Analisando Discografias - Eddie Vedder

                   

Ukulele Songs – Eddie Vedder

NOTA: 8,3/10

Em 2011, foi lançado o primeiro álbum realmente solo de Eddie Vedder, intitulado Ukulele Songs. Após mais de duas décadas como vocalista e principal letrista do Pearl Jam, foi em 2007, com a trilha sonora do filme Into the Wild, que Vedder iniciou oficialmente sua carreira solo. Aquela trilha, baseada em voz, violão e introspecção, recebeu aclamação da crítica e até uma indicação ao Grammy. Durante as turnês do Pearl Jam e apresentações solo, Vedder começou a incluir canções com ukulele, um instrumento que ele vinha tocando em momentos privados e inspirado por viagens ao Havaí. A produção, feita por Adam Kasper junto com o próprio Vedder, focou na voz e no timbre acústico do ukulele, que aqui assume a função de base harmônica, melódica e rítmica. Não há bateria, baixo nem guitarras elétricas. É um trabalho de puro Folk. O repertório é muito bom, e as canções têm um lado intimista e bem leve. Enfim, é um disco belíssimo, que serve até como um bom passatempo. 

Melhores Faixas: Without You, More Than You Know, Tonight You Belong To Me (participação da Cat Power), Sleeping By Myself 

Vale a Pena Ouvir: Longing To Belong, Satellite, Sleeping By Myself, Dream A Little Dream

Earthling – Eddie Vedder

NOTA: 5,8/10

Foi só onze anos depois que Eddie Vedder voltou a lançar um álbum solo, o Earthling. Após o Ukulele Songs, Vedder passou anos focado no Pearl Jam e mantendo sua carreira como ativista e curador de festivais como o Ohana Fest. Enquanto o Pearl Jam mantinha seu legado, Vedder sentia o impulso de explorar novas sonoridades. A pandemia de COVID-19 e o isolamento criaram o espaço ideal para esse mergulho criativo. A produção foi conduzida por Andrew Watt, que também tocou vários instrumentos no álbum e formou uma banda de apoio chamada The Earthlings. O grupo contava ainda com o baterista Chad Smith e o guitarrista Josh Klinghoffer, ambos com passagens pelo Red Hot Chili Peppers. A sonoridade é bem polida e variada, mas muita coisa soa inconsistente e sem coesão. O repertório é irregular, com canções interessantes, mas outras bastante genéricas. No final, é um disco mediano que poderia ter sido mais bem lapidado. 

Melhores Faixas: Invincible, Good And Evil, The Dark 

Piores Faixas: Brother The Cloud, Try, On My Way