sábado, 25 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Rick Wakeman: Parte 1

                 

Piano Vibrations – Rick Wakeman





















NOTA: 8,2/10


Antes de entrar para o Yes, no ano de 1971, o Rick Wakeman lançou seu álbum de estreia, o simples Piano Vibrations. Na época, Rick estava consolidando sua reputação como músico de estúdio, tendo trabalhado em gravações para artistas como David Bowie e Cat Stevens. O álbum foi um projeto encomendado pela gravadora Polydor e, embora seu nome esteja associado ao trabalho, ele não desempenhou o papel de compositor ou líder criativo. A produção, feita por John Schroeder, é simples e reflete o propósito comercial do álbum, que buscava agradar um público casual, em vez de explorar as capacidades técnicas de Wakeman. O disco é estruturado como um conjunto de arranjos Pop leves, onde os vocais e outros instrumentos frequentemente dominam as faixas. O repertório é repleto de covers, todos muito bem interpretados. No fim, é um ótimo trabalho de estreia, apesar de Wakeman não ser colocado como a principal estrela. 

Melhores Faixas: Gloria, Gloria, Home Sweet Aklahoma 
Vale a Pena Ouvir: Yellow Man, Classical Gas, Delta Lady

The Six Wives Of Henry VIII – Rick Wakeman





















NOTA: 9/10


Dois anos se passam, Wakeman lança The Six Wives Of Henry VIII, agora já com seu nome em destaque e como um álbum conceitual. Após o Piano Vibrations, Rick Wakeman entrou para o Yes, mas decidiu explorar sua criatividade fora do contexto da banda, resultando em um trabalho inspirado nas seis esposas do rei Henrique VIII. A ideia surgiu durante uma turnê nos Estados Unidos, quando Wakeman leu o livro The Private Life of Henry VIII em um aeroporto e ficou intrigado com a história de cada esposa. Ele mesmo produziu o álbum, contando com a participação de músicos renomados, como seus colegas do Yes e outros membros da Strawbs, banda na qual havia tocado anteriormente. A produção é impecável, com arranjos que destacam a grandiosidade dos teclados e as interações intrincadas entre os instrumentos. O repertório é excelente, com canções muito bem encadeadas. No fim, é um trabalho sensacional e uma verdadeira joia do Prog Rock. 

Melhores Faixas: Catherine Of Aragon, Catherine Parr 
Vale a Pena Ouvir: Jane Seymour

The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table – Rick Wakeman





















NOTA: 9,4/10


Mais um tempo se passa, e Rick Wakeman lança mais um disco e prepare-se para o título: The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table. Após o The Six Wives of Henry VIII, Wakeman se recuperava de um ataque cardíaco ocorrido no final de 1974. Ele mergulhou na lenda do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda, criando uma narrativa musical rica e orquestral. Sua intenção era criar um espetáculo ao vivo semelhante a Journey to the Centre of the Earth, mas com uma encenação no gelo, algo que acabou gerando muitos problemas. Novamente, ele mesmo produziu o disco, deixando tudo grandioso, com gravações que combinaram sua banda, uma orquestra sinfônica e um coro. Sendo cuidadosamente trabalhado para oferecer uma experiência imersiva. O repertório é sensacional, com canções muito legal que trazem uma vibe atmosférica. No fim, este disco é excelente e mais um clássico em sua carreira. 

Melhores Faixas: The Last Battle, Arthur 
Vale a Pena Ouvir: Guinevere, Sir Galahad

No Earthly Connection – Rick Wakeman





















NOTA: 8,7/10


Passa mais um tempo, e Rick Wakeman lança outro disco, o ainda mais ambicioso No Earthly Connection. Após o The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table e após receber muito reconhecimento, Wakeman enfrentava críticas por seus espetáculos grandiosos e pelos custos exorbitantes associados a eles. Decidindo se afastar de temas históricos e literários, ele embarcou em uma exploração filosófica e espiritual. A produção deste álbum foi bem diferente, com um som mais enxuto em comparação aos anteriores. Em vez de utilizar orquestras e coros grandiosos, Wakeman concentrou-se em seu trabalho nos teclados e na interação com sua banda, criando uma atmosfera rica e texturizada, mas mais focada no Rock progressivo clássico. O repertório contém apenas 4 faixas longuíssimas, sendo uma delas uma suíte, todas bem detalhadas. Em suma, é um trabalho interessante, embora seja considerado o mais fraco dessa fase. 

Melhores Faixas: The Prisoner 
Vale a Pena Ouvir: Music Reincarnate (principalmente na 2ª parte: The Maker), Music Reincarnate (Continued), The Lost Cycle

Rick Wakeman's Criminal Record – Rick Wakeman





















NOTA: 9,2/10


Em 1977, Rick Wakeman lança outro clássico intitulado Rick Wakeman's Criminal Record, que segue uma abordagem mais temática. Após o No Earthly Connection e seu retorno ao Yes, ele também estava focado em seus projetos solo. O título do álbum é um trocadilho, baseado na ideia de crimes históricos e temas relacionados à moralidade, explorados de forma instrumental e altamente interpretativa. Wakeman novamente produziu o disco, apresentando uma sonoridade relativamente enxuta, com foco na performance da banda e em sua habilidade de criar paisagens sonoras ricas utilizando teclados. O álbum incorpora um equilíbrio perfeito entre a energia do Rock progressivo e sua abordagem técnica. O repertório é compacto, com apenas 6 faixas, todas excelentes e com uma pegada densa. Enfim, este disco é sensacional e totalmente coeso. 

Melhores Faixas: Statue Of Justice, Judas Iscariot 
Vale a Pena Ouvir: Birdman Of Alcatraz

Rhapsodies – Rick Wakeman





















NOTA: 8,5/10


Já no final da década de 70, Rick Wakeman lança Rhapsodies, um álbum em formato duplo. Após o Criminal Record, ele decidiu criar um trabalho mais leve e diversificado. Wakeman se afastou de temas conceituais complexos para apresentar uma coleção de peças instrumentais que destacavam seu virtuosismo nos teclados, mas com uma abordagem mais descontraída e variada em termos de estilos. A produção, realizada por Tony Visconti, mostrou Wakeman explorando texturas e timbres diversos, utilizando os teclados de forma tanto melódica quanto percussiva. Ele contou com uma banda de apoio que contribuiu para a riqueza sonora do álbum, oferecendo uma base sólida para suas experimentações. Integrando influências de Jazz, Pop e música clássica, junto ao Rock progressivo. O repertório é excelente, com canções muito boas e bastante diversificadas. No final, é um baita disco que trouxe uma fórmula ótima e criativa. 

Melhores Faixas: Wooly Willy Tango, Sea Horses, Stand-By, Swan Lager 
Vale a Pena Ouvir: Rhapsody In Blue, Flacons De Neige, Front Line, The Palais, Big Ben

         Então um abraço e flw!!!          

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