sábado, 8 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Blind Pigs: Parte 1

                 

São Paulo Chaos – Blind Pigs





















NOTA: 8,8/10


Em 1997, o Blind Pigs lançou seu clássico álbum de estreia, o São Paulo Chaos, com uma abordagem fora dos padrões do mainstream. Formada pelo vocalista Henrike junto com o guitarrista Gordo, que mais tarde integraria a banda ao lado de Mauro, Arnaldo e Fralda, a banda rapidamente se destacou na cena underground de São Paulo. Após o lançamento de algumas demos, o grupo chamou a atenção do produtor Jay Ziskrout, ex-baterista do Bad Religion, que se interessou em produzir seu primeiro álbum. Jay basicamente trouxe sua experiência no Punk Rock americano para o projeto, resultando em uma produção que capturou a energia visceral da banda, com arranjos diretos e uma sonoridade que mescla influências do Hardcore e do Skate Punk, adaptadas ao contexto urbano de São Paulo. O repertório ficou muito bom, cheio de canções sensacionais, rápidas e consistentes. Em suma, é um baita disco, que marcaria uma nova cena em ascensão. 

Melhores Faixas: No Pistols Reunion, Fuck The T.F.P., Lost Cause, Lost Youth 
Vale a Pena Ouvir: Steroid Addict, Capitalist Myth, Business School

The Punks Are Alright – Blind Pigs





















NOTA: 9/10


Três anos se passaram, e o Blind Pigs lançou seu 2º álbum de estúdio, o The Punks Are Alright, que trouxe algumas novidades. Após o São Paulo Chaos, Fralda acabou saindo, e quem teve que assumir o baixo foi Mauro. Então, entrou Luciano Garcia (aquele que entrou no CPM 22) para ser guitarrista, mas ele não ficou por muito tempo, até que encontraram Pablo, e assim a banda seguiu estrada até lançar um material novo. A produção, feita por Mingau (sim, o mesmo do Ultraje a Rigor e do Ratos de Porão), preservou a energia bruta característica do Punk Rock. A mixagem e a masterização mantiveram a autenticidade das performances, destacando a intensidade dos vocais e a agressividade das guitarras, com grande inspiração nas raízes do Punk. O repertório é perfeito, as canções continuam rápidas e diversificadas, sendo algumas cantadas em inglês e outras em português. Em suma, é um trabalho sensacional e um dos melhores da banda. 

Melhores Faixas: Conformismo e Resistência, The Punks Are Alright, Teenage Suicide, Rubber Room, Revolution Rock (cover da musica do The Clash) 
Vale a Pena Ouvir: Slam, Monte Castello, Idiots At Happy Hour, Fuzis E Refrões

Blind Pigs – Blind Pigs





















NOTA: 8,6/10


Depois de um tempo, o Blind Pigs retornou com seu 3º trabalho autointitulado, que não trouxe muitas mudanças. Após o The Punks Are Alright, a banda já havia se estabelecido como uma força significativa na cena Punk brasileira. Com o sucesso de seus trabalhos anteriores, eles buscaram aprofundar sua sonoridade e explorar novas temáticas em seu próximo projeto. A produção, feita por eles mesmos, trouxe uma abordagem que equilibrava a energia crua do Punk com uma produção mais polida. A qualidade sonora foi aprimorada, resultando em um som mais limpo e definido, sem sacrificar a intensidade característica do grupo, refletindo muito nas influências do Hardcore melódico, que estava sendo sensação na época. O repertório ficou muito bom, com canções energéticas que, mesmo sendo curtinhas, têm um bom cadenciamento. Enfim, é um ótimo álbum, que consolidou a banda como uma das principais daquele cenário underground. 

Melhores Faixas: Amanhã Não Vai Mudar, Borderline, Av. São João, O Idiota, Sete De Setembro 
Vale a Pena Ouvir: Patria Libre ou Muerte, Violência, Last Call

       Então é isso, um abraço e flw!!!          

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