domingo, 8 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - Roberto Carlos: Parte 8

                  

Roberto Carlos (1974) – Roberto Carlos





















NOTA: 9,3/10


Indo para 1974, outro álbum do Rei é lançado, e aqui a pegada ficou mais melódica e, ao mesmo tempo, melancólica. Após o trabalho anterior, que era bem mais romantizado, ele decidiu equilibrar isso, deixando de uma forma mais melódica, tudo para se encaixar nas tendências que prevaleciam entre os artistas da MPB. A produção manteve o padrão de sempre, contando com arranjos elaborados que enfatizavam o estilo romântico, conduzidos por nomes como Jimmy Wisner e Jimmie Haskell. A orquestração rica e o uso de instrumentos de cordas destacaram-se como elementos centrais, contribuindo para o tom introspectivo e sofisticado do disco. Isso porque Roberto voltou a utilizar elementos da Soul music. O repertório é magnífico, cheio de canções interessantes, desde as mais envolventes até, claro, as baladas. No fim, é um belo trabalho e, sem sombra de dúvida, um dos melhores de sua carreira. 

Melhores Faixas: O Portão, É Preciso Saber Viver, Eu Quero Apenas, Ternura Antiga, A Deusa da Minha Rua 
Vale a Pena Ouvir: Quero Ver Você de Perto, Jogo de Damas, Você

Roberto Carlos (1975) – Roberto Carlos 





















NOTA: 8,8/10


No ano seguinte, mais um disco foi lançado, conhecido como o "disco do cachimbo" (muito sabor dos anos 70). Após o sucesso do álbum anterior, Roberto havia assinado com a Globo para realizar o especial de fim de ano de 1974. O sucesso foi tanto que, a partir daí, todos os anos passaram a ter um especial, tradição que dura até hoje. Esse novo trabalho apresenta um Roberto Carlos mais intimista e atento às tendências da música internacional. A produção contou com arranjadores renomados, como Chiquinho de Moraes e Lee Holdridge, que incorporaram elementos sofisticados de Jazz e MPB em algumas faixas. A qualidade da produção acertou em cheio, deixando tudo bem harmônico e menos melancólico em relação ao álbum anterior. O repertório, mais uma vez, é muito bom, trazendo canções cativantes, muitas delas com características únicas que as diferenciam entre si. Enfim, é um trabalho interessante, mas, de certo modo, subestimado. 

Melhores Faixas: Além do Horizonte, Quero Que Vá Tudo Pro Inferno, O Quintal do Vizinho, Desenhos na Parede 
Vale a Pena Ouvir: Olha, Inolvidable, Elas por Elas

Roberto Carlos (1976) – Roberto Carlos 





















NOTA: 9/10


No ano seguinte, o novo lançamento do Roberto Carlos era totalmente romântico, algo evidente na capa (que realmente é uma breguice). Após o último trabalho, Roberto continuou focado em seus projetos e também colaborou com outros artistas. Este álbum segue a linha de suas produções da década, mas agora mergulhando na música Brega, que começava a fazer sucesso. O disco foi produzido novamente nos Estados Unidos e contou com arranjos de renomados músicos, como Charlie Callelo e Al Capps, que trouxeram um toque sofisticado às composições. A gravação utilizou orquestrações ricas, que se destacam tanto nas baladas românticas quanto nas faixas mais ecléticas. Falando nisso, o repertório é bem agradável, com várias canções envolventes e, claro, as baladas açucaradas, que são boas. Enfim, é um trabalho interessante do Rei, mais romantizado do que outros álbuns semelhantes. 

Melhores Faixas: O Progresso, Ilegal, Imoral ou Engorda, Preciso Chamar Sua Atenção, Você em Minha Vida 
Vale a Pena Ouvir: Pelo Avesso, Minha Tia (homenagem a Tia Amélia), Os Seus Botões

Roberto Carlos (1977) – Roberto Carlos





















NOTA: 9,4/10


Em 1977, chega aquele que foi o último grande álbum do Roberto Carlos, trazendo-o de uma forma mais diversa. Após o estrondoso sucesso do disco anterior (1976), que teve uma vendagem expressiva, este novo trabalho buscou reafirmar o apelo romântico de Roberto e sua capacidade de dialogar com diversas gerações. Contudo, ele decidiu explorar temas líricos que não se prendessem apenas ao estilo brega. Mais uma vez, contou com o mesmo time na produção, liderado por Evandro Ribeiro, e arranjos de Al Capps, Bhen Lanzaroni e Jimmy Wisner. A qualidade da gravação e os arranjos são cuidadosamente elaborados, misturando elementos clássicos do repertório romântico brasileiro com influências internacionais, como Disco music e até um pouco de Soft Rock. O repertório é maravilhoso, repleto de canções belíssimas e muito envolventes. No fim, é um baita disco e um dos trabalhos mais profundos de sua carreira. 

Melhores Faixas: Amigo, Cavalgada, Falando Sério, Não Se Esqueça de Mim 
Vale a Pena Ouvir: Outra Vez, Muito Romântico, Jovens Tardes de Domingo

Roberto Carlos (1978) – Roberto Carlos





















NOTA: 8,2/10


Em 1978, é lançado seu 18º álbum de estúdio, pois o Rei já naquela época tinha uma discografia gigantesca (sem contar os álbuns em outros idiomas). Após o álbum anterior, que conseguiu dobrar o número de vendas do disco de 76, este novo trabalho foi lançado no contexto de uma fase introspectiva e romântica, com temas que abordam amor, saudade e espiritualidade. Ou seja, buscava balancear todos esses temas. A produção manteve praticamente a mesma equipe, apostando em arranjos sofisticados e emocionais. Os arranjos são assinados por músicos como Jimmy Wisner e Al Capps, que trouxeram uma abordagem orquestral rica em detalhes, influenciada pelo Jazz, Disco music e MPB. O repertório é interessante, com muitas músicas belíssimas e algumas que seguem o estilo das mais antigas. No final de tudo, é um ótimo trabalho e bem envolvente. Mal sabíamos que, depois disso, viria uma queda na qualidade. 

Melhores Faixas: Lady Laura, Fé, Café da Manhã 
Vale a Pena Ouvir: Todos os Meus Rumos, A Primeira Vez, Força Estranha
  

    Então é isso, flw!!!    

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