sábado, 21 de junho de 2025

Analisando Discografias - Obituary: Parte 2

                 

Darkest Day – Obituary





















NOTA: 6/10


Em 2009, foi lançado mais um álbum do Obituary, o Darkest Day, que seguiu por um caminho mais equilibrado. Após o Xecutioner’s Return, a banda decidiu trazer uma leve modernização ao som e uma tentativa de reintegrar elementos técnicos à fórmula clássica deles. Já em 2008, eles haviam lançado Left to Die, um EP que funcionou como transição para seu próximo trabalho de estúdio. Com produção do Mark Prator, eles foram para um lado mais seco, tentando deixar os timbres o mais definidos possível. E, mesmo mantendo aquele peso característico, faltou muita dinâmica no encadeamento, deixando muita coisa bastante repetitiva e, de certo modo, arrastada. O grande destaque foi o equilíbrio entre as guitarras rítmicas do Trevor Peres e os solos melodiosos e inspirados do Ralph Santolla, que empresta um toque mais épico ao conjunto. O repertório é bem irregular, com algumas canções interessantes e outras bastante descartáveis. No geral, é um trabalho mediano e faltou coesão. 

Melhores Faixas: Payback, List Of Dead, See Me Now, List Of Dead 
Piores Faixas: This Life, Left To Die, Outside My Head, Truth Be Told

Inked In Blood – Obituary





















NOTA: 8,6/10


Então se passou bastante tempo e, em 2014, o Obituary lançava seu 9º álbum de estúdio, o Inked in Blood (capa à la Cannibal Corpse). Após o irregular Darkest Day, o guitarrista Ralph Santolla acabou saindo da banda. Com isso, os irmãos Tardy (John e Donald) decidiram reassumir o controle criativo total, buscando uma sonoridade mais “roots”, mais direta e próxima da essência clássica deles. Outro ponto importante foi a estreia do baixista Terry Butler, que entrou no lugar do Frank Watkins, além da entrada do guitarrista Kenny Andrews, trazendo sangue novo à formação. Com produção conduzida mais uma vez pela própria banda, o álbum trouxe um som bastante cru e pesado, e o mais interessante é que eles gravaram no analógico. As guitarras têm menos polimento e saturação, deixando tudo mais natural, inclusive a bateria, que soa mais abafada e sem muitos overdubs. O repertório é bem legal, e todas as canções são bem arrasadoras. No final, é um álbum muito bom e bem preciso. 

Melhores Faixas: Visions In My Head, Violence, Minds Of The World 
Vale a Pena Ouvir: Within A Dying Breed, Centuries Of Lies, Back On Top

Obituary – Obituary





















NOTA: 5,3/10


Três anos se passaram, e eles retornaram lançando mais um disco, desta vez autointitulado. Após o Inked in Blood, o Obituary mostrou que ainda era uma força relevante dentro do Death Metal. Apesar da produção propositalmente crua e da abordagem conservadora, o disco anterior teve boa recepção entre os fãs. O sucesso da campanha de financiamento coletivo e a recepção favorável em turnês motivaram a banda a manter o ritmo, resultando no 10º álbum de estúdio da carreira. Com produção feita novamente pela própria banda, a sonoridade ficou mais robusta, com guitarras mais saturadas, bateria mais presente e um trabalho de mixagem que valoriza o peso sem sacrificar a definição. Só que tudo fica muito sem imersão, parecendo que todo o encadeamento é altamente repetitivo. O grande destaque foram os ótimos solos do Kenny Andrews. Já o repertório começa bem, mas depois decai com um monte de canção chata. Enfim, é um disco fraco e sem muita inovação. 

Melhores Faixas: Sentence Day, Straight To Hell, A Lesson In Vengeance 
Piores Faixas: It Lives, Kneel Before Me, Turned To Stone

Dying Of Everything – Obituary





















NOTA: 8/10


E aí chegamos ao último lançamento até o momento, lançado em 2023, do Obituary: Dying of Everything. Após o fraquinho disco de 2017, eles focaram nas turnês, mas com o advento da pandemia da COVID-19, lançaram alguns materiais ao vivo e investiram em transmissões online, mantendo, porém, discrição quanto a um novo álbum de estúdio. Este disco chegou como um manifesto de persistência e renovação. Com produção feita por eles junto com Joe Cincotta, a sonoridade ficou brutal, com as guitarras bem definidas, o baixo aparecendo com força, a bateria soando orgânica e os vocais do John Tardy continuando a transbordar raiva, agonia e crueza, mas com clareza. Mostra uma evolução do que tentaram fazer anteriormente, indo para um lado mais técnico, apesar de ter momentos arrastados. O repertório é bem interessante, com ótimas canções cortantes, mas também algumas fracas. Enfim, é um disco legal e que tem seu direcionamento. 

Melhores Faixas: The Wrong Time, My Will To Live, Torn Apart, Without A Conscience 
Piores Faixas: War, By The Dawn

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