segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Dalto: Parte 2

                 

Pessoa – Dalto





















NOTA: 8,3/10


No ano seguinte, o Dalto retorna lançando seu 2º álbum de estúdio, o Pessoa, que seguiu um caminho ainda mais comercial. Após o Muito Estranho, o cantor ficou famoso graças à faixa-título, que se tornou um grande hit. Caracterizada por sua melodia cativante e letra introspectiva, a música abriu caminho para que o artista explorasse novas sonoridades e temáticas em seus trabalhos subsequentes. A produção ficou a cargo de Mayrton Bahia, renomado produtor musical brasileiro. Sob sua direção, esse trabalho incorporou arranjos eletrônicos e o uso de sintetizadores, alinhando-se às tendências da música pop internacional da época. Essa abordagem conferiu ao álbum uma sonoridade moderna no contexto da MPB dos anos 80. O repertório é muito bom, as canções são bem cativantes e as baladas que tem são bem decentes. No final, é um ótimo disco, só que não trouxe um grande sucesso. 

Melhores Faixas: Lennon, Fim Da Linha 
Vale a Pena Ouvir: Espelhos D'Água, Anjo, Tentação

Dalto – Dalto





















NOTA: 8,5/10


Outro ano se passou, e Dalto lançou mais um disco autointitulado, que tentou seguir a fórmula de seu primeiro trabalho. Após o Pessoa, o cantor não conseguiu emplacar um novo sucesso, mas buscou algo mais profundo, mesclando letras poéticas com melodias cativantes para assim conquistar o público e a crítica. A produção, novamente a cargo de Mayrton Bahia, incorporou elementos eletrônicos e arranjos sofisticados. A qualidade sonora e a atenção aos detalhes evidenciam o cuidado na produção, resultando em um trabalho coeso e bem estruturado, que faz uma fusão perfeita entre MPB e Pop Rock. O repertório é bem interessante, trazendo canções envolventes e um pouco mais reflexivas. No fim, é outro trabalho consistente e que ficou bem elaborado. 

Melhores Faixas: Ingênua, Uma Cidade 
Vale a Pena Ouvir: O Dia Seguinte, Mística, Onde É Que A Gente Vai?

Kama Sutra – Dalto





















NOTA: 8/10


Outro ano se passou, e o cantor lançou seu 4º disco, o Kama Sutra, com uma capa bem esquisita. Após seu trabalho anterior, autointitulado, o Dalto começou a ficar ainda mais distante da grande mídia, então buscou explorar novas sonoridades e temáticas, refletindo maturidade artística e vontade de inovar em sua produção musical. A produção ficou novamente a cargo de seu produtor de sempre, que mais uma vez criou arranjos sofisticados com o uso equilibrado de sintetizadores e instrumentos eletrônicos. O resultado foi uma sonoridade contemporânea, alinhada às tendências musicais da época, mas sem deixar de lado as referências da MPB. O repertório ficou muito bom, com canções mais profundas e menos baladas. Enfim, mesmo sem alcançar sucesso comercial, é um ótimo álbum. 

Melhores Faixas: 10 Minutos, Kama Sutra (A Doce Vida) 
Vale a Pena Ouvir: Por Um Olhar, Rock Na Jamaica (Vou Atrás), Asas

Um Coração Em Mil – Dalto





















NOTA: 7,5/10


Passaram-se dois anos, e Dalto lançou mais um trabalho, Um Coração Em Mil, que seguiu uma linha mais comercial. Após o Kama Sutra, o cantor buscou se aprofundar em suas explorações temáticas e sonoras, refletindo sobre as complexidades das emoções humanas e das relações interpessoais, mas, é claro, a gravadora queria que o álbum segue um padrão mais alinhado às tendências da época. A produção ficou a cargo do Luiz Farah, que trouxe uma sonoridade refinada, tornando a instrumentação um pouco mais eletrônica e fundindo elementos da MPB com um Pop mais sofisticado. Apesar de alguns exageros no uso de sintetizadores, pelo menos a mixagem ficou bem equilibrada. O repertório é interessante, com algumas canções legais e outras bem fracas, especialmente algumas baladas. No geral, é um bom trabalho, apesar de pequenas inconsistências. 

Melhores Faixas: Nenhum Lugar, Quase Não Dá Para Ser Feliz, Amor Profano, Leão Ferido
Piores Faixas: Paguei E Perdi, Mais Uma Vez Em Mim, Eu Tô Voltando Pra Você

Guru – Dalto





















NOTA: 7/10


Em 1994, Dalto lançou seu último álbum de estúdio, o Guru, que, do início ao fim, soa como uma despedida. Após Um Coração Em Mil e já completamente longe dos holofotes, ele retornou com este álbum, buscando reintroduzir sua obra ao público em sua última aparição, apresentando novas composições e revisitando sucessos que marcaram sua carreira. Produzido por Liber Gadelha, o disco traz uma sonoridade sofisticada, mas agora voltada para um estilo mais acústico e introspectivo. No entanto, essa abordagem acaba consumindo quase todos os arranjos, tornando-se, em certa medida, desnecessária. Ainda assim, a instrumentação é bem executada. O repertório é bom, apesar de algumas canções irregulares, enquanto outras se destacam, incluindo algumas reinterpretações. No fim, este último trabalho é bom, mesmo com vários erros na concepção. 

Melhores Faixas: Jezebel (O Amor Não É Um Filme), Sentimental Blues, Muito Estranho (Cuida Bem De Mim), Quase Não Dá Pra Ser Feliz 
Piores Faixas: Pessoa, Você Tem Que Perder A Cabeça, Anjo

         Então um abraço e flw!!!           

Review: The Same Old Wasted Wonderful World do Motion City Soundtrack

                   The Same Old Wasted Wonderful World – Motion City Soundtrack NOTA: 8,2/10 Dias atrás, o Motion City Soundtrack retornou, ...