quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Patrick Moraz: Parte 2

                 

Human Interface – Patrick Moraz





















NOTA: 1/10


Em 1987, Patrick Moraz lançou mais um disco horroroso, o Human Interface, tentando trazer uma pegada futurista. Após o Future Memories, o tecladista aprofundou-se ainda mais na experimentação com teclados digitais, sintetizadores e baterias eletrônicas. Ele decidiu criar um trabalho baseado na programação de sintetizadores, resultando em um som robótico, futurista e atmosférico. A produção seguiu o padrão de sempre: altamente digital, refletindo as tendências eletrônicas da época, com influências de música ambiente, New Age e alguns elementos de Synth-pop. No entanto, Moraz tentou exibir seu virtuosismo em grooves sintéticos e paisagens sonoras tão envolventes quanto uma convenção de agentes de seguro. O repertório é uma verdadeira tragédia, com faixas que mais parecem soníferos plastificados. No fim, esse trabalho é pavoroso, provando que o digital definitivamente não era o forte de Moraz. 

Melhores Faixas (...zzzzzzzzzzzzzz...) 
Piores Faixas: Kyushu, Cin-A-Maah, Stormtroops On Loops, Hyperwaves

Windows Of Time – Patrick Moraz





















NOTA: 2/10


Aí se passa bastante tempo. Em 1994, Patrick Moraz lança o Windows of Time, que segue por um lado mais erudito. Após o Human Interface, o tecladista decidiu retornar a uma sonoridade acústica e sinfônica, afastando-se do experimentalismo eletrônico que dominou seus trabalhos nos anos 80. Tentando trazer seu virtuosismo no piano acústico, ele apresenta uma abordagem mais clássica e introspectiva. Produzido por Michael Franklin junto com o próprio Patrick Moraz, nele foi utilizado um piano de cauda Steinway, que capturou toda a qualidade do instrumento, o que resultou em uma abordagem improvisacional, com ele alternando entre estilos que vão do romantismo clássico e do impressionismo francês até elementos do Jazz contemporâneo, só que muita coisa ficou sem uma boa lapidação. Isso resultou em um repertório fraquíssimo, com poucas canções interessantes. Enfim, é um trabalho bem ruimzinho, no qual faltou melhor desenvolvimento. 

Melhores Faixas: Talisman, Sanctuary - Libertation 
Piores Faixas: Sanctuary - Isle Of View, Gaia Tea "Reflections", (Movt.3) Initiation, The Best Years Of Our Lives

Resonance – Patrick Moraz





















NOTA: 1,5/10


Aí entramos nos anos 2000, o Patrick Moraz lança mais uma bomba-relógio de álbum, o Resonance. Após o Windows of Time, o tecladista continuou a aprofundar sua exploração da ressonância natural do piano acústico, utilizando a instrumentação de forma pura, sem aqueles sintetizadores exagerados que marcaram seus trabalhos nos anos 80. A produção foi a mesma de sempre, seguindo uma abordagem minimalista e meticulosa, focada inteiramente no piano solo. A gravação foi realizada em uma sala com acústica cuidadosamente controlada, permitindo que cada nota tivesse seu espaço e profundidade. A sonoridade pegou influências do impressionismo francês, do Jazz modal e do minimalismo, resultando em algo sem qualquer coesão, o que mostrou que tudo aqui ficou completamente malnascido. O repertório é extremamente ruim e não tem uma única música interessante. No geral, é outro trabalho pavoroso e esquecível. 

Melhores Faixas: (.......) 
Piores Faixas: Standing In The Light, Sundance, Colloids Bounce Around

ESP – Patrick Moraz





















NOTA: 8/10


Passou-se mais um tempo, e Patrick Moraz lançou mais um disco, o ESP, uma abreviação de Estudos, Sonatas e Prelúdios. Após o péssimo Resonance, Moraz quis explorar estruturas formais inspiradas na música clássica e no Jazz contemporâneo, além de manter traços de sua veia progressiva. Mostrando, assim, a interpretação, a improvisação e a ressonância do piano acústico como centro da experiência sonora. A produção buscou um som mais limpo e cristalino, em que cada nota e cada ressonância do piano podem ser ouvidas com clareza. Seguindo uma abordagem mais estruturada, com composições que se aproximam das formas tradicionais da música clássica. No entanto, há uma forte presença de elementos improvisacionais, o que para ele é comum. O repertório ficou muito bom, com as canções totalmente bem interpretadas, mostrando sua grande agilidade. Enfim, esse trabalho é bem interessante, apesar de não ter muitas novidades. 

Melhores Faixas: Prelude In A Min (Andante Inspired By "Keep The Children Alive"), Prelude In G And Bb 
Vale a Pena Ouvir: Sonata In C (2nd Movement Andante In G), Etude In Bb (Dynamic Symmetry), Grand Sonata In Dm (1st Movement Allegro), Prelude In C#

Change Of Space – Patrick Moraz





















NOTA: 8,2/10


Aí em 2009, chegamos ao último lançamento até o momento do Patrick Moraz, intitulado Change of Spaces. Após o ESP, o tecladista estava refinando sua abordagem, alternando entre trabalhos puramente eletrônicos e gravações acústicas de piano solo. No geral, ele passou por um momento de síntese, em que revisita e aprimora ideias exploradas ao longo de sua carreira. A produção mostrou um Patrick Moraz manipulando sons eletrônicos e acústicos, equilibrando atmosferas futuristas com estruturas rítmicas dinâmicas. Diferente de seus álbuns mais experimentais dos anos 70 e até 80, este disco tem uma abordagem mais acessível e refinada, mantendo, no entanto, a complexidade harmônica e a profundidade sonora. Tudo aqui soa mais polido, fazendo uma transição entre paisagens sonoras. O repertório ficou muito legal, com canções que são totalmente atmosféricas e têm um belo encadeamento. No final de tudo, é um ótimo trabalho e que ficou bem consistente. 

Melhores Faixas: One Day In June, The Power Of Emotion 
Vale a Pena Ouvir: Stellar Rivers & Streams Of Lucid Dreams, Change Of Space, Cum Spiritu
  

Analisando Discografias - ††† (Croses)

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