The Hurting – Tears For Fears
NOTA: 10/10
Em 1983, o Tears for Fears lançava seu maravilhoso e sensacional álbum de estreia, o The Hurting. A banda, formada por Roland Orzabal e Curt Smith, surgiu após os dois se conhecerem na adolescência e passarem por várias bandas. No entanto, foi apenas com o término de uma delas, Graduate, que eles criaram o Tears, inicialmente chamado History of Headaches, indo na total contramão do Synth-pop dançante da época. A produção, assinada por Chris Hughes e Ross Cullum, trouxe uma sonoridade que combina sintetizadores atmosféricos, baterias eletrônicas programadas, guitarras limpas e baixos pulsantes. Outro ponto forte são os vocais duplos: enquanto Orzabal canta com mais agressividade e emoção, Smith traz um tom mais suave e melódico, criando um contraste interessante entre as faixas. O repertório é sensacional, parecendo uma coletânea, com canções profundas e melancólicas. No fim, é um baita disco de estreia e um dos melhores de todos os tempos.
Melhores Faixas: Pale Shelter, Mad World, Watch Me Bleed, Change, Suffer The Children
Vale a Pena Ouvir: Start Of The Breakdown, Ideas As Opiates
Songs From The Big Chair – Tears For Fears
NOTA: 10/10
Melhores Faixas: Everybody Wants To Rule The World, Shout, Head Over Heels
Vale a Pena Ouvir: Broken, I Believe
The Seeds Of Love – Tears For Fears
NOTA: 9,4/10
Quatro anos se passaram, e o Tears for Fears lança seu 3º disco, o The Seeds of Love. Após o maravilhoso Songs from the Big Chair, a banda se consolidou completamente, começando a fazer turnês pelo mundo. No entanto, Roland Orzabal e Curt Smith decidiram explorar territórios mais ousados, buscando influências do Rock progressivo, Jazz e psicodelia, distanciando-se do Synth-pop puro de seus primeiros álbuns. A produção, feita por eles mesmos junto com David Bascombe, passou por inúmeras revisões, mudanças de estúdio e teve um custo estimado em mais de 1 milhão de libras (um dos mais caros da época). Além disso, a gravadora Phonogram pressionava constantemente, mas, no fim, valeu a pena, pois o som é mais orgânico e expansivo, utilizando instrumentação ao vivo, arranjos de metais e camadas vocais complexas. O repertório é bem interessante, com canções melódicas e bem cadenciadas. Enfim, é um baita disco e que é um dos mais experimentais deles.
Melhores Faixas: Woman In Chains, Advice For The Young At Heart, Sowing The Seeds Of Love
Vale a Pena Ouvir: Famous Last Words, Badman’s Song
Elemental – Tears For Fears
NOTA: 8,9/10
Mais quatro anos se passaram, e, já nos anos 90, o Tears for Fears lança Elemental, mas com muitas mudanças. Após o The Seeds of Love, a banda passou por uma ruptura, já que o perfeccionismo extremo do Roland Orzabal e os conflitos criativos com Curt Smith fizeram com que Smith saísse do grupo. Com isso, Orzabal decidiu explorar uma sonoridade mais moderna e adaptada ao cenário musical da década. A produção, feita pelo próprio Orzabal junto com Tim Palmer e Alan Griffiths, reflete as tendências do Rock alternativo dos anos 90, misturando elementos de Rock progressivo, Pop Rock e Art Pop. O uso de sintetizadores continua, mas de forma mais sutil, pois a instrumentação ficou mais crua e direta, com guitarras limpas e distorcidas ganhando mais espaço. O repertório é bem interessante, com canções que transitam entre um lado introspectivo e atmosférico. Em suma, é um ótimo álbum que é muito subestimado, muito por conta dessa nova fase.
Melhores Faixas: Goodnight Song, Fish Out Of Water
Vale a Pena Ouvir: Cold, Break It Down Again, Gas Giants
Bom é isso e flw!!!