sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Steve Howe: Parte 3

                 

Spectrum – Steve Howe





















NOTA: 8,2/10


Encerrando essa trilogia, Steve Howe lança o Spectrum, com uma capa que parece ter sido tirada dentro de um aquário. Após o Elements, Howe quis explorar ainda mais uma ampla gama de estilos musicais que marcaram sua carreira, desde o Jazz e o Country até o Prog. Ao lado de músicos renomados, incluindo seu filho Dylan na bateria, Tony Levin no baixo e Oliver Wakeman nos teclados, o álbum se destaca pela diversidade estilística e pela abordagem virtuosa. Como sempre, a produção foi inteiramente liderada pelo guitarrista, que buscou um som cristalino para destacar a dinâmica instrumental do álbum. Apesar do foco na guitarra, o álbum permite que os outros músicos brilhem, o que cria uma atmosfera colaborativa e texturas musicais ricas. O repertório está novamente muito bom; as faixas têm um toque envolvente e são bastante dinâmicas. Em suma, é um trabalho bem interessante que fechou muito bem essa trilogia. 

Melhores Faixas: Band Of Light, Hour Of Need, Realm Thirteen 
Vale a Pena Ouvir: Raga Of Our Times, Free Rain, Labyrinth, Ultra Definition

Time – Steve Howe





















NOTA: 6,2/10


Indo para 2011, o guitarrista lança seu 11º álbum de estúdio, intitulado Time, com uma pegada mais orquestrada. Após o Spectrum, Steve Howe decidiu fazer uma parceria com um Ensemble Orchestral, um grupo de câmara que fornece uma base orquestral sofisticada para essas performances, explorando de forma mais profunda a interseção entre música clássica e sua assinatura estilística. Produzido por Steve Howe junto com Paul K. Joyce, o álbum apresenta uma atenção meticulosa aos detalhes, combinando o som rico e caloroso de cordas clássicas com a clareza cristalina de suas guitarras acústicas e elétricas. O resultado é um trabalho elegante e atmosférico, embora algumas partes dos arranjos pareçam incompletas. O repertório começa bem, trazendo até a clássica Bachianas Brasileiras, mas decai por conta de canções abaixo da média. No fim, é um trabalho mediano, que carece de maior preenchimento nos arranjos. 

Melhores Faixas: Bachianas Brasileiras No. 5, The Explorer, Steam Age, King's Ransom
Piores Faixas: The 3rd Of March, Rose, Concerto Grosso In D Minor Op. 3, No. 11

Love Is – Steve Howe





















NOTA: 8,4/10


Depois de lançar mais álbuns da série Homebrew, o Steve Howe enfim lança um novo álbum, intitulado Love Is. Após o Time, ele quis continuar a equilibrar elementos de rock progressivo, jazz, folk e música acústica. Este álbum conta com contribuições significativas de seu filho, Dylan Howe, na bateria, e de Jon Davison, vocalista do Yes, que participa nos vocais de apoio e toca baixo em algumas faixas. Produzido inteiramente por Steve Howe, o disco adota uma abordagem caseira e intimista, com Howe desempenhando, como sempre, múltiplas funções. A produção equilibra habilmente os elementos acústicos e elétricos, permitindo que cada instrumento tenha seu espaço. A mixagem é limpa e detalhada, destacando tanto os vocais quanto a riqueza das texturas instrumentais. O repertório está excelente, com canções dinâmicas e repletas de passagens interessantes. No fim, é um ótimo disco, cheio de leveza. 

Melhores Faixas: It Ain't Easy, See Me Through, On The Balcony 
Vale a Pena Ouvir: Pause For Thought, Imagination, Love Is A River, The Headlands

Guitarscape – Steve Howe





















NOTA: 8/10


Então chegamos ao último lançamento do Steve Howe até o momento, lançado no ano passado, intitulado Guitarscape. Após o Love Is, ele decidiu embarcar em uma jornada sonora, com cada faixa explorando estilos, técnicas e influências distintas, desde o clássico até o experimental, mesclando sonoridades acústicas, elétricas e técnicas menos convencionais. Howe compôs e gravou o álbum durante um período de relativa tranquilidade, buscando captar o espírito de liberdade criativa. A produção manteve o estilo característico do Howe, com o guitarrista assumindo quase todas as funções no álbum. A sonoridade é limpa e polida, com uma ênfase deliberada em destacar cada nuance de sua performance na guitarra. O uso de reverberações sutis e camadas instrumentais minimalistas coloca o foco nos arranjos. O repertório é muito interessante, com faixas atmosféricas e um forte foco experimental. Enfim, é um trabalho muito legal que vale ser apreciado. 

Melhores Faixas: Passing Thoughts, Equinox 
Vale a Pena Ouvir: Distillations, Hail Storm, Seesaw, Suma, Touch The Surface

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