segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - Wanderléa: Parte 2

                 

Wanderléa (1967) – Wanderléa





















NOTA: 8,8/10


No ano de 1967, foi lançado o 5º álbum de estúdio de Wanderléa, mais um trabalho autointitulado. Antes deste lançamento, Wanderléa já havia alcançado sucesso com canções como Ternura e Pare o Casamento, que a estabeleceram como um ícone juvenil no Brasil. Além disso, sua participação essencial no programa da Jovem Guarda continuava firme e forte, apesar das tretas. A produção seguiu praticamente o mesmo padrão de sempre, mesclando influências do Rock internacional com um toque da Soul music. A sonoridade é refinada, com arranjos bem executados e efeitos de metais. O repertório é interessante, cheio de canções divertidas e todas muito bem interpretadas. No fim, é um disco excelente e certamente um dos melhores de Wandeca. 

Melhores Faixas: Ele É Meu Bem, Vou Lhe Contar, Prova De Fogo, Acho Que Vou Lhe Esquecer 
Vale a Pena Ouvir: Te Amo, Você Tão Só, Menina Só

Prá Ganhar Meu Coração – Wanderléa





















NOTA: 8,4/10


No ano seguinte, Wanderléa lançou o álbum Prá Ganhar Meu Coração, que chegou em um período turbulento. Após seu trabalho anterior, no início daquele ano, como já sabemos, Roberto Carlos deixou de apresentar o programa televisivo da Jovem Guarda. A partir daí, a queda de audiência foi constante, e tudo se encaminhava para o fim. Além disso, a cantora já se sentia desgastada com aquele período. A produção, novamente, buscou equilibrar elementos da Jovem Guarda com influências de Folk, Soul e Funk, resultando em um trabalho coeso e inovador para a época, que já demonstrava o caminho que a Ternurinha seguiria com a chegada dos anos 70. O repertório é muito interessante, trazendo canções diversificadas e com um ritmo bastante animado. Enfim, é um ótimo álbum que encerrou muito bem a fase que tornou a cantora famosa. 

Melhores Faixas: Eu Já Nem Sei, Canção De Enganar Um Coração, Não Lhe Quero Nunca Mais 
Vale a Pena Ouvir: Toque Pra Frente, Quem Muito Fala, Pouco Acerta

Maravilhosa – Wanderléa 





















NOTA: 9,8/10


Quatro anos se passaram, e Wanderléa retornou lançando o Maravilhosa, trazendo várias mudanças. Após o término da Jovem Guarda em 1968, a cantora enfrentou um período de reavaliação artística, ficando longe dos holofotes em uma época em que o cenário musical brasileiro passava por transformações significativas, influenciado pelo Tropicalismo e pelas novas tendências da MPB. Esse hiato permitiu que Wanderléa explorasse novas influências, além de firmar vínculo com a gravadora Polydor. A produção, assinada por Jairo Pires e Mazzola, destaca-se pela fusão de diversos gêneros musicais, incluindo Pop, Soul, Samba e, logicamente, uma forte influência da MPB, com arranjos sofisticados e uma seleção cuidadosa de repertório. Falando nisso, o repertório é simplesmente fantástico, com canções divertidas e quase temáticas. No fim, é um baita disco e um dos grandes clássicos da música brasileira. 

Melhores Faixas: Alegria, Uva De Caminhão, Back In Bahia, Telegrama 
Vale a Pena Ouvir: Mata-Me Depressa, Tempo De Criança, Valsa Antiga

Feito Gente – Wanderléa





















NOTA: 8,2/10


Mais algum tempo se passou, e Wanderléa lançou um novo álbum, o Feito Gente, que trouxe algumas novidades. Após o Maravilhosa, a cantora continuou explorando novas sonoridades e estilos musicais. Durante esse período, ela manteve uma agenda cheia de turnês e renovou seu contrato com a gravadora Polydor. Foi então decidido gravar um novo álbum, desta vez ao vivo. A produção ficou a cargo de Arthur Laranjeira, com direção musical de Rosinha de Valença, renomada violonista e arranjadora, que trouxe sofisticação e diversidade aos arranjos. A sonoridade combina influências psicodélicas, Blues Rock, Samba e, naturalmente, MPB. O repertório é muito interessante, com canções belíssimas e uma energia única por terem sido realizadas ao vivo. Em suma, é um trabalho notável e que vale a pena ser apreciado. 

Melhores Faixas: Carne, Osso E Coração, Lua, Poeira E Solidão 
Vale a Pena Ouvir: Que Falem De Mim, Conversa Mole, Que Besteira, Segredo

Vamos Que Eu Já Vou – Wanderléa 





















NOTA: 9,5/10


Em 1977, foi lançado Vamos Que Eu Já Vou, mais um disco da Wanderléa, desta vez com um tom mais experimental. Após o Feito Gente, a cantora continuou explorando novas sonoridades. Como a tendência da época era a MPB, ela seguiu essa fórmula, mas incorporando diversas influências presentes em seus trabalhos anteriores. A produção ficou a cargo de Egberto Gismonti, renomado músico e compositor brasileiro, que também era namorado dela na época. Ele realizou um trabalho que trouxe uma fusão de diversos gêneros musicais, incluindo Pop, Soul, Baião e muitos elementos progressivos e psicodélicos, algo incomum para uma artista renomada como ela. O repertório é maravilhoso, com canções muito bem encadeadas e repletas de ritmo. No final, é um trabalho sensacional, apesar de ter caído no esquecimento ao longo dos anos. 

Melhores Faixas: Vamos Que Eu Já Vou, Antes Que A Cidade Durma, A Terceira Força, Dança Mineira 
Vale a Pena Ouvir: Poema Para Léa, Calypso (não confunda com aquela porcaria), A Felicidade Bate A Sua Porta
  

                                             Então é isso, um abraço e flw!!!       

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