The Golden Age Of Apocalypse – Thundercat
NOTA: 8/10
Em 2011, o Thundercat lançou seu primeiro álbum solo, o The Golden Age of Apocalypse. Depois de sair do Suicidal Tendencies, Stephen Bruner, agora Thundercat, já vinha de uma linhagem musical poderosa (seu pai era baterista de artistas como Diana Ross). Com uma pegada técnica absurda e uma presença de palco magnética, ele virou o baixista preferido de muita gente da cena do Jazz Fusion, R&B e Funk (obviamente o americano, né gente). A produção foi conduzida por ele, mas com uma grande contribuição do Flying Lotus, que trouxe seu estilo futurista, quase etéreo, com batidas desconstruídas, camadas espaciais e texturas Lo-fi que se misturam ao baixo fretless super expressivo do Thundercat, resultando num som ao mesmo tempo técnico e emocional. É uma sonoridade totalmente atmosférica, que traz uma vibe meio viajante. O repertório é bem legal, com canções leves e com muita profundidade. No fim, é um belo disco de estreia e bem tematizado.
Melhores Faixas: Walkin', For I Love Come
Vale a Pena Ouvir: Daylight, Boat Cruise, Feel Ultra
Apocalypse – Thundercat
NOTA: 8,3/10
Melhores Faixas: Oh Sheit It's X, Lotus And The Jondy, Heartbreaks + Setbacks
Vale a Pena Ouvir: Evangelion, Seven, Tron Song
Drunk – Thundercat
NOTA: 9/10
Quatro anos se passaram, e Thundercat volta lançando mais um disco, o Drunk. Após o Apocalypse, ele se envolveu em uma série de colaborações que o colocaram no epicentro da música alternativa moderna. Ele foi peça fundamental no álbum To Pimp a Butterfly, do Kendrick Lamar, contribuindo com baixos, vocais e ideias. Além disso, firmou-se como uma figura interdimensional, navegando entre Jazz, R&B, Soul, Funk, anime, videogames e cultura geek com uma naturalidade ímpar. A produção foi feita por ele e Flying Lotus, com apoio pontual de nomes como Sounwave (do TDE). O álbum trouxe uma sonoridade totalmente imersiva e diversificada, com o uso de sintetizadores e bateria eletrônica que remetem a uma sonoridade dos anos 80 com uma roupagem futurista. O repertório é muito bom, trazendo canções atmosféricas e contagiantes. No fim, é um trabalho maravilhoso e que acertou na tematização.
Melhores Faixas: Them Changes, Show You The Way (participação do Michael McDonald e Kenny Loggins), Where I'm Going, Lava Lamp, 3AM, The Turn Down (participação interessante Pharrell Williams)
Vale a Pena Ouvir: Jehtro, A Fan's Mail (Tron Song Suite II), Captain Stupido, Tokyo
It Is What It Is – Thundercat
NOTA: 8,5/10
Se passaram três anos e, já na época da pandemia, foi lançado o último álbum até o momento do Thundercat, o It Is What It Is. Após o Drunk, ele tocou em vários festivais importantes e colaborou nos trabalhos do Travis Scott, Anderson .Paak, entre outros. Mas o principal evento que marcou esse período foi a morte do Mac Miller, em 2018. Os dois tinham uma relação profunda, quase fraternal, e a perda foi devastadora. Esse luto perpassa o álbum, tanto nos temas quanto na atmosfera. A produção foi conduzida pelos mesmos nomes de sempre, que deixaram tudo mais coeso e contemplativo. O som é cristalino, com texturas sutis e complexas ao mesmo tempo. As camadas de vocais são meticulosamente posicionadas, o baixo é melódico e fluido, e os elementos eletrônicos e acústicos coexistem com naturalidade, com esse som de Soul e R&B. O repertório é muito bom, e as canções são todas belíssimas. No geral, é outro disco muito bom e consistente.
Melhores Faixas: Fair Chance (boas participações do Ty Dolla $ign e Lil B), Funny Thing, Dragonball Durag
Vale a Pena Ouvir: I Love Louis Cole (participação obviamente do Louis Cole), King Of The Hill, Black Qualls (participações do Steve Lacy, Steve Arrington e Childish Gambino, How I Feel