sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Rincon Sapiência: Parte 2

                  

Galanga Livre – Rincon Sapiência





















NOTA: 10/10


Então, em 2017, o Rincon Sapiência lança seu álbum de estreia, o sensacional Galanga Livre. Após o SP Gueto BR, Rincon ficou mais focado no desenvolvimento desse álbum, mas ainda fazia algumas aparições em outros projetos, como suas participações em cyphers, como na CyphAir da Rap Box. Lembrando que estávamos no Ano Lírico, então era óbvio que ele entregaria algo que faria muito barulho na cena. A produção foi feita, em sua maioria, pelo próprio rapper junto com Gambia Beats, resultando em uma rica diversidade rítmica, incorporando influências que vão desde a Capoeira até o Blues. Claro que ele não abandonou as influências do Hip-Hop/Rap tradicional, apenas incluiu elementos do Neo-Soul e do R&B contemporâneo, tudo isso com beats muito bem encaixados. O repertório é maravilhoso, e as canções são repletas de críticas sociais e políticas, tudo isso aliado a uma lírica absurda. Em suma, é um baita disco e um dos melhores lançamentos da última década. 

Melhores Faixas: Ponta de Lança (Verso Livre), A Volta Pra Casa, Ostentação À Probreza, Vida Longa, A Coisa Tá Preta 
Vale a Pena Ouvir: Benção, Crime Bárbaro

Mundo Manicongo: Dramas, Danças E Afroreps – Rincon Sapiência





















NOTA: 8,6/10


Dois anos se passaram, e ele retorna lançando seu 2º álbum e último até então, o Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps. Após o espetacular Galanga Livre, Rincon Sapiência ganhou destaque no cenário musical brasileiro, sendo reconhecido por sua habilidade em mesclar Rap com diversos gêneros musicais e por suas letras que abordam questões sociais e raciais. Além disso, ele entregou demais nas feats em que participou com outros artistas e até mesmo em cyphers, como The Cypher Respect 2, R.U.A. 2 e Cypherbox 11. Depois disso, ele voltou com uma proposta diferente. A produção, feita pelo próprio Rincon junto com Esil Beats e MazBeats, trouxe uma sonoridade que ainda tinha influências do Rap tradicional, agora com a inclusão de elementos do Funk, Trap e Afro house, tudo bem encaixado. O repertório é bem legal, e as canções são bem diversificadas, contando com ótimos feats. No fim, é um ótimo disco, apesar de ser muito subestimado. 

Melhores Faixas: Meu Ritmo, Me Nota, Onda Sabor E Cor
Vale a Pena Ouvir: Mundo Manicongo, Não Sei Pra Onde, Arrastão, Lábios De Mel

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