sexta-feira, 14 de março de 2025

Analisando Discografias - Tears For Fears: Parte 2

                 

Raoul And The Kings Of Spain – Tears For Fears





















NOTA: 3/10


Dois anos se passaram, e o Tears For Fears lança mais um disco, o Raoul and the Kings of Spain. Após o Elemental, Roland Orzabal decidiu mergulhar ainda mais fundo em suas raízes pessoais e familiares, explorando temas de identidade, pertencimento e dinâmicas emocionais. O álbum inicialmente foi planejado para ser lançado pela Mercury Records, mas acabou sendo finalizado pela Epic, gravadora com a qual Orzabal havia recém-assinado. Produzido por Tim Palmer junto com o cantor, a abordagem adotada trouxe um som mais orgânico e direto, com guitarras elétricas à frente e uma instrumentação mais densa. Há momentos de experimentação com camadas vocais, teclados atmosféricos e arranjos melancólicos, mas o grande problema é que tudo soa muito manjado e sem coesão rítmica, fazendo com que algumas partes dos arranjos pareçam estar em loop. O repertório é fraquíssimo, com poucas canções interessantes e a maioria sem graça. 

Melhores Faixas: God's Mistake, Raoul And The Kings Of Spain, Don't Drink The Water 
Piores Faixas: Humdrum And Humble, Los Reyes Católicos, Falling Down, I Choose You

Everybody Loves A Happy Ending – Tears For Fears





















NOTA: 5,3/10


Entrando nos anos 2000, o Tears For Fears lança seu 5º álbum, o Everybody Loves a Happy Ending. Após o fraquíssimo Raoul and the Kings of Spain, Curt Smith retornou à banda. O reencontro com Orzabal começou de forma inesperada. Em 2000, um amigo em comum os reconectou e, aos poucos, os antigos desentendimentos foram resolvidos. Ao perceberem que ainda tinham química musical, decidiram trabalhar juntos novamente, iniciando as gravações em 2001. A produção, feita por eles junto com Charlton Pettus, apostou em arranjos orgânicos, instrumentação rica e influências do Rock dos anos 60 e 70. O álbum é cheio de camadas vocais e faz uso expressivo de pianos, guitarras e seções orquestrais, mas soa como uma tentativa insegura de imitar os Beatles da fase Sgt. Pepper's. O repertório é muito mediano, com canções arrastadas e algumas interessantes. Em suma, é um trabalho irregular, mas que tentou ter uma base. 

Melhores Faixas: Call Me Mellow, Closest Thing To Heaven, Secret World 
Piores Faixas: Size Of Sorrow, Ladybird, The Devil

The Tipping Point – Tears For Fears





















NOTA: 8,8/10


Depois de 18 anos, só em 2022 saiu mais um disco, e o último até o momento, o The Tipping Point. Após o Everybody Loves a Happy Ending, Roland Orzabal e Curt Smith passaram por uma fase de incerteza quanto ao futuro do Tears For Fears. Apesar das turnês, um novo álbum não parecia ser uma prioridade, até que começaram a gravar, mas nada avançava. Orzabal sofreu a perda de sua esposa, Caroline, em 2017, após uma longa luta contra o alcoolismo e problemas de saúde, o que o abalou profundamente. Ao mesmo tempo, sua amizade com Smith foi fortalecida, permitindo que o álbum tomasse uma nova direção. A produção foi feita por eles junto com Charlton Pettus, além de Sacha Skarbek e Florian Reutter, criando um equilíbrio entre nostalgia e renovação, mantendo a essência melancólica da banda e incorporando muitas influências psicodélicas. O repertório é bem legal, com canções profundas e até reflexivas. Em suma, é um belo disco e muito consistente. 

Melhores Faixas: Long, Long, Long Time, End Of Night, Break The Man 
Vale a Pena Ouvir: My Demons, Stay

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