domingo, 20 de abril de 2025

Analisando Discografias - Suicidal Tendencies: Parte 2

                  

Freedumb – Suicidal Tendencies




















NOTA: 9/10


Cinco anos se passaram, o Suicidal Tendencies retornou lançando Freedumb. Após o Suicidal for Life, a banda entrou em hiato, e Mike Muir concentrou-se no Infectious Grooves, seu projeto paralelo com pegada Funk Metal. Foi só em 1997 que o Suicidal ressurgiu, com nova formação: o retorno do guitarrista Mike Clark, as entradas do outro guitarrista Dean Pleasants, do futuro baterista do Avenged Sevenfold Brooks Wackerman e do baixista Josh Paul. Com isso, decidiram voltar às raízes do Hardcore Punk do início da carreira. Com produção feita por Paul Northfield, o álbum foi lançado de forma independente, o que conferiu um lado sujo e direto, respeitando a proposta do Hardcore old school. A mixagem favorece os vocais gritados do Cyco Miko, com guitarras agressivas e cortantes, além de uma bateria seca, com timbres crus e sem muitos efeitos. O repertório é muito bom, e as canções são energéticas e agressivas. Enfim, é um belo disco, mas muito subestimado. 

Melhores Faixas: Cyco Vision, Ain't Gonna Take It, Naked, Hippie Killer 
Vale a Pena Ouvir: Get Sick, Freedumb, Built To Survive

Free Your Soul...And Save My Mind – Suicidal Tendencies





















NOTA: 3/10


No ano seguinte, eles lançaram outro disco, o Free Your Soul...And Save My Mind. Após o Freedumb, o Suicidal Tendencies estava agora mais voltado ao Hardcore Punk e menos ao Thrash Metal. Além disso, naquele início dos anos 2000, o Nu Metal dominava o mainstream, enquanto o Pop-Punk ainda era tendência comercial. Só que a banda decidiu manter-se fiel à sua identidade, não seguindo modismos, mas também não ficando presa ao passado. A produção foi conduzida pela própria banda, que seguiu por um caminho mais limpo e encorpado, embora ainda mantenha uma certa estética crua, típica do Hardcore. Os instrumentos são melhor balanceados, e o baixo tem mais presença. Há influências de Funk Metal herdadas do Infectious Grooves, porém os arranjos são bem desalinhados e com um andamento muito arrastado. O repertório é muito fraco, com poucos momentos interessantes. No geral, é um disco péssimo e descartável. 

Melhores Faixas: Children Of The Bored, Animal, Public Dissension 
Piores Faixas: Cyco Speak, Su Casa Es Mi Casa, Pop Songs, Straight From The Heart, Got Mutation

No Mercy Fool!/The Suicidal Family – Suicidal Tendencies





















NOTA: 8,1/10


Dez anos se passaram, e o Suicidal lançou mais um trabalho novo: No Mercy Fool!/The Suicidal Family. Após o péssimo Free Your Soul...And Save My Mind, Mike Muir resolveu reviver faixas de seu outro projeto, o No Mercy, que tinha influências mais diretas do Hardcore Punk e do Thrash Metal, e lançou apenas um álbum. Isso foi importante, pois muita coisa vinda dali foi injetada no Suicidal Tendencies. Para isso, integraram o baterista Ronald Bruner Jr. e o baixista Steve Bruner (que você provavelmente conhece como Thundercat, sim, aquele mesmo que produziu álbuns do Mac Miller e Kendrick Lamar). A produção foi conduzida novamente por Paul Northfield, que deixou tudo mais limpo, encorpado e pesado, com guitarras muito mais definidas, baixo pulsante e bateria forte, conseguindo dar nova vida às músicas, mantendo a energia bruta, mas com uma produção atualizada. O repertório é muito bom, e as canções ficaram mais vibrantes. Em suma, é um trabalho muito legal e coeso. 

Melhores Faixas: Born To Be Cyco, We're F'n Evil 
Vale a Pena Ouvir: I'm Your Nightmare, Possessed To Skate, Crazy But Proud, No Mercy Fool!

13 – Suicidal Tendencies





















NOTA: 2,7/10


Três anos se passaram, e a banda californiana lançou mais um disco, agora totalmente inédito, intitulado 13. Após o No Mercy Fool!/The Suicidal Family, aconteceram mudanças constantes de formação, projetos paralelos de Mike Muir e uma resistência quase ideológica ao mainstream. Muir nunca teve pressa para gravar, e seu foco era manter o espírito da banda vivo nos palcos. Nesse meio-tempo, houve as entradas do guitarrista Nico Santora e do baterista Eric Moore. A produção foi a mesma de sempre, em um processo que durou 10 anos de gravação, e quando algo leva tanto tempo assim, é óbvio que não terá consistência. O som até que é denso e bem mixado, tentando capturar a energia ao vivo, com grooves soltos, riffs sujos e vocais expressivos, só que tudo é muito repetitivo e com uma total falta de energia. Refletindo em um repertório fraquíssimo, com canções genéricas e com poucas sendo boas. No fim, é um disco terrível e que claramente faltou planejamento. 

Melhores Faixas: Who's Afraid?, Life...(Can't Live With It, Can't Live Without It) 
Piores Faixas: This World, Cyco Style, Make Your Stand, This Ain't A Celebration, Slam City

World Gone Mad – Suicidal Tendencies





















NOTA: 5,8/10


Mais um intervalo de três anos se passa, e a banda lança mais um disco, o World Gone Mad. Após o 13, o Suicidal Tendencies voltou à ativa com mais força e retomou uma agenda intensa de shows. Houve mudanças na formação, com a saída do Thundercat para focar em sua carreira solo e, após a passagem de vários baixistas, entrou Ra Díaz. Além disso, houve a entrada do guitarrista Jeff Pogan e do Dave Lombardo, o icônico ex-baterista do Slayer, que trouxe novo fôlego e uma respeitabilidade brutal ao som da banda. A produção foi a mesma de sempre, deixando uma sonoridade limpa e agressiva, com tudo soando grandioso, com destaque especial para a bateria dinâmica do Lombardo e as linhas do baixo decentes do Díaz. Porém, tudo continua muito sem consistência, com momentos desnecessariamente arrastados nos riffs. O repertório é bem irregular, com canções frenéticas e outras sem graça. No final de tudo, é um trabalho mediano que poderia ter sido mais sólido. 

Melhores Faixas: World Gone Mad!, Happy Never After, Clap Like Ozzy 
Piores Faixas: Living For Life, STill Dying To Live (tão emocionante quanto carregar um saco de esterco), Damage Control
  

     Então é isso e flw!!!          

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