The Number Of The Beast – Iron Maiden
NOTA: 9/10
Pouco tempo depois, o Iron Maiden lança o maravilhoso The Number of the Beast, o 3º álbum da banda inglesa. Após lançarem dois álbuns clássicos, o vocalista Paul Di’Anno começou a apresentar um comportamento ainda pior, devido seu uso de drogas. Não deu outra: ao final da turnê, ele foi demitido, e em seu lugar entrou Bruce Dickinson, que era vocalista da banda Samson. A entrada do Dickinson elevou o som da banda a um novo patamar, com vocais mais melodiosos e poderosos, ampliando a capacidade do grupo de explorar temas épicos e sonoridades mais complexas. O álbum foi produzido novamente por Martin Birch, que trouxe sua habilidade em capturar a energia crua das apresentações ao vivo, ao mesmo tempo em que moldava uma sonoridade refinada. Esse trabalho foi gravado e mixado em apenas cinco semanas, mas a banda enfrentou problemas, pois a 1ª mixagem foi apressada e não agradou, especialmente Steve Harris. Após grande pressão sobre a gravadora EMI, eles conseguiram fazer uma nova mixagem. O repertório é excelente, e nem preciso comentar sobre as músicas, mas o maior problema está na ordem das faixas. O disco deveria começar com a faixa-título e, em seguida, Run to the Hills, enquanto Invaders e Children of the Damned ficariam mais ao meio. Outro erro foi deixar Total Eclipse de fora e incluir Gangland, enfim foram muitos erros. No final de tudo, este álbum é sensacional, mas seu maior defeito foi o planejamento e o repertório mal ordenado.
Piece Of Mind – Iron Maiden
NOTA: 10/10
Powerslave – Iron Maiden
NOTA: 10/10
O tempo se passou, e não contentes em lançar uma obra-prima, eles acabam lançando mais uma, o Powerslave. Após o sucesso do Piece of Mind, a banda se viu em uma posição privilegiada, além de conseguir explorar novas ideias. Naquele período, o Maiden estava crescendo exponencialmente. Com essa confiança em alta, eles entraram no processo de composição e gravação. A temática do álbum é marcada pela mistura de elementos históricos, mitológicos e filosóficos, abordando assuntos que variam desde a guerra e a mortalidade até a mitologia egípcia e a eternidade. A produção do Martin Birch é, mais uma vez, fantástica e nítida, com uma sonoridade bem orgânica. Steve Harris, baixista e principal compositor, permanece no centro das atenções, com suas linhas de baixo rápidas e complexas. As guitarras do Adrian Smith e Dave Murray se destacam com riffs e solos memoráveis, enquanto Nicko McBrain reforça sua posição como um dos bateristas mais dinâmicos do gênero. Além disso, Bruce Dickinson brilha com sua versatilidade nas linhas vocais. O repertório novamente parece uma coletânea e é completamente maravilhoso, desde o início, com os dois hits Aces High e 2 Minutes to Midnight, que são verdadeiros clássicos, além de Flash of the Blade, a faixa-título, e a épica Rime of the Ancient Mariner, de 13 minutos, inspirada em um poema. E ainda há outras canções boas. No fim, esse disco é um clássico e também um dos melhores álbuns de todos os tempos.
Somewhere In Time – Iron Maiden
NOTA: 9/10
Após um período de dois anos sem nenhum lançamento, o Iron Maiden lança mais um trabalho novo, o Somewhere in Time. Após o Powerslave e sua exaustiva turnê promovendo o álbum, a banda decidiu explorar novos horizontes musicais. Bruce Dickinson havia sugerido que a banda fizesse um álbum mais acústico e experimental, numa vibe semelhante à do Led Zeppelin, mas suas ideias foram rejeitadas por Steve Harris, que ficou tão mal que pensou em sair da banda, parecendo uma criança que chora porque a mãe não comprou algo que desejava. Ainda assim, o álbum trouxe uma inovação significativa: o uso de guitarras sintetizadas pela primeira vez na discografia da banda. Embora a mudança não tenha sido tão radical quanto a adição de teclados, as guitarras sintetizadas adicionaram uma textura futurista ao som da banda. A produção, mais uma vez, ficou nas mãos do mesmo produtor. Dessa vez, Birch teve que integrar as novas texturas de guitarra sintetizada. A mudança sonora foi sutil, mas significativa, as camadas de guitarra criaram uma atmosfera futurista e melancólica, sem sacrificar a identidade tradicional da banda. O repertório novamente é incrível e traz várias canções interessantes, como Sea of Madness e The Loneliness of the Long Distance Runner, mas as que mais se destacaram são a melódica Wasted Years e as dinâmicas Stranger in a Strange Land e Alexander the Great. Em suma, é um ótimo disco, com uma temática muito interessante.
Seventh Son of a Seventh Son – Iron Maiden
NOTA: 9,9/10
Mais dois anos se passaram, e eles retornam com seu 7º álbum, Seventh Son of a Seventh Son, que traz uma pequena mudança. Após o Somewhere in Time, que introduziu guitarras sintetizadas e uma temática futurista, a banda decidiu seguir ainda mais fundo na experimentação com este álbum, querendo fazer um álbum conceitual. A inspiração para o título vem do misticismo e da literatura esotérica. Na lenda, o sétimo filho de um sétimo filho nasce com dons sobrenaturais, como clarividência e habilidades mágicas. Essa premissa guiou tanto as letras quanto a narrativa do disco, que explora temas como destino, espiritualidade, escolhas e redenção. Novamente, eles trabalharam com Martin Birch, que conseguiu capturar a grandiosidade e complexidade da nova abordagem da banda, que incorporou teclados e arranjos mais elaborados sem sacrificar o som característico do grupo. Com isso, a sonoridade, além de continuar sendo Heavy Metal, vai para um lado que relembra aquela época do Rock progressivo. Eles deixaram as guitarras sintetizadas, que foram destaque, de lado e foram para os teclados, que eram mais atmosféricos e discretos, integrados de forma orgânica à estrutura musical. Agora, o repertório é fantástico e traz várias canções excepcionais, como a progressiva faixa-título, junto com Infinite Dreams e as poderosíssimas Can I Play with Madness, The Evil That Men Do e Only the Good Die Young, além das outras. No fim, esse trabalho é excelente e um dos mais coesos da banda.
Por hoje é só, um abraço e flw!!!