The Plague That Makes Your Booty Move... It's The Infectious Grooves – Infectious Grooves
NOTA: 8,6/10
Voltando para 1991, era lançado o 1º álbum do Infectious Grooves, intitulado The Plague That Makes Your Booty Move... It's the Infectious Grooves (título gigante). Esse projeto, criado pelo vocalista Mike Muir e pelo baixista Robert Trujillo, ambos do Suicidal Tendencies, tinha o intuito de fundir o Funk, o Metal e a insanidade criativa. Além disso, criaram um personagem, Sarsippius, um ser animado/meio alienígena e narrador do disco, que simboliza a desconstrução e o deboche do projeto. É ele quem apresenta as faixas, faz interlúdios e costura a “infecção” musical. A produção foi conduzida por Mark Dodson, que deu uma sonoridade crua e pesada ao trabalho. As colaborações dos guitarristas Adam Siegel e Dean Pleasants, e do baterista do Jane’s Addiction, Stephen Perkins, ajudaram muito nessa abordagem groovada e escrachada. O repertório é bem legal, e as canções são todas contagiantes e muito boas. Enfim, é um disco de estreia legal e bem ousado.
Melhores Faixas: Stop Funk'n With My Head, Monster Skank, Infecto Groovalistic
Vale a Pena Ouvir: Punk It Up, You Lie... And Yo Breath Stank, Infectious Grooves
Sarsippius' Ark (Limited Edition) – Infectious Grooves
NOTA: 8,7/10
Dois anos depois, o Infectious Grooves lança seu 2º álbum de estúdio, o Sarsippius' Ark. Após o The Plague That Makes Your Booty Move..., a banda levou adiante seu conceito, agora mais teatral e narrativo. O personagem Sarsippius, que já aparecia como host do disco anterior, se torna o protagonista: uma figura entre alienígena, guru do Funk e MC interdimensional. A produção é a mesma de sempre, equilibrando com habilidade a complexidade musical e os momentos cômicos. O baixo do Robert Trujillo continua sendo o pilar sonoro, com linhas rápidas, cheias de slap e groove sincopado. A bateria do Josh Freese é precisa e criativa, apoiando os grooves com levadas que mesclam Funk Metal e Rock alternativo. O repertório é muito bom, e as canções são mais envolventes e energéticas, além de interlúdios bem colocados. No fim, é um belo disco, que acertou em sua tematização.
Melhores Faixas: You Pick Me Up (Just To Throw Me Down), Don't Stop, Spread The Jam!, These Freaks Are Here To Party, Do The Sinister
Vale a Pena Ouvir: Infectious Grooves (Live), Immigrant Song (ótimo cover que fizeram do Led Zeppelin), Slo-motion Slam
Groove Family Cyco (Snapped Lika Mutha) – Infectious Grooves
NOTA: 8/10
No ano seguinte, foi lançado mais um disco da banda, o Groove Family Cyco (Snapped Lika Mutha). Após o Sarsippius' Ark, eles perceberam que o Grunge estava em declínio, o Rap Rock ganhando força e o Metal buscando novos caminhos. Nesse contexto, Mike Muir e Robert Trujillo retornam com um álbum mais direto, afiado e menos cartunesco. É menos teatral que o anterior, mas mais coeso, agressivo e musicalmente refinado, ainda mantendo todo o espírito bem-humorado deles. O personagem Sarsippius ainda está presente, mas em segundo plano. A produção, feita por Michael Vail Blum, é mais seca e direta, com menos intervenções teatrais e mais foco na potência do Groove aliado à distorção. Além disso, a presença do baterista Brooks Wackerman, com uma pegada mais reta e agressiva, somada às linhas de baixo de Trujillo, trouxe uma forte coesão sonora. O repertório é muito bom, e as canções ficaram mais contagiantes e energéticas. Em suma, é um ótimo disco, bem mais maduro.
Melhores Faixas: Do What I Tell Ya!, Violent & Funky Vale a Pena Ouvir: Frustrated Again, Made It, Groove Family Cyco
Mas Borracho – Infectious Grooves
NOTA: 4/10
No início do novo século, foi lançado o último álbum até o momento do Infectious Grooves, o Mas Borracho. Após o Groove Family Cyco (Snapped Lika Mutha), Mike Muir voltou a focar no Suicidal Tendencies. Robert Trujillo começou a atuar como músico de sessão e acabou se envolvendo com projetos como o de Ozzy Osbourne e, futuramente, com o Metallica. Então, para esse projeto, eles decidiram fazer algo mais denso e com uma pegada mais reflexiva, mas ainda bobo. Produzido por Mike Blum, o álbum é menos polido e teatral, com menos interlúdios e personagens cômicos (quase nenhum Sarsippius), ou seja, indo direto ao ponto. Aqui, cada um foi para um lado mais técnico, como é o caso de Trujillo, mas, no geral, tudo é muito sem emoção e já não há mais um encadeamento groovado decente. O repertório é bem fraco, com poucas músicas legais, e as outras são chatíssimas. No final, é um trabalho ruim, que se tornou meio que uma piada sem graça.
Melhores Faixas: Just A Lil Bit, Please Excuse This Funk Up, Citizen Of The Nation, Borracho
Piores Faixas: Good For Nothing, Fill You Up, Wouldn't You Like To Know, Good Times Are Out To Get You, 21st Century Surf Odyssey
Então é isso, um abraço e flw!!!