Badmotorfinger – Soundgarden
NOTA: 10/10
Algum tempo depois, o Soundgarden lançou o clássico Badmotorfinger, que trouxe várias mudanças. Após o lançamento do Louder Than Love, o baixista Hiro Yamamoto, frustrado por não contribuir muito para o processo criativo, deixou a banda para retornar à faculdade. Eles chamaram Jason Everman, mas ele não se adaptou, até que finalmente encontraram um substituto: Ben Shepherd, um grande fã da banda. Esse álbum seguiu o impacto crescente da cena de Seattle, que começava a chamar a atenção internacional, graças a Ten (Pearl Jam) e Nevermind (Nirvana). A fusão de estilos fez com que esse novo trabalho fosse mais sombrio e pesado do que o antecessor. As letras se tornaram mais densas e introspectivas, abordando questões sociais, pessoais e existenciais. A produção foi novamente feita pelo Terry Date, junto com a própria banda. Dessa vez, Date ajudou a dar ao Soundgarden uma sonoridade robusta e crua, capturando a agressividade sem perder a clareza. Os arranjos refletem uma abordagem intencionalmente densa e texturizada, além das linhas vocais impecáveis do Chris Cornell. O repertório é simplesmente excelente, com muitas músicas boas, como Slaves & Bulldozers e Mind Riot, mas as melhores são certamente os hits Rusty Cage e Outshined, além das energéticas Face Pollution e Drawing Flies e da polêmica Jesus Christ Pose, que tem uma letra muito reflexiva. Enfim, esse disco é maravilhoso e contribuiu ainda mais para a expansão do movimento Grunge.
Por hoje é só, então flw!!!