sábado, 16 de novembro de 2024

Analisando Discografias - O Terço: Parte 6

                 

Time Travellers – O Terço





















NOTA: 9/10


Dois anos depois, O Terço lançou mais um disco, o Time Travellers, no qual a banda basicamente cantava em inglês. Após o álbum anterior, que foi um completo fiasco, este novo trabalho marcou o retorno ao Rock progressivo que consagrou o grupo nos anos 1970. Além disso, eles decidiram compor letras em inglês, visando o mercado exterior. Com uma formação renovada, incluindo Franklin Paollilo (bateria), Luiz De Boni (teclados) e Andrei Ivanovic (baixo), a banda contou, como sempre, com Sérgio Hinds como guitarrista e frontman. Produzido pela própria banda e lançado pelo selo Record Runner, o álbum apresenta uma sonoridade que combina elementos clássicos do Prog Rock com abordagens contemporâneas da época. O repertório é de alta qualidade, com belíssimas canções e três ótimas faixas instrumentais. No fim, trata-se de um trabalho sensacional, que recolocou a banda em seu devido lugar. 

Melhores Faixas: Time Travellers, The Rhythm Of The Universe 
Vale a Pena Ouvir: The Last Journey, Crucis, The Guardians

Compositores – O Terço





















NOTA: 8/10


Depois de quatro anos, eles retornaram lançando mais um trabalho, o Compositores, que é basicamente um álbum de covers. Após o Time Travellers, O Terço realizou turnês fora do país e, em 1994, gravou um álbum ao vivo em conjunto com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Mantendo a mesma formação, mas sem Franklin Paollilo, decidiram produzir um disco que homenageasse composições marcantes. A produção, a cargo de Sérgio Hinds e Luiz De Boni, ficou alinhada à intenção de criar uma atmosfera que misturasse Rock progressivo com elementos da MPB e do Rock clássico. A banda preservou sua essência instrumental, com ênfase na qualidade técnica dos arranjos e nas interpretações emocionantes. O repertório é excelente, com todos os covers bem interpretados. Além disso, o álbum conta com faixas que incluem participações desde Flávio Venturini e Arnaldo Antunes. Enfim, trata-se de um ótimo álbum, apesar de ser bastante obscuro. 

Melhores Faixas: Mágica, Folhas Secas, Mundaréu, Mãe Terra 
Vale a Pena Ouvir: Poeira, Sangue Latino, Deus, Prazer e Fé

Spiral Words – O Terço 





















NOTA: 8,6/10


Pouco tempo depois, eles lançaram seu 10º álbum, o Spiral Words, que continuava seguindo a fórmula do Time Travellers. Após o Compositores, Sérgio Hinds quis modernizar o som sem perder a essência dos anos 70, que marcou os álbuns mais clássicos da banda. Dessa vez, com mais uma nova formação, o grupo incluiu Beto Correa nos teclados, Max Robert no baixo, Daniel Baeder na bateria e Edu Araújo dividindo os vocais e a guitarra com Hinds. A produção, mais uma vez feita por Sérgio Hinds, continuou a trazer aquela complexidade técnica aliada à acessibilidade melódica. Com arranjos detalhados, cada faixa destaca a virtuosidade dos músicos, especialmente nos solos de guitarra e teclados, criando uma sonoridade que vai além do Rock progressivo, explorando desde o Jazz fusion até um pouco de Soft Rock. O repertório é muito interessante, com canções que apresentam boas melodias. No final, é um disco bem interessante, apesar de faltar alguns complementos. 

Melhores Faixas: Sete, Pregnant, Balão 
Vale a Pena Ouvir: The Song, Beyond The Real, Spiral Words, 1974

Tributo a Raul Seixas – O Terço





















NOTA: 7,4/10


E aí chegamos ao último álbum do Terço, intitulado Tributo a Raul Seixas, ou seja, basicamente um trabalho em homenagem ao saudoso Maluco Beleza. Depois de lançarem Spiral Words, eles se uniram para revisitar o repertório clássico do Raul Seixas, reforçando a relevância e a influência do artista no cenário musical nacional. A produção, feita por Sérgio Hinds, seguiu a estética do Rock clássico, com arranjos que equilibram a fidelidade às composições de Raul e a assinatura estilística da banda. A sonoridade combina elementos acústicos e elétricos, respeitando a essência das obras de Raul, enquanto adiciona camadas instrumentais características da banda, além de ter uma temática de Hard Rock que, dessa vez, funcionou. Como já dito, o repertório é só de músicas do Raulzito. Alguns covers ficaram muito legais, enquanto outros parecem que a melodia é totalmente sem sentido. Apesar disso, é um álbum bem legal, mesmo fechando a trajetória da banda de forma tímida. 

Melhores Faixas: Maluco Beleza, Aluga-se, Como Vovó Já Dizia, Metamorfose Ambulante
Piores Faixas: Gita, Sociedade Alternativa, Mosca na Sopa


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