You Made Me Realise – My Bloody Valentine
NOTA: 7,8/10
No ano de 1988, o My Bloody Valentine lançou um EP intitulado You Made Me Realise. Foi nesse momento que a banda começou a ganhar destaque. Antes disso, eles eram uma banda em busca de uma identidade própria. Formada em Dublin, Irlanda, em 1983, a banda começou com uma sonoridade fortemente influenciada pelo Pós-punk e pelo Rock Gótico. Com os integrantes Kevin Shields (vocais/guitarra), Colm Ó Cíosóig (bateria) e Debbie Googe (baixo), e após recrutarem Bilinda Butcher, eles mudaram seu direcionamento. A produção feita pela própria banda mostrou Shields começando a experimentar camadas de guitarras processadas através de reverse reverb, tremolo picking e outras técnicas incomuns para a época. Esse som nebuloso e denso foi um dos pilares do Shoegaze, além dos vocais que ficaram estéreo, sendo totalmente diluídos. O repertório é muito bom, e as canções são bem melódicas e intensas. No geral, esse trabalho é muito bom e era só o começo.
Melhores Faixas: Thorn, Drive It All Over Me
Vale a Pena Ouvir: Slow, You Made Me Realise, Cigarette In Your Bed
Isn't Anything – My Bloody Valentine
NOTA: 9,7/10
Melhores Faixas: All I Need, (When You Wake) You're Still In A Dream, Feed Me With Your Kiss, Nothing Much To Lose
Vale a Pena Ouvir: Several Girls Galore, Lose My Breath
Glider – My Bloody Valentine
NOTA: 8/10
Em 1990, eles lançaram mais um EP intitulado Glider, que já mostrava um novo direcionamento para seu disco futuro. Após o Isn't Anything, o My Bloody Valentine começou a se afastar da abordagem mais crua e agressiva daquele álbum, buscando um som mais etéreo e abstrato. Nesse EP, eles incorporaram elementos da Neo-psicodelia, música ambiente e Dream Pop à estética do Shoegaze. A produção, novamente feita por eles mesmos, refletiu uma abordagem mais meticulosa e textural em comparação aos trabalhos anteriores da banda, trazendo um som mais refinado e focado na construção de camadas sonoras. As guitarras foram manipuladas para criar um efeito quase eletrônico, enquanto as batidas se tornaram mais repetitivas e dançantes, antecipando o caráter rítmico do loveless. O repertório contém 4 faixas muito legais, que mergulharam numa onda totalmente experimental. Enfim, esse EP é muito bom e mostrou uma demonstração do que seria próximo trabalho.
Melhores Faixas: Soon
Vale a Pena Ouvir: Don't Ask Why, Off Your Face, Glider
loveless – my bloody valentine
NOTA: 10/10
Então, no ano seguinte, a banda lançou seu maravilhoso e atemporal 2º disco, o loveless. Após o lançamento do Isn't Anything, o My Bloody Valentine passou a ser visto como uma das bandas mais inovadoras da cena alternativa britânica. Porém, o desenvolvimento desse álbum foi conturbado, levando quase três anos para ser finalizado e passando por inúmeros estúdios e engenheiros de som. A banda enfrentou dificuldades técnicas e conflitos com a gravadora Creation Records, que financiava o projeto e quase foi à falência devido aos altos custos. Kevin Shields assumiu o controle criativo quase absoluto, guiando cada detalhe do disco com uma abordagem experimental e meticulosa. Diferente de álbuns convencionais, a gravação envolveu camadas sobrepostas de instrumentos e efeitos de estúdio para criar uma sensação de imersão sonora. O repertório é simplesmente fantástico, pois só tem canções maravilhosas. No fim, esse disco é um clássico e uma verdadeira obra-prima.
Melhores Faixas: when you sleep, sometimes, only shallow, soon, loomer
Vale a Pena Ouvir: i only said, to here knows when, come in alone
m b v – my bloody valentine
NOTA: 9,2/10
Melhores Faixas: only tomorrow, she found now, if i am
Vale a Pena Ouvir: wonder 2, who sees you, in another way
Bom então é isso e flw!!!