Control – Janet Jackson
NOTA: 9,8/10
Indo para 1986, Janet Jackson lançava seu 3º álbum, o sensacional Control, começando seu ápice. Após o Dream Street, vendo que o grande problema dos seus últimos trabalhos foi a falta de autonomia artística, muito por conta dos desejos de seu pai, Joseph Jackson, se tornando mais uma a ficar na sombra do Michael. Só que a virada de chave foi em meados de 1985, quando Janet rompeu com seu pai como empresário e tomou o controle da própria carreira. Ela se mudou para Minneapolis e fez John McClain se tornar seu novo empresário. Para produção, ela se aliou à dupla Jimmy Jam e Terry Lewis, que colocaram um som moderno, misturando R&B, Funk, Synth-pop e elementos do Hip-Hop. O uso de sintetizadores, caixas de ritmo e programação eletrônica criou uma sonoridade polida, ousada e incrivelmente dançante. O repertório é incrível, e as canções são todas animadas e bem divertidas. Enfim, é um belo disco que mostrou uma mudança de patamar.
Melhores Faixas: When I Think Of You, The Pleasure Principle, What Have You Done For Me Lately, Let's Wait Awhile
Vale a Pena Ouvir: Nasty, You Can Be Mine, Funny How Time Flies (When You're Having Fun)
Rhythm Nation 1814 – Janet Jackson
NOTA: 10/10
Três anos depois, ela lança o clássico Rhythm Nation 1814, um álbum revolucionário. Após o Control, Janet deu um salto ainda mais ambicioso: criou um disco conceitual que unia ativismo social, crítica racial, romance e dança. Lançado durante o governo George H. W. Bush, o projeto abordava temas como racismo, violência urbana, analfabetismo e injustiça social. Enquanto a maioria dos artistas Pop evitava assuntos “pesados”, Janet se posicionou. A produção conduzida novamente por Jimmy Jam e Terry Lewis é densamente programada, com samples, batidas sincopadas, teclados metálicos e camadas vocais milimetricamente arranjadas. O uso de sintetizadores e caixas de ritmo é brutalmente preciso, incorporando influências anteriores em uma forma evoluída, que ajudou a definir o New Jack Swing. O repertório é excelente, e as canções são dignas de coletânea, fora os ótimos interlúdios. No final, é um baita disco e, certamente, uma obra-prima.
Melhores Faixas: Escapade, Love Will Never Do (Without You), Rhythm Nation, The Knowledge, Come Back To Me, Miss You Much
Vale a Pena Ouvir: Someday Is Tonight, Livin' In A World (They Didn't Make), Alright
Janet. – Janet
NOTA: 9,6/10
Melhores Faixas: That's The Way Love Goes, New Agenda, Again, If, You Want This, Where Are You Now
Vale a Pena Ouvir: Any Time, Any Place, Whoops Now, This Time
The Velvet Rope – Janet
NOTA: 10/10
Indo para 1997, Janet lançava seu 6º trabalho de estúdio, o atemporal The Velvet Rope. Após o álbum janet., considerada com uma estrela global, admirada por sua sensualidade, independência e talento musical. No entanto, os anos seguintes foram marcados por crises internas e emocionais. Mesmo no auge, Janet enfrentava depressão, baixa autoestima, distúrbios alimentares e um sentimento crescente de desconexão com sua identidade. O disco marca uma ruptura criativa e emocional: é uma obra conceitual e profundamente pessoal, onde Janet expõe traumas, desejos, dores e libertações. A produção, conduzida como sempre por Jimmy Jam e Terry Lewis, apresenta uma sonoridade ousada e complexa, com elementos de R&B contemporâneo, Trip Hop e do emergente Neo-Soul. Apostou em arranjos densos e minimalistas, mas altamente texturizados. O repertório é sensacional, parecendo uma coletânea. Enfim, é um disco maravilhoso e, certamente, uma obra-prima.
Melhores Faixas: Together Again, Got 'Til It's Gone (participações precisas da Joni Mitchell e do Q-Tip), Velvet Rope, Goo Deep, Every Time, Can't Be Stopped
Vale a Pena Ouvir: What About, Free Xone, Special
All For You – Janet
NOTA: 8,9/10
Quatro anos se passam, e em 2001 foi lançado mais um trabalho da Janet: All for You. Após o clássico The Velvet Rope, Janet Jackson precisava de um renascimento pessoal e artístico, mesmo já sendo reconhecida como uma artista de profundidade ímpar no Pop. No entanto, entre 2000 e 2001, Janet se divorciava do René Elizondo, seu parceiro de longa data, em um processo altamente midiático, o que serviu de contexto para um álbum mais leve, solar, festivo e carnal. A produção, conduzida pela mesma duplinha de sempre, é mais polida e comercialmente acessível, apostando em ganchos melódicos, batidas radiofônicas e letras ousadas, muitas com forte carga erótica, mas tratadas com a leveza do flerte. A sonoridade mistura Dance-pop, R&B e Art Pop. O repertório, em si, é bem legal, com canções diversificadas, desde faixas mais profundas e introspectivas até outras mais melódicas e dançantes. No fim, é um disco legal e, de certo modo, bem subestimado.
Melhores Faixas: Someone To Call My Lover, All For You, Feels So Right, Would You Mind
Vale a Pena Ouvir: Doesn't Really Matter, Come On Get Up, You Ain't Right, Better Days
Damita Jo – Janet
NOTA: 8,3/10
Melhores Faixas: I Want You, My Baby (Kanye West foi até bem aqui), All Nite (Don't Stop)
Vale a Pena Ouvir: Spending Time With You, Like You Don't Love Me, Thinkin' 'Bout My Ex, SloLove, Moist
20 Y.O. – Janet
NOTA: 5/10
Melhores Faixas: Do It 2 Me, Enjoy, Take Care, With U
Piores Faixas: So Excited, This Body, Love 2 Love, Call On Me (Nelly piorando a música que já era ruim se fosse solo)
Por hoje é só, então flw!!!