sábado, 7 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - Roberto Carlos: Parte 7

                  

Roberto Carlos (1969) – Roberto Carlos





















NOTA: 10/10


Mais um ano se passa, e tivemos o lançamento de outro disco de Roberto Carlos, conhecido como o "disco da praia". Após O Inimitável, o Rei já havia se afastado do estilo que marcou a Jovem Guarda, buscando uma abordagem mais introspectiva e madura. Este álbum é fortemente influenciado por eventos pessoais, como a doença de seu filho recém-nascido. Além disso, é perceptível que ele decidiu criar um trabalho ainda mais experimental. A produção realizou um trabalho que mistura arranjos orquestrais, baladas românticas e influências do Soul. A qualidade da produção reflete um esforço para equilibrar inovação e acessibilidade, elementos que seriam cruciais para consolidar a imagem do artista como a conhecemos hoje. O repertório é simplesmente magnífico, lembrando uma coletânea, pois todas as canções são belíssimas. No final de tudo, é um trabalho espetacular e um dos melhores álbuns do Roberto. 

Melhores Faixas: Nada Vai Me Convencer, As Flores do Jardim de Nossa Casa, As Curvas da Estrada de Santos, Não Vou Ficar, Do Outro Lado da Cidade 
Vale a Pena Ouvir: O Diamante Cor de Rosa, Aceito Seu Coração, Sua Estupidez

Roberto Carlos (1970) – Roberto Carlos 





















NOTA: 9,2/10


No começo da década de 70, mais um trabalho é lançado por Roberto Carlos, com uma abordagem um pouco mais introspectiva. Após o sucesso de seu disco anterior, Roberto buscava ampliar seu público e sua abordagem musical. Em meio às mudanças que já ocorriam na música brasileira, ele introduziu temas mais introspectivos e religiosos, além de canções românticas mais elaboradas. O álbum foi produzido, como sempre, por Evandro Ribeiro, contando com arranjos de Chiquinho de Moraes e Alexandre Gnattali, além do acompanhamento das bandas RC-7 e Renato e Seus Blue Caps. Toda a sonoridade é bastante melódica e carrega um tom de melancolia, mantendo as influências de Funk e Soul music que continuavam presentes. O repertório é bem interessante, com muitas canções belíssimas e sofisticadas. No fim, é um ótimo trabalho que evidencia o amadurecimento musical do Rei. 

Melhores Faixas: Meu Pequeno Cachoeiro (Meu Cachoeiro), 120... 150... 200Km por Hora, Preciso lhe Encontrar, Ana, Jesus Cristo 
Vale a Pena Ouvir: O Astronauta, Se Eu Pudesse Voltar no Tempo, Pra Você

Roberto Carlos (1971) – Roberto Carlos 





















NOTA: 10/10


E aí, no ano seguinte, chega o clássico álbum de 1971 do Roberto Carlos, um dos mais carregados de romantismo. Após seu último lançamento, o Rei decidiu continuar trazendo um som mais introspectivo e romântico, abraçando temas que dialogavam com sua maturidade musical e pessoal. O álbum reflete seu crescimento artístico, misturando influências da MPB, Soul e até traços de Blues, enquanto preserva a parceria frutífera com Erasmo Carlos e colaborações com outros compositores renomados. A produção foi assinada por Evandro Ribeiro, e o trabalho foi gravado em estúdios no Brasil e nos Estados Unidos, com arranjos de Jimmy Wisner e Chiquinho de Moraes, oferecendo uma atmosfera sofisticada e uma instrumentação bem trabalhada. O repertório é simplesmente magnífico e, novamente, parece uma coletânea, repleta de canções românticas belíssimas. Em suma, é um disco maravilhoso, um grande clássico da música brasileira. 

Melhores Faixas: Detalhes, Debaixo dos Caracóis do Seus Cabelos, Traumas, Todos Estão Surdos, Amada Amante 
Vale a Pena Ouvir: Você Não Sabe o Que Vai Perder, Se Eu Partir, I Love You

Roberto Carlos (1972) – Roberto Carlos





















NOTA: 9,4/10


Um ano se passa, e mais um álbum do Rei é lançado, e aqui ele decidiu se aprofundar ainda mais no romantismo. Após lançar o clássico disco de 1971, esse novo trabalho, lançado em um período de repressão política no Brasil, reflete um Roberto mais introspectivo e maduro, abordando temas emocionais e sociais. A produção foi praticamente a mesma, e o álbum foi novamente gravado no Brasil e nos Estados Unidos. Com uma sonoridade bem sofisticada, ele é carregado de influências da MPB, Folk, e ainda segue a Soul music, embora não tenha sido tão explorada. O repertório é muito bom, cheio de canções divertidíssimas e cativantes. Enfim, é um trabalho muito interessante, que traz uma mudança de perspectiva para Roberto Carlos. 

Melhores Faixas: Como Vai Você, A Montanha, Negra, Por Amor, O Divã 
Vale a Pena Ouvir: À Janela, Você Já Me Esqueceu, Quando as Crianças Saírem de Férias

Roberto Carlos (1973) – Roberto Carlos





















NOTA: 8,7/10


Outro ano se passa, e mais um disco do Roberto Carlos é lançado, e aqui ele quis ir além do romantismo. Depois do álbum de 1972, nesse novo trabalho, Roberto, já completamente amadurecido musicalmente, destaca-se pela abordagem de sentimentos profundos e pela experimentação com novos arranjos e estilos. A produção, feita novamente pela mesma equipe de sempre, apresentou arranjos cintilantes e uma produção que evidencia os instrumentos de forma detalhada, com destaque para as cordas e a bateria, características das gravações analógicas da década. Aqui, há uma grande influência de música Barroca, Flamenco e até Tango. O repertório, de certo modo, é muito legal, trazendo 10 faixas em vez de 12, todas muito bem detalhadas. Enfim, é um trabalho muito interessante, mesmo que, naqueles tempos, já começassem a chamar Roberto de brega. 

Melhores Faixas: Proposta, A Cigana, El Dia Que Me Queiras, Rotina 
Vale a Pena Ouvir: O Homem, O Moço Velho, Atitudes
  

É isso, então flw!!!   

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