Gillan – Gillan
NOTA: 1,6/10
Indo para o ano de 1978, Ian Gillan montou uma nova banda com seu sobrenome e lançou seu álbum de estreia. Após o fim da Ian Gillan Band e percebendo que seu público não se conectou com a abordagem do grupo, o cantor decidiu reformular sua carreira musical e voltar às raízes do Hard Rock. Assim, ele formou um novo grupo, simplesmente chamado Gillan, com um som mais agressivo. A formação contava com ele como vocalista (óbvio), Colin Towns nos teclados, John McCoy no baixo, Steve Byrd na guitarra e Liam Genockey na bateria. A produção ficou a cargo do Paul Watkins, com o auxílio do próprio Ian Gillan e do Steve Byrd, apostando em uma abordagem mais crua e energética. O resultado foi um som direto e explosivo, mas que acabou soando como uma mera cópia do que ele fazia no Deep Purple, só que pior. O repertório é fraco, com canções sem graça e pouco inspiradas. Enfim, essa tentativa de voltar às raízes não começou bem.
Melhores Faixas: (..............)
Piores Faixas: Message In A Bottle, I'm Your Man, Not Weird Enough, Back In The Game
Mr. Universe – Gillan
NOTA: 1,2/10
Melhores Faixas: (...................)
Piores Faixas: Dead Of Night, Mr. Universe, Fighting Man, Message In A Bottle, Roller
Glory Road – Gillan
NOTA: 7,8/10
Entrando na década de 80, o Gillan volta lançando outro disco, o Glory Road, que trouxe algumas mudanças. Após o Mr. Universe, a banda, de certo modo, estava consolidando seu nome no cenário do Hard Rock britânico, só que, dessa vez, Ian Gillan decidiu focar em um som mais agressivo e energético. Ou seja, ele quis fazer algo que se afastasse um pouco mais daquela temática copiada do Deep Purple. A produção foi feita pela própria banda, trazendo um som mais encorpado, com guitarras mais pesadas e um trabalho mais destacado do baixo de John McCoy. A sonoridade do álbum é um Hard Rock cru, energético e sem frescuras, mas sem abrir mão de momentos melódicos e progressivos, especialmente graças aos teclados de Colin Towns, que adicionam uma profundidade maior às composições, apesar de algumas exceções. O repertório é bem legalzinho, com boas canções e algumas fracas. No fim, é um disco bom e que mostrou a banda se reinventando.
Melhores Faixas: On The Rocks, No Easy Away, Running, White Face, City Boy
Piores Faixas: Unchain Your Brain, If You Believe Me
Future Shock – Gillan
NOTA: 8,5/10
Em 1981, a banda lançou mais um disco, o fenomenal Future Shock, que não trouxe tantas novidades. Após o Glory Road, a banda Gillan havia conquistado uma base de fãs sólida com seu Hard Rock pesado e energético, além de uma presença de palco intensa. O título Future Shock foi inspirado no livro homônimo de Alvin Toffler, que abordava a ansiedade e os desafios da sociedade moderna em meio às rápidas mudanças tecnológicas e culturais. A produção foi conduzida pela própria banda e trouxe um som um pouco mais equilibrado, dando mais destaque aos teclados de Colin Towns, que criam atmosferas e texturas interessantes. Bernie Tormé mantém seu estilo de guitarra sujo e explosivo. A voz do Ian Gillan está no auge, alternando entre vocais agressivos e momentos mais melódicos. O repertório é muito bom, com ótimas canções melódicas e agressivas. No fim, é um belo disco e um dos melhores da banda.
Melhores Faixas: New Orleans, Future Schock
Vale a Pena Ouvir: For Your Dreams, If I Sing Softly, Nightride Out Of Phoenix
Magic – Gillan
NOTA: 8/10
Passa mais um ano, e a banda lança seu último disco, o Magic, em meio a momentos de tensão. Após o Future Shock, o desgaste da rotina intensa de turnês, os conflitos internos e os problemas vocais que Ian Gillan estava enfrentando começaram a pesar sobre o grupo. Além disso, era provável que Ian Gillan retornasse ao Deep Purple, já que os outros membros da formação clássica da banda estavam considerando uma reunião. A banda também passou por uma mudança com a entrada de um novo guitarrista, Janick Gers (que, tempos depois, se tornaria guitarrista do Iron Maiden). A produção ficou a cargo de Mick Glossop, que trouxe um som mais refinado, com teclados atmosféricos, guitarras mais melódicas e um vocal mais controlado de Gillan, além de seguir influências do Heavy Metal e do AOR. O repertório é bem interessante, com canções pesadas e envolventes. Enfim, é um ótimo disco e que encerrou bem a trajetória da banda.
Melhores Faixas: Living A Lie, Living For The City
Vale a Pena Ouvir: Demon Driver, Bluesy Blue Sea, Long Gone