Quantum Guitar – Steve Howe
NOTA: 8/10
Com o tempo, Steve Howe lança Quantum Guitar, retornando a um trabalho completamente instrumental. Após o The Grand Scheme Of Things e um período muito focado no Yes, ele decidiu que seu próximo álbum solo apresentaria mais composições originais e interpretações únicas, além de um foco em elementos acústicos e elétricos. A produção, realizada por ele mesmo em seu estúdio caseiro, permitiu liberdade criativa e controle total sobre os arranjos. Caracterizada pela clareza sonora, a produção destaca cada nuance de sua performance na guitarra. Ele utilizou uma ampla gama de instrumentos, incluindo sua Gibson ES-175 e sua Martin 00-18, entre outras. Além disso, a mixagem apresenta um som limpo e direto, colocando as guitarras no centro do palco. O repertório é muito bom, com canções consistentes que exploram um lado mais melódico. Enfim, esse disco é muito legal, explorando um lado mais suave.
Melhores Faixas: Walk Don't Run, Solid Ground, Knights Of Carmelite
Vale a Pena Ouvir: Country Viper, Light Walls, Totality, Paradox, Southern Accent
Portraits Of Bob Dylan – Steve Howe
NOTA: 8/10
Finalizando a década de 90, Steve Howe lança Portraits Of Bob Dylan, um tributo ao velho Dylan. Após o Quantum Guitar, Howe voltou sua atenção para homenagear artistas que influenciaram sua carreira musical. Bob Dylan, conhecido por suas letras poéticas e melodias icônicas, sempre foi uma figura importante na música popular, mesmo fora do universo progressivo que o guitarrista habitualmente explorava. Nesse álbum, Howe revisita a obra de Dylan, interpretando suas composições de forma única, misturando elementos de Folk, Rock progressivo e Blues. Mais uma vez, ele mesmo assina a produção, utilizando uma variedade de guitarras acústicas, elétricas e clássicas, além de outros instrumentos que enriquecem os arranjos. Cada faixa é interpretada por um vocalista diferente, desde Jon Anderson até Allan Clark. O repertório é muito bem interpretado, com uma vibe leve. No fim, trata-se de um trabalho bem interessante e coeso.
Melhores Faixas: The Lonesome Death Of Hattie Carroll, Going, Going, Gone
Vale a Pena Ouvir: Just Like A Woman, Don't Think Twice It's All Right, Sad Eyed Lady Of The Lowlands, Just Like A Woman
Natural Timbre – Steve Howe
NOTA: 8,6/10
Em 2001, o guitarrista lança seu 10º álbum de estúdio, o Natural Timbre, retornando à fórmula instrumental. Após o lançamento do Portraits Of Bob Dylan e a continuidade de sua série de álbuns Homebrew (que não é tão essencial falar agora), Steve Howe decidiu explorar uma abordagem mais orgânica neste disco. Inspirado por seu amor por instrumentos acústicos, o álbum se distancia de seus trabalhos mais progressivos para focar em composições intimistas e delicadas. Como de costume, ele mesmo produziu o disco, utilizando uma ampla variedade de guitarras acústicas, incluindo sua Martin 00-18 e guitarras de 12 cordas, além de outros instrumentos. O resultado é um trabalho elaborado, que captura os detalhes das performances com atenção especial às texturas e nuances de cada instrumento. O repertório é muito interessante, com canções detalhistas e bastante variadas. No final de tudo, trata-se de um trabalho cativante que transmite uma leveza única.
Melhores Faixas: Up Above Somewhere, Your Move, To Be Over, J's Theme
Vale a Pena Ouvir: Golden Years, Intersection Blues, Provence, Lost For Words, Winter
Skyline – Steve Howe
NOTA: 8,2/10
No ano seguinte, Steve Howe lança mais um disco, o Skyline, que segue por um caminho mais profundo. Após o Natural Timbre, Howe voltou a se aventurar em projetos que destacassem seu virtuosismo e sua capacidade de integrar diferentes estilos musicais. O álbum foi concebido como uma experimentação instrumental, com foco em paisagens sonoras etéreas e ambientes introspectivos. Mais uma vez, ele mesmo produziu o disco, ficando encarregado de tocar a maioria dos instrumentos de corda, incluindo guitarras elétricas, acústicas, violões de nylon e até teclados. A mixagem é limpa e espaçosa, permitindo que cada elemento encontre seu lugar em composições que frequentemente flertam com o minimalismo e a experimentação. O repertório é excelente, com canções belíssimas e cativantes. Enfim, trata-se de um ótimo disco, que é ainda mais virtuoso.
Melhores Faixas: Small Acts, Shifting Sands
Vale a Pena Ouvir: Simplification, Secret Arrow, Moon Song, Meridian Strings
Elements – Steve Howe
NOTA: 8,4/10
Logo depois, ele lança Elements, um álbum que segue um caminho totalmente progressivo e que daria início a uma trilogia. Após o Skyline, que destacou sua habilidade em composições acústicas e colaborativas, Steve Howe decidiu expandir sua paleta sonora. Este álbum nasceu do desejo de explorar ideias musicais mais expansivas, muitas delas desenvolvidas durante turnês e sessões de improvisação. Para isso, ele contou com sua banda de apoio, Remedy, formada por seu filho Dylan Howe (bateria), Virgil Howe (teclados) e Derrick Taylor (baixo). A produção segue o seu padrão característico, mas com foco especial em capturar a essência das performances ao vivo e a interação espontânea entre os músicos. O resultado é uma sonoridade imersiva, cuidadosamente arranjada para destacar a vasta gama de instrumentos utilizados. O repertório é sensacional, com canções ambientais e detalhadas. Em suma, é um ótimo disco, que marca o retorno ao lado mais experimental.
Melhores Faixas: Where I Belong, Pacific Haze, The Longing
Vale a Pena Ouvir: Bee Sting, Smoke Silver, Rising Sun, The Chariot Of Gold, Load Off My Mind
Então é isso e flw!!!