sexta-feira, 6 de junho de 2025

Analisando Discografias - Street Bulldogs

                   

Street Bulldogs – Street Bulldogs





















NOTA: 8,4/10


Em 1998, o Street Bulldogs lançava seu álbum de estreia, completamente autointitulado. Formada em 1994 na cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo, a banda passou por várias formações e lançou muitos EPs que não eram tão coesos, até que a formação final contou com o vocalista Leonardo, os guitarristas Fábio Sonrisal e Guilherme, o baixista Dráusio e o baterista Gordinho (apelido do cara, tá, gente). Produzido por André Tauil, o álbum apresenta uma sonoridade típica do Hardcore melódico da época: rápida, direta, com riffs nítidos, bateria incisiva e vocais urgentes, apesar de em alguns momentos flertar com o Anarcho-Punk e até com o Skate Punk. O repertório é bem legal, com canções enérgicas e bastante contagiantes. No fim, é um ótimo disco de estreia e que demonstra sua qualidade. 

Melhores Faixas: Every Night, Adolf (os caras fizeram uma puta vibe do Punk antigo, criticando o fascismo e sendo a única letra em português), We Build Our Own Way 
Vale a Pena Ouvir: Dropped, Just Understand

Question Your Truth – Street Bulldogs





















NOTA: 9/10


Chegando ao ano de 2001, o Street Bulldogs lança seu clássico 2º álbum, o Question Your Truth. Após o álbum de estreia, a banda ganhou um pouco de atenção ao participar do programa Ultrasom, na finada MTV. Além disso, a música We Build Our Own Way foi usada como vinheta em uma campanha da emissora contra o preconceito com portadores do vírus HIV. Mas, é claro, houve mudanças: o guitarrista Guilherme saiu, e em seu lugar entrou Cesinha, além da chegada do baterista Guilherme Camargo. A produção, feita por Fernando Sanches, trouxe uma sonoridade clara e equilibrada: guitarras bem-vindas ao estilo Skate Punk, bateria em ritmo direto, vocais que mesclam urgência e melodia, e arranjos bem definidos. Há um movimento perceptível em direção a uma estética mais próxima do Pop Punk, mas com foco no Hardcore melódico. O repertório é incrível, e as canções são todas energéticas e bem precisas. Enfim, é um baita disco e um clássico daquele cenário underground. 

Melhores Faixas: Call Me At Home, Remains Clear, Tarde Demais, Sheep And Shepherds, Red Roses Bouquet 
Vale a Pena Ouvir: I Know I Can, Can't Hear You Call My Name, Afraid Of Being Right

Unlucky Days – Street Bulldogs





















NOTA: 6/10


Dois anos se passam, e a banda lança mais um disco, intitulado Unlucky Days, em um momento de transição. Após o Question Your Truth, Fábio Sonrisal acabou saindo do Street por divergências musicais, e em seu lugar entrou Rodrigo Koala (sim, o vocalista do Hateen), que assumiu a mesma função de guitarrista e backing vocal, além da entrada do guitarrista Fabrizio Martinelli. Eles decidiram lançar um trabalho um pouco mais maduro, com letras mais aprofundadas. Com produção novamente a cargo do Fernando Sanches, a banda apostou em uma sonoridade mais polida e orgânica, focando mais na essência do Skate Punk e do Hardcore melódico. Tudo é bem tocado, porém acaba sendo altamente repetitivo, e parecia que eles ainda precisavam se entrosar melhor. O repertório é bem irregular, com canções legais e outras bem sem graça. Enfim, é um disco mediano, que faltou mais consistência. 

Melhores Faixas: Sensation, Sweet Threat, Padrão, Ghost Of My Words 
Piores Faixas: Proud, All Day, Unlucky Days, Disturbed

Tornado Reaction – Street Bulldogs





















NOTA: 8,8/10


Foi logo no ano seguinte, em 2004, que foi lançado o último álbum da banda, o Tornado Reaction. Após o Unlucky Days, a banda ainda tinha algumas pendências e, então, decidiu lançar um trabalho que realmente mostrasse sua maturidade. Além disso, ganharam um pouco mais de visibilidade no cenário underground paulista. A produção, feita mais uma vez por Fernando Sanches, trouxe uma sonoridade autêntica, crua e direta, com uma abordagem pragmática, mas suficientemente clara para valorizar os riffs característicos do Skate Punk e do Hardcore melódico, além dos vocais alternados de Leonardo e Koala, com aquela energia urgente. O repertório é muito bom, com canções bem precisas e com todo aquele toque vibrante. É uma pena que, após isso, eles tenham focado mais em shows e, depois, em 2010, decidido encerrar a banda. Mas, enfim, é um belo disco e que vale a pena ser apreciado. 

Melhores Faixas: Way Of Lies, Memories, Rainy Day, Don't Stay By My Side 
Vale a Pena Ouvir: Play This Song Again, Take Me Out, Dressed In Black, No More Reasons

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