sábado, 1 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Peter Banks: Parte 2

                 

Instinct – Peter Banks





















NOTA: 8/10


Após 20 anos, apenas em 1994, Peter Banks lançou seu 2º álbum de estúdio, o Instinct. Após o Two Sides of Peter Banks, o guitarrista focou em projetos com a banda Flash até seu hiato, mas nunca alcançou o mesmo nível de reconhecimento que seus antigos colegas do Yes. Nos anos 80 e início dos 90, com o avanço da tecnologia musical, muitos guitarristas começaram a explorar novas formas de composição instrumental, e Banks não foi exceção. A produção, feita pelo próprio Peter Banks, provavelmente vinha sendo trabalhada há bastante tempo, pois, além de utilizar a guitarra, ele também fez uso de programações de bateria e sintetizadores. Isso confere ao álbum uma atmosfera um tanto artificial e mecânica em alguns momentos, mas também permite que ele tivesse total controle sobre o som. O repertório ficou muito bom, com canções bem detalhadas e distintas. No fim, é um ótimo álbum, marcado por sua técnica apurada. 

Melhores Faixas: Shortcomings, Never The Same 
Vale a Pena Ouvir: All Points South, Dominating Factor, Angels

Self-Contained – Peter Banks





















NOTA: 2/10


No ano seguinte, ele lançou mais um disco, o Self-Contained, que era ainda mais expansivo. Após o Instinct, Banks continuou a mergulhar ainda mais fundo em sua abordagem instrumental, criando uma obra densa e multifacetada. O álbum é uma continuação de sua exploração de camadas eletrônicas e guitarras processadas, funcionando quase como uma edição deluxe com mais conteúdo de seu antecessor. A produção foi praticamente a mesma, com camadas eletrônicas, mas desta vez há uma sensação de maior dinamismo e diversidade nos arranjos. O uso de percussões eletrônicas, embora ainda presente, parece mais elaborado, mas muitas vezes o resultado soa arrastado, com arranjos que parecem ter sido simplesmente reaproveitados em todas as outras músicas. O repertório é fraquíssimo, com canções tediosas que, na maioria, parecem inacabadas, sobrando poucas realmente boas. No final, é um trabalho muito ruim, repleto de falhas. 

Melhores Faixas: The Three Realms, Thinking Of You 
Piores Faixas: Tell Me When, Lost Days, Clues, Funkin' Profundity

Reduction – Peter Banks





















NOTA: 8,2/10


Dois anos se passam, e Peter Banks lança seu último álbum de estúdio, o Reduction. Após o Self-Contained, o guitarrista decidiu seguir uma abordagem mais extrema, eliminando qualquer elemento desnecessário e apostando em um som ainda mais atmosférico e introspectivo, criando um trabalho muito mais minimalista e com texturas sonoras marcantes. A produção, como sempre, foi conduzida por ele mesmo, adotando uma abordagem mais crua e sem muitas firulas. Há uma forte utilização de delays, reverbs e modulações para criar atmosferas amplas, muitas vezes explorando o silêncio como parte da composição. Além disso, a programação de bateria e os sintetizadores ficaram muito mais digitalizados, quase chegando a um ponto de total pasteurização. O repertório ficou muito interessante, com canções mais experimentais e densas. Enfim, esse disco ficou muito bom, uma pena ter se tornado o último após sua morte em 2013. 

Melhores Faixas: As Night Falls..., Dirty Little Secret 
Vale a Pena Ouvir: Fathat, Tone Down, Pirate's Pleasure

Analisando Discografias - Interpol

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