domingo, 6 de abril de 2025

Analisando Discografias - Blackmore's Night: Parte 3

                 

Autumn Sky – Blackmore’s Night





















NOTA: 2,5/10


Em 2010, eles lançaram seu 8º álbum de estúdio, o Autumn Sky, que tentou seguir por um tom mais leve. Após o Secret Voyage, o casal Ritchie Blackmore e Candice Night passou por um momento muito especial: o nascimento da filha Autumn Esmerelda Blackmore, o que inclusive inspirou o nome do disco. Aqui, eles decidiram fazer um trabalho um pouco mais profundo e introspectivo. A produção, feita como sempre por Pat Regan, trouxe uma sonoridade mais cristalina, evidenciando o cuidado nos arranjos e na mixagem dos instrumentos acústicos, como alaúdes, flautas, vielas, gaitas de fole e violões, além das vozes etéreas da Candice. Além disso, eles tentaram trazer aquela sensação de que tudo está sendo executado em um castelo antigo. Só que, como sempre, tudo é muito repetitivo e arrastado. O repertório é horrível, com canções terríveis e poucas realmente boas. No geral, é um trabalho muito ruim e com falta de coesão. 

Melhores Faixas: Health To The Company, Barbara Allen 
Piores Faixas: Strawberry Girl, Celluloid Heroes, Journeyman (Vandraren), Dance Of The Darkness

Dancer And The Moon – Blackmore’s Night





















NOTA: 2,7/10


Indo para 2013, eles lançaram outro disco, o Dancer and the Moon, que tentou ser mais diversificado. Após o Autumn Sky, que marcou o nascimento da filha do casal, este novo disco veio com um ar de celebração e nostalgia. Neste álbum, a banda continua com sua proposta única de fundir música renascentista, Folk celta, elementos medievais e Rock acústico contemporâneo, mas aqui com uma vibração um pouco mais solta, dançante e, por vezes, mais emocional. A produção foi aquela mesma de sempre (autoexplicativa, a inconsistência), indo para uma sonoridade Folk-mística, com leves ecos do passado roqueiro do Ritchie Blackmore. Cada instrumento acústico soa limpo, cristalino, com camadas detalhadas tentando dar aquele grau de imersão, só que isso fracassa devido à repetição desenfreada, que acontece o tempo todo e deixa tudo exaustivo. O repertório, novamente, é ruim, com poucos momentos bons. Enfim, é mais um disco tenebroso. 

Melhores Faixas: Dancer And The Moon, The Spinner's Tale 
Piores Faixas: Somewhere Over The Sea (The Moon Is Shining), The Moon Is Shining (Somewhere Over The Sea), Lady In Black, Galliard

All Our Yesterdays – Blackmore’s Night





















NOTA: 3/10


Dois anos depois, o Blackmore’s Night lançou seu 10º álbum de estúdio, o All Our Yesterdays. Após o Dancer and the Moon, Ritchie Blackmore já havia anunciado que voltaria a tocar Rock em alguns shows do Rainbow no ano de 2016, o que trouxe um clima de possível despedida da fase totalmente Folk/renascentista. Mas esse trabalho não soa como um encerramento, e sim como um tributo a esse projeto. A produção foi a mesma de sempre, mas também traz alguns toques modernos e mais acessíveis, além de dar destaque aos vocais da Candice, sempre envoltos em atmosferas etéreas e melódicas. Os arranjos tentam ser os mais suaves possível, só que isso não funciona, ficando naquele mesmo clima arrastado e sofrível de sempre. O repertório é fraquíssimo, tendo muito cover, inclusive, e com muitas canções ruins e poucas se salvando. No fim, é um disco muito ruim e com falta de equilíbrio. 

Melhores Faixas: Coming Home, Queen's Lament, Where Are We Going From Here 
Piores Faixas: Moonlight Shadow, Earth Wind And Sky, I Got You Babe, Queen's Lament

Nature’s Light – Blackmore’s Night





















NOTA: 2/10


Em 2021, chega o último lançamento até o momento (que podia ser definitivo) do Blackmore’s Night, o Nature’s Light. Após o All Our Yesterdays, Ritchie Blackmore realizou algumas apresentações esporádicas com o Rainbow, reacendendo seu lado roqueiro, mas foi com Candice Night que ele voltou ao estúdio para continuar essa porcaria de jornada musical renascentista. E tudo isso naquele clima pandêmico de puro isolamento social. A produção foi feita pelo mesmo produtor de sempre, seguiu para algo mais polido, com arranjos acústicos que tentam equilibrar com a voz doce da Candice. Blackmore continua a alternar entre guitarra clássica, alaúde, guitarra elétrica e bandolim, sempre com precisão e sensibilidade. Eles tentaram fazer algo atmosférico, mas, como sempre, fica aquela repetição insuportável de sempre. O repertório é horroroso, com apenas uma canção se salvando. Em suma, esse disco, junto com a discografia como um todo, é muito ruim. 

Melhores Faixas: Going To The Faire 
Piores Faixas: Nature's Light, The Twisted Oak, Four Winds, Wish You Were Here (eles conseguiram transformar uma música mediana em algo que, na sua terceira versão, acabasse ficando péssimo)

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