terça-feira, 3 de junho de 2025

Analisando Discografias - The Nightwatchman

                 

One Man Revolution – The Nightwatchman





















NOTA: 6/10


Em 2007, Tom Morello lançou seu projeto solo One Man Revolution sob o nome de seu alter ego, The Nightwatchman. Após o fim do Audioslave, Morello deu uma guinada radical: trocou os riffs distorcidos por um violão de cordas de aço, apresentando-se como um cantor Folk de protesto, no espírito de um Bob Dylan, com um projeto que nascia de um sentimento de urgência política, em meio à Guerra do Iraque, ao governo George W. Bush e à crescente desigualdade social. A produção, conduzida por Brendan O’Brien, é intencionalmente crua e despojada, mantendo o foco na voz grave e nas letras do guitarrista, com arranjos baseados principalmente em violão, voz, percussão leve e, ocasionalmente, gaita e piano. A estética sonora é simples, com poucos floreios, mas, muitas vezes, repetitiva e imprecisa. O repertório é irregular, com algumas canções interessantes e outras bastante sem graça. No final, é um disco mediano que poderia ser mais coeso. 

Melhores Faixas: The Road I Must Travel, One Man Revolution, California's Dark, The Garden Of Gethsemane 
Piores Faixas: Union Song, Battle Hymns, Flesh Shapes The Day, House Gone Up In Flames

The Fabled City – Tom Morello The Nightwatchman





















NOTA: 7,3/10


No ano seguinte, foi lançado o segundo álbum de estúdio, The Fabled City, que é mais introspectivo. Após o One Man Revolution, Morello buscou expandir os limites do projeto. A sonoridade agora é mais robusta, com a presença de instrumentação elétrica, percussão mais densa, piano e convidados especiais, sem perder a essência acústica e combativa. A mudança reflete um desejo de alcançar uma dimensão mais épica e emocional. A produção, conduzida novamente por Brendan O'Brien, introduz uma paleta sonora mais rica e arranjos mais cinematográficos. O violão ainda é o fio condutor, mas agora há camadas de órgão, guitarra elétrica, backing vocals e bateria, criando um som mais completo e, às vezes, até majestoso. O tom varia entre o grave sombrio típico do Folk e momentos mais emotivos. O repertório é bom, com canções interessantes, embora tendo outras chatinhas. Em suma, é um disco bom e bem mais consistente. 

Melhores Faixas: Gone Like Rain, Lazarus On Down (participação do Serj Tankian), The King Of Hell, Saint Isabelle 
Piores Faixas: The Lights Are On In Spidertown, Night Falls, The Iron Wheel

World Wide Rebel Songs – Tom Morello The Nightwatchman





















NOTA: 5,3/10


Em 2011, foi lançado o último trabalho desse projeto, o World Wide Rebel Songs. Após o The Fabled City, Tom Morello já havia estabelecido sua persona de trovador de protesto moderno, moldado na tradição Folk, mas com raízes firmemente plantadas em suas convicções políticas radicais e ativismo social. Naquele período, o mundo enfrentava uma nova onda de turbulência: a crise econômica global, o surgimento de protestos como o Occupy Wall Street, as Primaveras Árabes, greves gerais na Europa e a crescente insatisfação com políticas neoliberais. Morello esteve ativamente envolvido nesses movimentos e decidiu canalizar essa energia para seu terceiro trabalho. A produção, feita por ele mesmo, conta com uma ótima banda de apoio e uma sonoridade que vai além do Folk, incorporando elementos de Blues e Rock alternativo. No entanto, tudo soa bastante arrastado e, mais uma vez, repetitivo. O repertório é mediano, com canções em sua maioria fracas. Enfim, é um disco mais ou menos e excessivo. 

Melhores Faixas: It Begins Tonight, Stray Bullets, Facing Mount Kenya, The Dogs Of Tijuana Piores Faixas: Save The Hammer For The Man, World Wide Rebel Songs, Speak And Make Lightning, The Fifth Horseman Of The Apocolypse


      Então é isso, flw!!! 

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