de Cláudio Venturini. Apesar de a sonoridade não ficar só no lado progressivo, ela apresenta um estilo mais voltado ao Soft Rock, com toques de Country Rock. O repertório é muito bom e traz canções bastante interessantes. No fim, é um ótimo disco, cheio de riqueza instrumental. 

Melhores Faixas: Doce Loucura, Mesmo De Brincadeira, Razões Do Coração, No Vale Do Povão 
Vale a Pena Ouvir: A Qualquer Tempo, Dança Do Tempo, Espelho Das Águas

Além Paraíso – 14 Bis 





















NOTA: 9/10


Pouco tempo depois, a banda retorna com Além Paraíso, que apresentava um som totalmente comercial. Após o Espelho das Águas, o 14 Bis decidiu gravar seu novo trabalho fora do país, influenciado por viagens internacionais e pela busca por sonoridades inovadoras, utilizando equipamentos de ponta adquiridos nos Estados Unidos. A produção, conduzida por Mariozinho Rocha, permitiu que a banda explorasse uma ampla gama de texturas sonoras. Apesar de manter elementos da música brasileira e de suas raízes progressivas, o grupo decidiu mergulhar no universo da New Wave, utilizando sintetizadores, guitarras limpas e arranjos vocais detalhados, tudo isso sem deixar de lado a veia comercial. O repertório, mais uma vez, é muito bom e traz canções belíssimas, especialmente em seus temas. No final de tudo, é um trabalho muito interessante que elevou ainda mais o sucesso da banda. 

Melhores Faixas: Linda Juventude, Pequenas Coisas, Uma Velha Canção Rock ‘N’ Roll, Pele de Verão 
Vale a Pena Ouvir: Passeio Pelo Interior, Querer Bem (Birmingham), Romance De Amor

A Idade Da Luz – 14 Bis





















NOTA: 8,2/10


Outro intervalo de um ano se passa, e chega mais um disco do 14 Bis, intitulado A Idade da Luz. Após o sucesso do Além Paraíso, a banda continuou explorando temáticas líricas introspectivas e cósmicas. Aproveitando o sucesso que a Blitz havia alcançado e o destaque crescente do Rock nacional, eles decidiram retornar às suas raízes iniciais, ao mesmo tempo que buscava manter a relevância conquistada. A produção feita por Mayrton Bahia, trouxe uma abordagem técnica que combina harmonias vocais marcantes com arranjos instrumentais ricos. Elementos como sintetizadores, guitarras e vocais em camadas são utilizados de forma predominante. A banda continuou explorando a sonoridade da New Wave, mas com uma maior predominância do Rock progressivo que os caracterizou no início. O repertório é muito interessante, com canções atmosféricas e cadenciadas. Em suma, é um trabalho muito interessante, apesar de ser muito subestimado. 

Melhores Faixas: Todo Azul Do Mar, Melhor, Cinema Imaginário 
Vale a Pena Ouvir: As Quatro Estações De Veja, Adoráveis Criaturas, Nave De Prata, Idade Da Luz

A Nave Vai – 14 Bis 





















NOTA: 5,8/10


Dois anos se passam, e o 14 Bis retorna com seu 6º álbum, A Nave Vai, que marcou algumas mudanças na banda. Após A Idade da Luz, o grupo decidiu fazer uma pequena pausa para se dedicar a turnês e projetos paralelos, como no caso do Flávio Venturini, que gravou mais um disco solo. Esse período de pausa influenciou a direção criativa, já que eles queriam explorar a sonoridade do movimento britânico New Age. A produção foi conduzida pelo mesmo produtor e trouxe arranjos mais minuciosos. Além disso, houve um uso exagerado de sintetizadores e texturas eletrônicas para se enquadrar nesse estilo. No entanto, apesar de tentarem incorporar influências progressivas, o resultado soou mais como uma imitação de bandas como Duran Duran ou Tears for Fears. Isso se reflete em um repertório irregular, dividido entre canções boas e outras mais medianas. No final, é um trabalho muito abaixo, que parece ter sido feito às pressas. 

Melhores Faixas: Mel Do Amor, Sem Duvidar, Toada Mineira 
Piores Faixas: Nuvens, Pedra Bonita, Outras Dimensões (A Nave Vai), Figura Rara
  

Por hoje é só, um abraço e flw!!!  

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