On An Island – David Gilmour
NOTA: 8,5/10
Indo para o ano de 2006, David Gilmour lançava seu álbum On an Island. Após o About Face, Gilmour esteve mais focado em trabalhos com o Pink Floyd e em sua vida pessoal, inclusive dedicando-se à família e a causas humanitárias. O contexto desse projeto foi concebido distante das turbulências internas do Pink Floyd e disposto a expressar uma musicalidade mais contemplativa e pessoal. Ele mesmo descreve o álbum como uma obra profundamente autobiográfica, refletindo sobre temas como o tempo, a memória, a mortalidade e a beleza do cotidiano. A produção foi conduzida por ele junto com Phil Manzanera e Chris Thomas, deixando tudo limpo, refinado e fiel ao estilo atmosférico dele, com ênfase em texturas sonoras, espaços e detalhes harmônicos, ou seja, com todos aqueles acabamentos progressivos. O repertório é muito bom, e as canções são todas carregadas de profundidade. Enfim, é um ótimo disco, que segue por um caminho mais imersivo.
Melhores Faixas: On An Island, This Heaven
Vale a Pena Ouvir: Smile, Take A Breath, Where We Start
Rattle That Lock – David Gilmour
NOTA: 6/10
Melhores Faixas: Rattle That Lock, 5 A.M., Today
Piores Faixas: In Any Tongue, Dancing Right In Front Of Me, And Then...
Luck And Strange – David Gilmour
NOTA: 8,9/10
Então chegamos ao ano de 2024, quando foi lançado o último álbum até o momento dele, o Luck and Strange. Após o Rattle That Lock, muita coisa acabou acontecendo, mas algo que foi bastante determinante foram as lives em família, que despertaram em Gilmour a vontade de criar novamente, refletindo sobre temas como envelhecimento, mortalidade e a importância familiar, moldados pelos longos meses de confinamento durante a pandemia. A produção, conduzida por ele junto com Charlie Andrew, apresenta uma sonoridade profundamente atmosférica, madura e introspectiva, com uma abordagem mais contida e contemporânea, tendo muitos momentos que fazem lembrar The Division Bell, muito por conta da profundidade dos arranjos. O repertório é belíssimo, e as canções são todas bem imersivas e com uma tonalidade bastante reflexiva. Enfim, é um disco incrível e uma obra de extrema sinceridade.
Melhores Faixas: Between Two Points (participação da filha do Gilmour, a Romany), Scattered
Vale a Pena Ouvir: Luck And Strange, Dark And Velvet Nights, Sings