quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Trevor Rabin: Parte 2

                 

Wolf – Trevor Rabin





















NOTA: 8,2/10


Mais um tempo se passa, e o cantor lança seu 3º álbum, intitulado Wolf, que trouxe algumas pequenas mudanças. Após o Face to Face, Trevor Rabin estava passando por um momento de transição em sua carreira, pouco antes de sua entrada no Yes, banda na qual ele se tornaria uma peça fundamental na reinvenção do som progressivo para um contexto mais acessível nos anos 80. Esse álbum reflete sua busca artística e amadurecimento, tentando unir influências do Hard Rock a elementos progressivos. A produção, feita novamente pelo próprio Rabin, mostra-o refinando seu som, que já possuía um estilo dinâmico e técnico. Agora, ele começou a fazer um uso mais amplo de sintetizadores, arranjos elaborados e harmonias vocais bem trabalhadas. O repertório ficou muito bom, com canções envolventes e descontraídas, trazendo poucas baladas. No fim, é um disco bem legal e seu melhor lançamento até então. 

Melhores Faixas: Pain, Long Island, Stop Turn 
Vale a Pena Ouvir: Heard You Cry Wolf, Looking For A Lady - (Wolfman)

Can’t Look Away – Trevor Rabin





















NOTA: 6/10


Aí se passou bastante tempo até que, só em 1989, o Trevor Rabin retornou lançando mais um álbum, o Can’t Look Away. Após o Wolf, como já sabemos, ele ficou famoso por ser um dos integrantes do Yes e por estar por trás da criação do hit Owner of a Lonely Heart. Porém, depois do lançamento do Big Generator, a banda começou a enfrentar divergências criativas. Com isso, Rabin decidiu explorar suas influências e demonstrar sua versatilidade fora da sombra do Yes, lançando algo novo. Novamente, ele mesmo produziu esse disco, agora com a ajuda de Bob Ezrin, que contribuiu para dar ao álbum um som mais polido e cinematográfico, com camadas ricas de arranjos e uma produção detalhista. O trabalho alterna influências do Rock progressivo, AOR e até do Rock de arena, mas acaba soando completamente sem forma. Com um repertório bem irregular e poucas canções realmente interessantes. Em suma, é um trabalho mediano que não trouxe qualquer êxito comercial. 

Melhores Faixas: I Didn't Think It Would Last, Promises, Can’t Look Away, Hold On To Me
Piores Faixas: I Miss You Now, Etoile Noir, Sorrow (You Heart), Cover Up

Jacaranda – Trevor Rabin





















NOTA: 7,9/10


Passaram-se então 23 anos, e Trevor Rabin retorna lançando seu 5º álbum de estúdio, o Jacaranda. Após o Can’t Look Away, no início dos anos 90, Rabin tornou-se um dos compositores mais requisitados de Hollywood, trabalhando em filmes como Armageddon (1998), Enemy of the State (1998) e National Treasure (2004). Então, só em 2012, ele decidiu gravar um material novo e totalmente instrumental. Produzido mais uma vez pelo próprio Rabin, o álbum traz uma abordagem totalmente refinada, evidenciando sua precisão técnica e profundidade emocional, com o músico utilizando uma ampla variedade de instrumentos, incluindo guitarra elétrica e acústica, piano e sintetizadores, destacando-se pela fusão de estilos como Jazz Fusion, Rock progressivo e alguns toques de Blues. O repertório é bem interessante, com as canções bem encadeadas e com um ótimo ritmo. Enfim, esse trabalho é muito bom, só que acabou sendo subestimado. 

Melhores Faixas: The Branch Office, Anerley Road 
Vale a Pena Ouvir: Me And My Boy, Zoo Lake, Market Street

Rio – Trevor Rabin





















NOTA: 2/10


E aí chegamos ao último lançamento do Trevor Rabin até o momento, intitulado Rio, lançado em 2023. Após o Jacaranda, ele ficou focado em composições para trilhas sonoras e em participações em projetos como o Yes Featuring Jon Anderson, Trevor Rabin, Rick Wakeman. Com isso, decidiu revisitar suas raízes no Rock e na música progressiva. A produção foi feita por ele mesmo, explorando uma ampla gama de estilos musicais. Rabin desempenhou a maioria dos instrumentos no álbum, incluindo vocais principais, guitarras, baixo, teclados, banjo, dobro e mandolim. Diferente do antecessor, este trabalho não ficou apenas no instrumental, e ele tentou criar arranjos sofisticados, complexos e cativantes, mas tudo acabou soando muito tedioso, fazendo o álbum parecer uma espécie de descarte dos primeiros trabalhos. O repertório é ruim, com a maioria das canções entediantes e poucas realmente boas. No fim, é um trabalho fraco e sem coesão. 

Melhores Faixas: These Tears, Goodbye 
Piores Faixas: Egoli, Oklahoma, Push

Analisando Discografias - ††† (Croses)

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