sexta-feira, 4 de abril de 2025

Analisando Discografias - Jon Lord: Parte 2

                 

Windows – Jon Lord





















NOTA: 1,2/10


Se passaram três anos, e Jon Lord lançou outro álbum dessa vez, ao vivo intitulado Windows. Após o Gemini Suite, ele continuou explorando sua veia sinfônica. Ao lado do compositor alemão Eberhard Schoener, embarcou em mais um experimento grandioso, fundindo Rock e música clássica. Sendo gravado ao vivo em 1º de junho de 1974, no festival Prix Jeunesse, em Munique, sendo executado por uma orquestra completa e um elenco de músicos renomados. A produção fez com que a orquestra, o coro e os músicos de Rock soassem com clareza. Schoener foi fundamental na condução da orquestra e no desenvolvimento das partituras, enquanto Jon Lord trouxe sua assinatura inconfundível no órgão Hammond, misturando passagens clássicas com momentos progressivos. No entanto, essa improvisação toda e o encadeamento são bem irregulares. O repertório, que contém apenas duas faixas, é bem fraco. Enfim, é um disco péssimo e irrelevante. 

Melhores Faixas: (...........) 
Piores Faixas: Window, Continuo On B.A.C.H.

Sarabande – Jon Lord





















NOTA: 1/10


Dois anos depois, ele retorna lançando agora um álbum de estúdio, o Sarabande. Após o seu álbum ao vivo, Windows, ele decidiu fazer uma espécie de suíte orquestral bem estruturada, inspirada em danças barrocas, especialmente a sarabanda: uma dança espanhola do século XVII, conhecida por seu caráter solene e elegante. Então ele recrutou músicos de renome, incluindo Andy Summers (guitarra, antes de se juntar ao The Police), Mark Nauseef (bateria), Pete York (percussão) e Paul Karass (baixo). A produção, feita por ele junto com Martin Birch, resultou numa verdadeira junção entre instrumentos elétricos e a orquestra sinfônica. Enquanto seus álbuns anteriores ainda soavam como uma tentativa de unir dois mundos distintos, aqui há uma verdadeira integração entre Rock progressivo e música erudita, só que continua sendo arrastado e manjado. O repertório foi um pouco mais extenso, mas as canções são muito ruins. No fim, é um disco terrível e inexpressivo. 

Melhores Faixas: (............) 
Piores Faixas: Caprice, Aria, Finale, Gigue

Before I Forget – Jon Lord





















NOTA: 1,3/10


Em 1982, Jon Lord lançou outro disco solo, o Before I Forget, que trouxe algumas novidades. Após o Sarabande e o fim do Deep Purple, Lord trabalhou com o Whitesnake, banda liderada por David Coverdale, onde passou a desenvolver um estilo mais voltado ao Hard Rock e ao Blues, tanto que isso foi uma das grandes bases para lançar esse projeto. A produção, feita por ele mesmo com algumas ajudinhas de Guy Bidmead, ao contrário de seus trabalhos sinfônicos, aqui tem ênfase nos arranjos simples, com um foco especial nos vocais e nas melodias. O álbum apresenta uma sonoridade limpa e bem equilibrada. Seu teclado continua sendo o elemento central, mas sem os exageros progressivos de outrora. Aqui, tudo é mais focado no AOR e no prog sinfônico, só que tudo acabou ficando uma verdadeira bagunça, com arranjos desequilibrados. O repertório é péssimo, e as canções são uma chatice. Enfim, é um trabalho horroroso e que não funcionou. 

Melhores Faixas: (..................) 
Piores Faixas: Hollywood Rock And Roll, Where Are You?, Say It's All Right

Pictured Within – Jon Lord





















NOTA: 1/10


Dezesseis anos se passaram, e Jon Lord lançava outro disco, o Pictured Within, que trouxe coisas novas. Após o Before I Forget, o tecladista acabou voltando a focar mais no Deep Purple, só que esse trabalho é meio que uma guinada para um estilo mais introspectivo, distante do Rock e mais próximo da música clássica contemporânea e do neoclassicismo. O álbum é fortemente inspirado por eventos pessoais na vida de Lord, especialmente a perda de sua mãe. A produção, feita como sempre por ele mesmo, deixou tudo sofisticado, sem a grandiosidade de uma orquestra completa, mas com arranjos meticulosamente trabalhados. Os instrumentos principais são o piano de Lord e os vocais, que variam entre solos e harmonizações sutis. Há um uso econômico de cordas, sopros e percussão, só que muita coisa é extremamente exagerada e muito arrastada. O repertório é horroroso, e as canções não têm um grau sequer de animação. Enfim, é outro disco esquecível e horripilante. 

Melhores Faixas (..................) 
Piores Faixas: The Mountain, Evening Song, Circles Of Stone, Wait A While

Beyond The Notes – Jon Lord





















NOTA: 1,4/10


Então, em 2004, ele retorna lançando seu penúltimo álbum de estúdio, o Beyond The Notes. Após o Pictured Within, como já sabemos, Jon Lord acabou saindo do Deep Purple para se dedicar exclusivamente à sua paixão pela música clássica e orquestral. Com isso, ele decidiu fazer um trabalho em um tom mais expansivo, combinando elementos de música clássica, Jazz e até algumas influências do Rock progressivo. A produção foi praticamente a mesma de sempre, priorizando uma sonoridade cristalina e sofisticada, com seu piano sendo o coração do álbum, sustentado por arranjos de orquestra que tentam enriquecer cada faixa. Além disso, há vários instrumentos de cordas e sopros que ajudam a criar aquelas atmosferas cinematográficas, só que tudo é muito desequilibrado e faz com que a imersão não exista, tornando tudo muito exaustivo. O repertório, novamente, é péssimo, e as canções são muito sem emoção. Em suma, é um disco péssimo e totalmente enjoativo. 

Melhores Faixas: (......zzzzzzzz......) 
Piores Faixas: De Profundis, I'll Send You A Postcard - Pavane For Tony, The Telemann Experiment, One From The Meadow

To Notice Such Things – Jon Lord





















NOTA: 1/10


Seis anos se passaram, então sai o último álbum de Jon Lord, intitulado To Notice Such Things. Após o Beyond The Notes, ele ficou profundamente abalado com a morte de seu amigo e poeta John Mortimer, escritor britânico famoso por sua série de livros Rumpole of the Bailey, e então decidiu compor essa obra como uma homenagem. A produção, feita por John Fraser, é totalmente meticulosa, além de contar com a presença da Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, garantindo que sua composição fosse executada com precisão e emoção. O piano continua sendo a peça central da música de Lord, mas aqui ele se destaca mais como compositor do que como instrumentista. As cordas criam texturas delicadas e, às vezes, melancólicas, só que, em vez de trazer exuberância, tudo é repetitivo e sem um foco específico. O repertório é tenebroso, com faixas medíocres e chatas. No fim, é um trabalho horrível, e toda a sua discografia é uma mancha podre. 

Melhores Faixas (...........) 
Piores Faixas: Air On The Blue String, For Example

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...