Raoul And The Kings Of Spain – Tears For Fears
NOTA: 3/10
Dois anos se passaram, e o Tears For Fears lança mais um disco, o Raoul and the Kings of Spain. Após o Elemental, Roland Orzabal decidiu mergulhar ainda mais fundo em suas raízes pessoais e familiares, explorando temas de identidade, pertencimento e dinâmicas emocionais. O álbum inicialmente foi planejado para ser lançado pela Mercury Records, mas acabou sendo finalizado pela Epic, gravadora com a qual Orzabal havia recém-assinado. Produzido por Tim Palmer junto com o cantor, a abordagem adotada trouxe um som mais orgânico e direto, com guitarras elétricas à frente e uma instrumentação mais densa. Há momentos de experimentação com camadas vocais, teclados atmosféricos e arranjos melancólicos, mas o grande problema é que tudo soa muito manjado e sem coesão rítmica, fazendo com que algumas partes dos arranjos pareçam estar em loop. O repertório é fraquíssimo, com poucas canções interessantes e a maioria sem graça.
Melhores Faixas: God's Mistake, Raoul And The Kings Of Spain, Don't Drink The Water
Piores Faixas: Humdrum And Humble, Los Reyes Católicos, Falling Down, I Choose You
Everybody Loves A Happy Ending – Tears For Fears
NOTA: 5,3/10
Melhores Faixas: Call Me Mellow, Closest Thing To Heaven, Secret World
Piores Faixas: Size Of Sorrow, Ladybird, The Devil
The Tipping Point – Tears For Fears
NOTA: 8,8/10
Depois de 18 anos, só em 2022 saiu mais um disco, e o último até o momento, o The Tipping Point. Após o Everybody Loves a Happy Ending, Roland Orzabal e Curt Smith passaram por uma fase de incerteza quanto ao futuro do Tears For Fears. Apesar das turnês, um novo álbum não parecia ser uma prioridade, até que começaram a gravar, mas nada avançava. Orzabal sofreu a perda de sua esposa, Caroline, em 2017, após uma longa luta contra o alcoolismo e problemas de saúde, o que o abalou profundamente. Ao mesmo tempo, sua amizade com Smith foi fortalecida, permitindo que o álbum tomasse uma nova direção. A produção foi feita por eles junto com Charlton Pettus, além de Sacha Skarbek e Florian Reutter, criando um equilíbrio entre nostalgia e renovação, mantendo a essência melancólica da banda e incorporando muitas influências psicodélicas. O repertório é bem legal, com canções profundas e até reflexivas. Em suma, é um belo disco e muito consistente.
Melhores Faixas: Long, Long, Long Time, End Of Night, Break The Man
Vale a Pena Ouvir: My Demons, Stay