quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Linkin Park: Parte 2

                 

The Hunting Party – Linkin Park





















NOTA: 6,4/10


Mais um tempo se passou, e a banda lançou The Hunting Party, que tentou ser um retorno às suas raízes. Após o Living Things, Mike Shinoda começou a sentir que o Rock contemporâneo estava se tornando estéril e excessivamente polido, sem a agressividade que marcou o gênero em décadas anteriores. Ele então decidiu que o próximo projeto da banda deveria recuperar essa ferocidade e resgatar a versão mais crua do grupo. A produção, liderada por ele junto com Brad Delson, apostou em timbres de guitarra distorcidos, batidas intensas e guitarras mais afiadas, resultando em uma sonoridade que vai do Rock alternativo, Nu Metal, Hard Rock e até Hardcore Punk, mas muita coisa não funcionou e ficou sem emoção. O repertório é bem irregular, tem pouquíssimas canções interessantes, e nem mesmo as participações de nomes como Tom Morello, Daron Malakian, Page Hamilton e até o rapper Rakim salvaram. No fim, esse trabalho é mediano e trouxe uma tentativa falha. 

Melhores Faixas: Final Masquerade, War, Guilty All The Same (com participação do Rakim), Wastelands 
Piores Faixas: Rebellion (com participação do Daron Malakian do System Of A Down), Until It's Gone, Keys To The Kingdom, All For Nothing (participação do Page Hamilton do Helmet)

One More Light – Linkin Park





















NOTA: 2/10


Então chega o fatídico ano de 2017, em que o Linkin Park lançou seu 7º álbum, o horroroso One More Light. Após o mediano The Hunting Party, Mike Shinoda e Chester Bennington sempre enfatizaram que a banda nunca quis se prender a um único estilo e, para este álbum, decidiram focar na emoção pura das composições, indo mais pro Pop. A produção, feita por eles, fez uso extensivo de sintetizadores, batidas eletrônicas e vocais processados, resultando em um som mais radiofônico. As guitarras foram minimizadas e, às vezes, até ausentes, substituídas por elementos de música eletrônica e programação digital, tornando-se um Pop Rock e Electropop completamente ridículo, no pique de um Coldplay. O repertório é pavoroso e trouxe apenas uma faixa decente, enquanto as outras são um porre, com momentos em que Chester e Shinoda parecem imitar Justin Bieber. No geral, esse trabalho é péssimo e, para piorar, meses depois, Chester veio a falecer, e a banda entrou em hiato. 

Melhores Faixas: Halfway Right 
Piores Faixas: Heavy, Good Goodbye, One More Light, Sorry For Now, Invisible

From Zero – Linkin Park





















NOTA: 9,2/10


Então, sete anos se passaram, e o Linkin Park retornou lançando o From Zero, marcando um recomeço do zero. Após o ridículo One More Light e o falecimento do Chester Bennington, o futuro da banda tornou-se incerto, com os membros remanescentes explorando projetos individuais e refletindo sobre a direção do grupo. Em 2024, anunciaram seu retorno com a inclusão da Emily Armstrong, da banda Dead Sara, nos vocais, e de Colin Brittain na bateria, substituindo Rob Bourdon, que decidiu não retornar. A produção, liderada por Mike Shinoda, mescla elementos do Nu Metal, Rock alternativo, um pouco de música eletrônica e até Metal industrial, reminiscente dos primeiros trabalhos da banda, mas incorporando influências modernas. O repertório é muito bom, e as canções são diversificadas, indo desde faixas agressivas até outras mais melódicas. Em suma, é um baita disco, e vamos ver se eles vão manter esse equilíbrio no futuro. 

Melhores Faixas: Heavy Is The Crown, Two Faced, Over Each Other, IGYEIH, Stained 
Vale a Pena Ouvir: The Emptiness Machine, Overflow, Cut The Bridge

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