quarta-feira, 4 de junho de 2025

Analisando Discografias - Green River

                   

Dry As A Bone – Green River





















NOTA: 7/10


Voltando a 1987, o Green River lançava mais um EP, intitulado Dry As a Bone, que seguia uma abordagem mais descompromissada. A banda, formada em 1984 em Seattle, a terra do Grunge, contava com Mark Arm (vocais), Steve Turner (guitarra, depois substituído por Bruce Fairweather), Stone Gossard (guitarra), Jeff Ament (baixo) e Alex Vincent (bateria). Após o lançamento do primeiro EP, Come On Down, que já mostrava uma fusão do Punk agressivo com riffs sabbathianos, o trabalho seguinte partia para um lado mais sujo, ainda contando com o apoio da Sub Pop. A produção, feita por Jack Endino, usou uma abordagem propositalmente “seca” e direta: pouca reverberação, guitarras em destaque e vocais com textura quase Punk. Claro que as inconsistências estavam presentes, mas aqui havia mais definição. O repertório contém cinco faixas, a maioria boa, com apenas uma mais fraca. No final, é um EP bacana, mas que marcou o início do fim. 

Melhores Faixas: This Town, P.C.C., Unwind, Ozzie 
Piores Faixas: Baby Takes

Rehab Doll – Green River





















NOTA: 7,9/10


Foi só em 1988 que foi lançado o único álbum de estúdio do Green River, o Rehab Doll. Após o Dry As a Bone, a banda começou a apresentar tensões internas: Jeff Ament e Stone Gossard queriam uma sonoridade mais limpa e com apelo comercial, enquanto Mark Arm preferia manter o estilo mais sujo, Punk e underground. Essas divergências culminaram no fim da banda antes mesmo de o álbum ser lançado. Ainda assim, esse trabalho oferece um retrato poderoso e contraditório de uma banda no auge criativo. A produção, feita por Bruce Calder, privilegiou um som cru, enquanto a mixagem e os overdubs trazem camadas mais elaboradas, quase uma espécie de Black Sabbath totalmente sujo. Essa tensão entre o Punk e o Hard Rock define o caráter híbrido e curioso do disco. O repertório é bem legal, com ótimas canções, mas também com outras bastante descartáveis. Enfim, é um disco interessante, e uma pena que a banda não tenha durado, mas foi o marco zero do Grunge. 

Melhores Faixas: Rehab Doll, Porkfist, One More Stitch 
Piores Faixas: Swallow My Pride, Take A Dive
  

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...