domingo, 9 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Blind Pigs: Parte 2

                 

Heróis ou Rebeldes – Blind Pigs






















NOTA: 2,5/10


Aí entra 2006, eles lançam mais um disco, o Heróis ou Rebeldes, que trouxe eles totalmente diferentes. Após o álbum autointitulado, o Blind Pigs agora era Porcos Cegos (levaram a tradução ao pé da letra). Depois de ganhar mais visibilidade, eles decidiram seguir o que as outras bandas faziam, mudando um pouco mais a roupagem. Fora isso, eles também passaram por mudanças na formação, com a entrada do guitarrista Fabiano e do baterista Buda. A produção, conduzida por eles, decidiu dar uma equilibrada no peso das guitarras com a agressividade dos vocais e com a solidez da cozinha (baixo e bateria). Só que resolveram seguir os padrões do Hardcore melódico da época, o que fez muito do público achar que eles estavam querendo se vender e com razão, pois muitas coisas são vazias e não trazem aquele equilíbrio melódico. O repertório é fraquíssimo, com canções bem genéricas e poucos momentos de brilho. No fim, é um disco muito ruim e que fez a banda tropeçar. 

Melhores Faixas: Aos Bandeirantes, País Sem Memória, Conquistas 
Piores Faixas: Adiada Pela Ressaca, Para Incomodar, Tediosa Sobriedade, Plano De Governo, Heróis Ou Rebeldes

Capitânia – Blind Pigs





















NOTA: 6/10


Se passaram sete anos, e o Blind Pigs retornou lançando outro álbum, o Capitânia, que voltou mais para sua essência. Após o Heróis ou Rebeldes, a banda entrou em um hiato, retornando em 2013 para celebrar duas décadas de existência. Esse retorno foi marcado pelo lançamento desse trabalho, que buscava reafirmar a relevância da banda no cenário. A produção, feita por Átila Ardanuy, trouxe de volta aquela crueza característica que a banda tinha em seus primeiros discos, com gravações diretas e enérgicas que capturam a essência das performances ao vivo. Além disso, a sonoridade mergulhou mais no Punk tradicional do que naqueles flertes com o Hardcore melódico, mas ainda há coisas que não se encaixaram bem. O repertório é bem irregular, com canções legais e outras que parecem ser descartes. Após isso, a banda seguiu em turnês até que, em 2015, o guitarrista Fabiano veio a falecer, encerrando a banda. No fim, é um trabalho mediano que podia ser melhor. 

Melhores Faixas: Incorruptível, Adolescência Acabou 
Piores Faixas: Punhos Cerrados, União (música meio marcha soldado)

Lights Out – Blind Pigs





















NOTA: 8/10


Só que, em 2021, eles lançaram um álbum póstumo, o Lights Out, que era um compilado de covers. Após o Capitânia, com a morte do guitarrista Fabiano e a saída do membro fundador, o Gordo, a banda encerrou suas atividades, criando outra banda, o Armada. Mas eles decidiram lançar um material inédito, meio que dando um último presente para os fãs. A produção, feita novamente por Átila Ardanuy, é crua e pesada, pegando muito da essência raiz da banda, destacando a intensidade dos vocais e a agressividade das guitarras, deixando tudo bem detalhado, para que esses covers de bandas como The Replacements, The Business e outras ficassem mais parecidos com os originais. O repertório ficou muito bom, as canções foram muito bem interpretadas e são bem energéticas. Enfim, esse disco é muito bom e finalizou a trajetória da banda de forma digna. 

Melhores Faixas: Steel Toe Judges, God Damn Job 
Vale a Pena Ouvir: Lights Out, Real Enemy

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