Euphoria Morning – Chris Cornell
NOTA: 9/10
Em 1999, foi lançado o primeiro trabalho solo de Chris Cornell, o Euphoria Morning, que seguia uma linha mais melódica. Após o lançamento do Down on the Upside, o Soundgarden encerrou suas atividades, o que deixou Chris completamente abalado. Somado à morte do amigo Jeff Buckley e ao agravamento de problemas com álcool, ele buscou canalizar sua dor e transformação em um trabalho solo mais introspectivo. O título original seria Euphoria Mourning (uma justaposição poética entre “êxtase” e “luto”), mas por pressão da gravadora, foi alterado. A produção foi conduzida por ele mesmo, junto com Natasha Shneider e Alain Johannes, que também participaram ativamente da instrumentação e da composição. Aqui, a sonoridade segue por um caminho mais psicodélico e barroco, com influências do Rock alternativo, Folk e Blues. O repertório é muito bom, com canções profundas e de tom leve. Enfim, é um ótimo disco, bastante humano.
Melhores Faixas: Follow My Way, Sweet Euphoria, Can't Change Me
Vale a Pena Ouvir: Steel Rain, Mission, Disappearing One, Preaching The End Of The World
Carry On – Chris Cornell
NOTA: 8,3/10
Foi só em 2007 que foi lançado seu 2º álbum solo, intitulado Carry On, seguindo uma linha mais intimista. Após o Euphoria Morning, Chris Cornell voltou aos holofotes como frontman do Audioslave. Contudo, à medida que o tempo passava, ficava claro que o vocalista buscava expressar-se artisticamente com mais liberdade, algo que o ambiente coletivo da banda começava a limitar. Logo após sua saída, Cornell decidiu retomar sua carreira solo com um disco ambicioso, diverso em estilo e emocionalmente carregado. A produção foi conduzida por Steve Lillywhite, e a sonoridade ficou mais polida, expansiva e variada em gêneros do que qualquer outro trabalho anterior de Cornell. Dá ainda para perceber elementos do Rock alternativo, com influências da Soul music, Blues, Pop e Country, e, com isso, tudo flui de forma relativamente coesa. O repertório é interessante, com canções profundas e algumas até ousadas. Enfim, é um disco consistente e bastante subestimado.
Melhores Faixas: Killing Birds, Arms Around Your Love
Vale a Pena Ouvir: Your Soul Today, Safe And Sound, You Know My Name, Finally Forever
Scream – Chris Cornell
NOTA: 2/10
Aí se passam dois anos, e foi lançado mais um álbum de Chris Cornell, o Scream. Após o Carry On, Cornell buscava romper com as expectativas e desafiar os limites do que se esperava dele como artista. Entre 2008 e 2009, iniciou uma colaboração inusitada com o produtor Timbaland, conhecido por seus trabalhos com Justin Timberlake e Nelly Furtado. O objetivo era radical: fazer um álbum conceitual, com batidas de R&B, synths e sonoridades urbanas. A produção, feita por ele com colaborações de Jim Beanz e Ryan Tedder, foi realizada de forma apressada. Os arranjos são densamente eletrônicos, com uso pesado de programação, camadas digitais, vocais tratados, beats quebrados e atmosferas sintéticas, mas tudo ficou tão sem forma que faz Chris Cornell parecer um intruso em um álbum do Akon. O repertório é terrível, com canções ridículas, embora algumas se salvem. Enfim, é um trabalho horroroso e uma mancha podre em sua carreira.
Melhores Faixas: Scream, Take Me Alive
Piores Faixas: Sweet Revenge, Climbing Up The Walls, Time, Watch Out, Never Far Away