Pelas Esquinas De Ipanema – Erasmo Carlos
NOTA: 9/10
Dois anos se passam, e Erasmo Carlos lança o Pelas Esquinas de Ipanema, que traz algumas novidades. Após o A Banda dos Contentes, onde ele seguiu um viés mais comercial, esse novo álbum reflete a sua maturidade artística e habilidade em abordar temas contemporâneos e urbanos, além de continuar tentando enfrentar as questões políticas daqueles tempos. A produção, conduzida por Pedro da Luz (Pedrinho), conta com as contribuições de Ronaldo Corrêa e do próprio cantor. A diversidade instrumental e a qualidade dos arranjos contribuíram para a riqueza sonora do disco, que transita entre Soft Rock, Soul e, logicamente, MPB. O repertório é muito interessante, com canções bem cadenciadas e com uma pegada mais descontraída. No fim, é um trabalho muito bom e que acabou se tornando bastante subestimado.
Melhores Faixas: Eu e Maria, A Terceira Força, Favelas e Motéis, Triângulo Dos Biquinis
Vale a Pena Ouvir: Pelas Esquinas De Ipanema, Nasci Numa Manhã De Carnaval
Mulher – Erasmo Carlos
NOTA: 9,1/10
Melhores Faixas: Mulher (Sexo Frágil), Minha Superstar, Gatinha Manhosa, A Lenda Do Ciúme
Vale a Pena Ouvir: Feminino Coração De Deus, Pega Na Mentira, A Carta Do Índio
Amar Pra Viver, Ou Morrer De Amor – Erasmo Carlos
NOTA: 4,7/10
Em 1982, Erasmo Carlos lança seu 13º álbum de estúdio, o Amar pra Viver ou Morrer de Amor, e, sim, essa capa é completamente pavorosa. Após o Mulher, no qual prestou uma homenagem à força feminina, o cantor buscou aprofundar questões mais universais e filosóficas relacionadas ao amor e às experiências humanas, elementos centrais deste trabalho. Logicamente, ele também queria continuar tendo sucesso na mídia. A produção manteve praticamente a mesma equipe, equilibrando a simplicidade melódica característica do Erasmo com toques de modernidade. Assim, a sonoridade é completamente pasteurizada, com influências perceptíveis da New Wave. O repertório é fraquíssimo, com poucas canções que podem ser consideradas interessantes. Sendo, um trabalho fraquíssimo, marcando o primeiro tropeço do Tremendão, que, desde a capa, já mostrava algo errado.
Melhores Faixas: História Dos Meus Sonhos, Mesmo Que Seja Eu, Amar Pra Viver Ou Morrer De Amor
Piores Faixas: Noite Cheia, Meu Boomerangue Não Quer Mais Voltar, O Fim Do Eco, Pão De Açúcar
Buraco Negro – Erasmo Carlos
NOTA: 3/10
Logo no ano seguinte, Erasmo Carlos lançou mais um disco, o Buraco Negro, e, desta vez, a capa foi decente. Após o fraquíssimo Amar pra Viver ou Morrer de Amor, o cenário musical brasileiro estava em transformação, com o surgimento de novas bandas de Rock e a influência de estilos como New Wave e Synth-pop. O querido Tremendão havia recebido uma proposta da Polydor para lançar um trabalho inédito todos os anos, assim como Roberto Carlos, e decidiu aderir a essa ideia naquele momento. A produção, conduzida por João Augusto, apresentou uma sonoridade que combinava Soft Rock, Pop, Funk e até Reggae, além de toques da New Wave. Tudo isso foi feito com o uso exagerado de sintetizadores e arranjos eletrônicos. Já o repertório é bem fraco, com poucas canções que remetem à sua fase da última década. Enfim, é um trabalho ruim que contribuiu para a decadência artística do Erasmo.
Melhores Faixas: Comeu, Sementes do Amanhã
Piores Faixas: Close, Esse Imenso Fliperama, Homem Lobo Lunar, Índigo Blue
Erasmo Carlos (1985) – Erasmo Carlos
NOTA: 2/10
Então, outro ano se passou, e Erasmo lançou seu 15º álbum de estúdio, Erasmo Carlos, que não trouxe quase nenhuma mudança. Após o Buraco Negro, que explorou sonoridades contemporâneas como a New Wave, ele participou da primeira edição do Rock in Rio, onde foi recebido de forma hostil pelo público fã do Iron Maiden. Além disso, passando por uma separação conjugal, o cantor encontrou dificuldades para compor novas músicas. A produção foi praticamente a mesma, com grande utilização de sintetizadores e arranjos eletrônicos. Buscando equilibrar a essência do Rock clássico do Erasmo Carlos com influências modernas, mas, como tudo ficou extremamente comercial, os mesmos erros se repetiram. O repertório, novamente, é fraquíssimo, com poucas canções boas, já que as demais são bem arrastadas. No final de tudo, é mais um disco ruim e sem qualquer tipo de destaque.
Melhores Faixas: Boca Descarada, Haroldo, O Robot Doméstico
Piores Faixas: Senhora, Nova Mulher, Orgasmo Calmo, Negue
Então é isso, um abraço e flw!!!