sábado, 30 de novembro de 2024

Analisando Discografias - MF DOOM: Parte 1

                  

Operation: Doomsday – MF DOOM





















NOTA: 10/10


Há 25 anos, MF DOOM lançava seu álbum de estreia, o clássico e atemporal Operation: Doomsday. O rapper, que anteriormente fazia parte do grupo KMD junto com seu irmão DJ Subroc, viu sua vida mudar drasticamente após a morte do irmão, atropelado por um motorista. Após esse evento trágico, DOOM ressurgiu na cena underground, reinventado como o enigmático vilão mascarado. O trabalho foi inteiramente produzido por ele, destacando sua habilidade singular de transformar samples obscuros em faixas atmosféricas e vibrantes. Ele utilizou elementos de Soul, Jazz e trilhas sonoras vintage, empregando técnicas como a manipulação da velocidade dos samples para criar uma sonoridade que misturava nostalgia e inovação. O repertório é fantástico, com músicas impecáveis, onde até os interlúdios são incríveis. No fim, é um baita disco e certamente um dos mais experimentais da história do Rap. 

Melhores Faixas: Doomsday, Go With the Flow, Rhymes Like Dimes, Gas Drawls, Hey!, Red and Gold 
Vale a Pena Ouvir: The Mic, The Finest, Who You Think I Am?, Doom, Are You Awake? (Skit)

Take Me To Your Leader – King Geedorah (MF DOOM) 





















NOTA: 8/10


Depois de um tempo, MF DOOM lança seu 2º álbum sob o pseudônimo de King Geedorah, intitulado Take Me to Your Leader. Após o Operation: Doomsday, DOOM continuou a trabalhar e produzir, lançando principalmente álbuns instrumentais sob o nome Metal Fingers. Este novo trabalho, com nome inspirado no monstro de três cabeças da franquia Godzilla, se destaca por sua narrativa conceitual centrada em temas de ficção científica e crítica social. A produção, feita por ele mesmo, mais uma vez utiliza samples intricados, instrumentos como saxofone e piano, e arranjos que criam uma atmosfera densa e envolvente. Além disso, utiliza samples de diálogos de filmes e programas de TV, reforçando o tema sci-fi do álbum, sem se limitar apenas a elementos de Jazz, Soul, Lo-fi e afins. O repertório é muito bom, com canções magníficas e todas com boa harmonia. Em suma, é um ótimo disco, no qual ele conseguiu aprofundar seu experimentalismo. 

Melhores Faixas: Fazers, Anti-Matter, Next Levels, Fastlane, I Wonder 
Vale a Pena Ouvir: Monster Zero, Krazy World, Lockjaw

Vaudeville Villain – Viktor Vaughn (MF Doom) 





















NOTA: 8,7/10


Dois meses depois, ele lança mais um disco, o Vaudeville Villain, sob o nome de Viktor Vaughn (ou seja, ele é cheio dos vulgos). Após o Take Me to Your Leader, este novo trabalho, que usa um alter ego que representa uma versão mais jovem e impetuosa do DOOM, explora narrativas de rua e uma abordagem lírica mais livre e ácida. Diferente de suas outras obras, este álbum foi produzido inteiramente por outros artistas, incluindo King Honey, Max Bill, Heat Sensor e RJD2, oferecendo uma nova dimensão às suas habilidades líricas. A produção foi totalmente ousada, com beats carregados de elementos eletrônicos, muitas vezes desconexos, criando uma atmosfera sombria e frenética. O repertório é muito interessante, com canções bem cadenciadas que trazem uma vibe meio futurista. No final de tudo, é um trabalho muito legal, apesar de não ser muito lembrado pelos fãs. 

Melhores Faixas: Vaudeville Villain, Lickupon, A Dead Mouse, Can I Watch?, Saliva, Mr. Clean
Vale a Pena Ouvir: A Modern Day Mugging, The Drop, Raedawn, G.M.C.


      Bom é isso, então flw!!! 

Analisando Discografias - ††† (Croses)

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