sábado, 14 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - Roberto Carlos: Parte 14

                  

Roberto Carlos (1986) – Roberto Carlos





















NOTA: 2,5/10


Outro ano se passou, e Roberto Carlos lança mais um disco, na esperança de se conectar com seus fãs mais antigos. Após lançar mais um álbum ruim, o cantor, ainda desfrutando de seu status de ícone da música brasileira, continua investindo em arranjos sofisticados e temas que variam entre o amor e reflexões religiosas. A produção, apesar de refinada, conta com arranjos liderados por Lincoln Olivetti e Robson Jorge. A dupla trouxe uma sonoridade que mescla elementos acústicos com sintetizadores e programação eletrônica, sendo este o trabalho de Roberto Carlos que mais se aproxima das tendências lá fora. O repertório, que começa promissor com as duas primeiras faixas, logo se perde em mais do mesmo, com a típica sonoridade pasteurizada, incluindo até mesmo um Samba. No fim, é mais um trabalho ruim, repetindo os mesmos erros dos anteriores. 

Melhores Faixas: Apocalipse, Do Fundo do Meu Coração 
Piores Faixas: Quando Vi Você Passar, Nega, O Nosso Amor, Eu Sem Você

Roberto Carlos (1987) – Roberto Carlos 





















NOTA: 1/10


Outro ano se passou, e mais um disco do Rei é lançado, mais uma vez indo para aquele lado mais romântico. Após mais um lançamento, esse novo trabalho chega em um momento em que Roberto Carlos explorava novas sonoridades dentro de sua base romântica, mantendo seu público cativo enquanto acompanhava tendências de arranjos mais modernos. Produzido por Mauro Motta, o disco apresenta um equilíbrio entre o clássico e o moderno, típico da música brasileira dos anos 80. Os arranjos incluem sintetizadores e instrumentação eletrônica, mas o que mais se aparenta é que a sonoridade está abafada, o que sugere que o disco tenha sido mixado às pressas, só para ser lançado logo. O repertório, novamente, é péssimo, trazendo aqueles pastiches de baladas feitas para pessoas sem confiança. Enfim, é outro álbum terrível que mostra que Roberto Carlos se tornou uma completa memória afetiva para seus fãs mais antigos. 

Melhores Faixas: (...zzzzzz...) 
Piores Faixas: Ingênuo e Sonhador, Menina, Tô Chutando Lata, Coisas do Coração

Roberto Carlos (1988) – Roberto Carlos 





















NOTA: 3/10


Indo para 1988, Roberto Carlos lança mais um álbum de estúdio, e este aqui tentou ser um pouco mais lírico. Após o seu antecessor, este disco surge em um momento de continuidade de seu estilo romântico e com baladas emotivas, só que agora trazendo temas mais diversificados e um pouco mais motivacionais, tentando quem sabe repetir o sucesso que teve no início da década passada. A produção, novamente conduzida por Mauro Motta, conta com a mesma equipe de arranjadores, que complementaram deixando tudo orquestrado, incorporando instrumentos como violinos, violoncelos e sintetizadores. A sonoridade é mais convincente, só que tudo não deixa de ser bastante comercial. O repertório, mais uma vez, é terrível, mas pelo menos tem algumas canções boas, como a que tem a participação do Erasmo. No final de tudo, é outro disco chato e que não trouxe nada de relevante. 

Melhores Faixas: Papo de Esquina, Todo Mundo é Alguém, Se Você Disser Que Não Me Ama 
Piores Faixas: Se Diverte e Já Não Pensa em Mim, Se o Amor Se Vai (Si El Amor Se Va), Volver

Roberto Carlos (1989) – Roberto Carlos





















NOTA: 1/10


Mais um ano se passou, e Roberto Carlos lança mais um álbum, e aqui ele conseguiu piorar tudo o que seu antecessor conseguiu. Após mais um lançamento que não trouxe muitas diferenças, mesmo com Roberto ganhando o Grammy Latino, naquele período ele quis que sua musicalidade se tornasse ainda mais introspectiva e focada em temáticas sociais e românticas. A produção, conduzida por Mauro Motta, trouxe arranjos que seguiam a linha sofisticada, misturando elementos de música Pop, romântica e orquestrações elaboradas, algo que simplesmente não mudava. E como não havia nenhuma renovação, é óbvio que a sonoridade continuava sendo mais do mesmo. Com isso, eu nem preciso dizer que o repertório continuou terrível, com músicas que mais pareciam cópias das canções Sertanejas da época. Enfim, é mais um trabalho péssimo de Roberto, que ficou sem identidade. 

Melhores Faixas: (...) 
Piores Faixas: Amazônia (música bem superficial), O Tempo e o Vento, Pássaro Ferido, Só Você Não Sabe

Roberto Carlos (1990) – Roberto Carlos





















NOTA: 1/10


Mais uma década começava e era óbvio que haveria um lançamento novo de Roberto Carlos, mas que não trazia nenhuma novidade. Após finalizar a década de 80 só com trabalhos ruins, esse novo álbum é mais um fruto da parceria de longa data entre ele e Erasmo Carlos, além de outros compositores renomados. Ele também reflete influências do cenário internacional, com a gravação em estúdios de ponta nos Estados Unidos e no Brasil, lembrando que, naquele tempo, a CBS havia sido comprada pela Sony, então dá para entender essa majoritária. A produção foi coordenada pelo próprio Roberto Carlos, com colaborações de produtores experientes, como Sérgio Lopes, Mauro Motta e Roberto Livi, com aqueles mesmos arranjos de sempre, sem qualquer tipo de inovação. Refletindo em um repertório horroroso, com canções totalmente tediosas e que são tão divertidas quanto ver tinta secando na parede. Enfim, não tem o que falar, é só mais um álbum terrível. 

Melhores Faixas: (......não tem nada...) 
Piores Faixas: Super Herói, Quero Paz, Meu Ciúme, Como as Ondas Voltam para o Mar, Mujer
  

É isso, então flw!!!    

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