terça-feira, 15 de outubro de 2024

Analisando Discografias - Iron Maiden: Parte 5

                  

A Metter of Life and Death – Iron Maiden





















NOTA: 8,6/10


Em 2006, o Maiden lançou mais um trabalho, o A Matter of Life and Death, que acaba fingindo ser um disco conceitual. Após o Dance of Death, o Iron Maiden continuou desenvolvendo temas mais profundos, embora esse álbum não seja exatamente conceitual. No entanto, ele se concentra em tópicos filosóficos, envolvendo guerra, religião, mortalidade e o impacto das escolhas humanas. O contexto da época foi importante, com a Guerra do Iraque e as tensões políticas globais. Assim, a banda decidiu explorar diferentes perspectivas sobre a vida e a morte, culminando em um disco que dialoga com questões universais e com o espírito das grandes epopeias. A produção ficou novamente a cargo do Kevin Shirley. Uma decisão curiosa foi gravar todas as músicas ao vivo no estúdio, com poucos overdubs, capturando a energia crua dos integrantes. O som é mais orgânico e áspero do que em álbuns anteriores, refletindo uma abordagem direta, sem muitos tratamentos eletrônicos. Outra característica marcante foi o fato de a banda decidir tocar o álbum inteiro nas apresentações da turnê, uma escolha ousada. O repertório é interessante e traz várias músicas marcantes, como The Pilgrim e Lord of Light, que abordam temas espirituais. Outras faixas, como These Colours Don’t Run, Brighter Than a Thousand Suns e The Reincarnation of Benjamin Breeg, são densas e ficaram sensacionais. Em suma, é um ótimo disco, repleto de reflexões profundas em seus temas.

The Final Frontier – Iron Maiden 





















NOTA: 4,7/10


Após um intervalo de quatro anos, o Iron Maiden retorna lançando o que poderia ser seu último disco de estúdio, o The Final Frontier. Depois de A Matter of Life and Death, o Maiden mostrou que ainda era capaz de experimentar novas abordagens, expandindo as fronteiras do Heavy Metal com faixas complexas e temáticas introspectivas. O título e a arte da capa sugerem uma inspiração em ficção científica e exploração espacial, mas o conteúdo lírico vai além disso: há reflexões sobre morte, amor, eternidade e propósito. Embora a banda não tenha assumido um conceito central para o álbum, ele transita entre fantasias futuristas e questões existenciais. Mais uma vez, Kevin Shirley trabalhou como produtor, com Steve Harris atuando como co-produtor. Eles trouxeram uma abordagem modernizada, com uma sonoridade polida, porém orgânica. Uma característica notável na produção foi a ênfase em músicas longas e progressivas, com estruturas complexas e arranjos que exigem atenção. O maior problema foi destacar a instrumentação, que inclui guitarras atmosféricas e dinâmicas, passagens acústicas e mudanças de tempo, mas que acabaram ficando arrastadas. Isso resultou em um repertório cheio de canções sem graça, como a faixa-título, Mother of Mercy e Isle of Avalon, com poucas faixas realmente boas, como El Dorado, Starblind e When the Wild Wind Blows. No fim, é um trabalho fraco e parece que faltou uma melhor moldagem.
  

       Então é isso, flw!!!  

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...